quarta-feira, 30 de julho de 2025

Analisando Discografias - Motion City Soundtrack

                 

I Am The Movie – Motion City Soundtrack





















NOTA: 9,3/10


Entramos no ano de 2003, quando foi lançado o álbum de estreia do Motion City Soundtrack, o I Am the Movie. Formada em 1997 em Minneapolis, Minnesota, a banda passou por várias formações antes de tudo se estabilizar com o vocalista Justin Pierre, o guitarrista Joshua Cain, o baixista Matthew Taylor, o baterista Tony Thaxton e, como grande diferencial, a presença de sintetizadores analógicos (em especial o Moog), conduzidos por Jesse Johnson. A banda gravou esse álbum de forma independente e o distribuía em shows, o que acabou chamando a atenção da Epitaph, e o resto é história. Produção conduzida por Ed Rose, tem um som vibrante. A guitarra do Cain tem timbres limpos e abertos, o baixo é claro, os vocais do Justin Pierre soam crus e os sintetizadores são bem colocados numa sonoridade que mistura Pop Punk com Power Pop. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem animadas. No geral, é um belíssimo disco de estreia e bem coeso. 

Melhores Faixas: My Favorite Accident, The Future Freaks Me Out, Capital H, Indoor Living, Don't Call It A Comeback 
Vale a Pena Ouvir: Modern Chemistry, Mary Without Sound

Commit This To Memory – Motion City Soundtrack





















NOTA: 9,5/10


Se passaram então dois anos e foi lançado o 2º álbum do Motion City, o Commit This to Memory. Após o I Am the Movie, a banda ganhou notoriedade com sua sonoridade distinta, que misturava Punk, letras neuroticamente confessionais, sintetizadores analógicos (Moog!) e referências Pop. Mas os bastidores não eram tão simples: Justin Pierre enfrentava problemas com álcool e questões de saúde mental, o que influenciaria diretamente o conteúdo e o tom deste trabalho. A produção, feita por Mark Hoppus (sim, o baixista do blink-182), trouxe uma abordagem mais focada em estrutura e melodia, sem apagar a identidade da banda. O disco tem um som mais limpo e radiofônico que o anterior, mas mantém o senso de urgência emocional e as peculiaridades líricas, com toda a cozinha rítmica mais encorpada e os vocais de Justin mais melódicos. O repertório é incrível, e as canções são todas bem energéticas e profundas. No final, é um baita disco e muito preciso. 

Melhores Faixas: Everything Is Alright, Feel Like The Rain, Better Open The Door, Make Out Kids, Together We'll Ring In The New Year, L.G. FUAD 
Vale a Pena Ouvir: When You're Around, Hangman

Even If It Kills Me – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8,7/10


Se passaram dois anos e foi lançado o 3º álbum de estúdio do Motion City Soundtrack, o Even If It Kills Me. Após o Commit This to Memory, a banda ganhou bastante visibilidade, porém o período pós-turnê não foi exatamente estável. Justin Pierre continuava a enfrentar sérios problemas com abuso de substâncias e saúde mental. Com isso, esse novo trabalho surgiu em um momento em que ele começava um processo de recuperação e busca por estabilidade. A produção ficou por conta de um trio de peso: Ric Ocasek (líder do The Cars), Adam Schlesinger (Fountains of Wayne) e Eli Janney (Girls Against Boys). Essa combinação inusitada trouxe um refinamento Pop sem eliminar a energia crua da banda, deixando tudo mais melódico e acessível, mas ainda carregando a essência Pop Punk e Power Pop deles. O repertório ficou bem legal, e as canções são mais dinâmicas. No geral, é um ótimo trabalho, mas que acabou fracassando. 

Melhores Faixas: Fell In Love Without You, Where I Belong, Can't Finish What You Started
Vale a Pena Ouvir: Broken Heart, Point Of Extinction, It Had To Be You

My Dinosaur Life – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8/10


Três anos se passam, e foi lançado mais um trabalho do Motion City Soundtrack, o My Dinosaur Life. Após o Even If It Kills Me, o vocalista Justin Pierre estava sóbrio, a banda finalmente conquistava reconhecimento fora do nicho alternativo e seu som, outrora excêntrico, agora soava confortável dentro do universo do Pop Punk. Mas, em vez de repetir a fórmula, o grupo decidiu dar um passo ousado: assinar com uma major, a Columbia Records. Com produção feita mais uma vez por Mark Hoppus, eles adotaram uma sonoridade bem crua, com a guitarra do Joshua Cain mais pesada e distorcida, o baixo do Matt Taylor mais sujo, a bateria do Tony Thaxton mais criativa do que nunca, os sintetizadores do Jesse Johnson mais discretos (embora ainda presentes), e os vocais do Justin mais articulados. O repertório é bem interessante, e as canções são todas energéticas e mais concisas. No final, é um disco bem bacana e bem ousado. 

Melhores Faixas: Skin And Bones, Her Words Destroyed My Planet 
Vale a Pena Ouvir: A Life Less Ordinary (Need A Little Help), Pulp Fiction, Hysteria

Go – Motion City Soundtrack





















NOTA: 3/10


Em 2012, foi lançado o 5º álbum da banda, intitulado apenas Go (falta de criatividade, certamente). Após o My Dinosaur Life, o Motion City se encontrava, novamente, em um ponto de transição. Apesar da aclamação da crítica, a experiência com a Columbia Records foi curta: as expectativas comerciais não foram atingidas e o contrato não foi renovado. Com isso, a banda optou por um retorno ao modelo independente, voltando para a Epitaph. A produção, conduzida por Ed Ackerson junto com a banda, é limpa, com os instrumentos mais separados, e há um grande cuidado com o espaço sonoro: mais silêncios, mais ambiência, menos parede de som. Ou seja, isso deixou tudo muito arrastado e sem a essência Punk, resultando em um som Pop excessivamente desbalanceado. O repertório começa mal, até consegue melhorar um pouquinho, mas tudo é muito descartável. Enfim, é um trabalho muito ruim e completamente inexpressivo. 

Melhores Faixas: Boxelder, Floating Down The River, The Coma Kid 
Piores Faixas: True Romance, Son Of A Gun, Bad Idea, Everyone Will Die

Panic Stations – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8/10


Em 2015, foi lançado o último álbum até o momento da banda, intitulado Panic Stations. Após o fraquíssimo Go, o Motion City Soundtrack passou por um período turbulento, emocional e criativamente. A recepção morna ao disco anterior e a sensação de estagnação começaram a afetar a banda. Nesse período, o baterista Tony Thaxton acabou saindo e, em seu lugar, entrou Claudio Rivera. Com isso, eles decidiram fazer um álbum que trouxesse de volta o instinto e a espontaneidade. A produção, feita por John Agnello, apostou numa sonoridade orgânica, barulhenta e menos processada, com todos os cinco integrantes soando mais conectados. As guitarras ganham mais presença, os vocais do Justin soam mais crus e menos editados, e os sintetizadores ficam em segundo plano. Tudo isso flerta mais com o Power Pop e o Rock alternativo. O repertório ficou muito bom, e as canções são todas bem diversificadas e envolventes. Enfim, é um ótimo disco e bem subestimado. 

Melhores Faixas: It's A Pleasure To Meet You, Gravity 
Vale a Pena Ouvir: Heavy Boots, Broken Arrow, I Can Feel You


  Por hoje é só, então flw!!!  

Analisando Discografias - ††† (Croses)

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