C'mon Let's Pretend – Sahara Hotnights
NOTA: 8,2/10
Em 1999, foi lançado o álbum de estreia da banda feminina Sahara Hotnights, o C'mon Let's Pretend. Formada em 1992 em Robertsfors, na Suécia, era composta pelas irmãs Jennie Asplund (guitarrista) e Johanna Asplund (baixista), Josephine Forsman (baterista) e Maria Andersson (vocalista). Essas garotas eram apaixonadas por bandas Punk e garageiras, e decidiram se juntar mais para descontrair, até que, no final dos anos 90, quando já estavam na adolescência, lançaram um EP que deu visibilidade e abriu caminho para gravarem o primeiro trabalho delas. Com produção conduzida por Kjell Nästén, o álbum aposta numa sonoridade crua, reforçando o espírito juvenil e garageiro da banda. As guitarras ganham destaque com timbres sujos, a bateria é pulsante no estilo Punk, e os vocais de Maria Andersson são cheios de atitude. O repertório é bem legal, e as canções são todas bem diversificadas. No final, é um trabalho de estreia bem interessante e sólido.
Melhores Faixas: Too Cold For You, Wake Up
Vale a Pena Ouvir: Impressed By Me, Quite A Feeling, Our Very Own
Jennie Bomb – Sahara Hotnights
NOTA: 8,5/10
Indo para 2001, foi lançado o segundo álbum da banda, intitulado Jennie Bomb, que trazia pequenas mudanças. Após C'mon Let's Pretend, que chamou a atenção da cena sueca e do cenário Indie por seu som garageiro com pegada punk e atitude 100% DIY, elas queriam refinar a energia do disco anterior, aumentar o apelo internacional e explorar mais melodias, ganchos e uma produção mais caprichada, sem perder a rebeldia juvenil. A produção, feita pelo renomado produtor sueco Chips K junto com a banda, deixou o som mais encorpado e coeso, com guitarras mais limpas e bem timbradas, vocais mais controlados e backing vocals pontuais. O espírito garageiro ainda está presente, mas com um pé no Power Pop e outro no Indie Rock. O repertório e as canções são bem divertidos e têm um toque mais envolvente. No geral, é um belo álbum e foi bem mais expressivo.
Melhores Faixas: With Or Without Control, Fire Alarm, Only The Fakes Survive
Vale a Pena Ouvir: Are You Happy Now?, Alright Alright (Here's My Fist Where's The Fight?), Out Of The System
Kiss & Tell – Sahara Hotnights
NOTA: 8,8/10
Melhores Faixas: Hot Night Crash, Stupid Tricks, Keep Calling My Baby, Stay/Stay Away
Vale a Pena Ouvir: Nerves, The Difference Between Love And Hell, Walk On The Wire
What If Leaving Is A Loving Thing – Sahara Hotnights
NOTA: 6/10
Mais três anos depois, a banda voltava lançando mais um disco, o What If Leaving Is a Loving Thing. Após o Kiss & Tell, elas decidiram apostar numa abordagem ainda mais introspectiva, melódica e sofisticada, mergulhando em temas emocionais mais densos e numa sonoridade muito mais voltada para o Pop Rock, deixando totalmente de lado aquela pegada garageira que tinham antes. Com produção conduzida por Björn Yttling (do trio Peter Bjorn and John), o álbum é marcado por uma sonoridade mais etérea, contida e melancólica. Em vez de explosões de guitarra, temos arranjos mais sutis, uso de teclados, pianos e camadas ambientais. O foco está nos vocais emocionais de Maria Andersson, que aqui entrega sua performance mais delicada. Porém, tudo fica muito arrastado e faltando momentos mais expansivos, deixando vários trechos tediosos. O repertório é irregular, com canções boas, mas outras bem fracas. No fim, é um trabalho mediano e inconsistente.
Melhores Faixas: Visit To Vienna, Cheek To Cheek, Puppy
Piores Faixas: Static, No For An Answer, Neon Lights
Sparks – Sahara Hotnights
NOTA: 8/10
Em 2009, foi lançado um álbum de covers da banda, intitulado Sparks, que marcou um retorno, de certa forma, às raízes delas. Após o What If Leaving Is a Loving Thing, mesmo tendo conseguido uma grande visibilidade nacional, o Sahara Hotnights decidiu fazer um trabalho reinterpretando canções que marcaram as integrantes antes de a banda chegar a gravar seu primeiro álbum de estúdio ou alcançar o sucesso. Com produção conduzida novamente por Björn Yttling, o disco aposta numa sonoridade limpa, colorida e leve, com camadas de guitarras cristalinas e teclados retrô. Além disso, segue um pouco da estética que levou a banda ao estrelato, mas respeitando os arranjos originais, com boas progressões harmônicas e atenção à fluidez. O repertório ficou muito bom, e todas as canções foram bem interpretadas. No geral, é um disco bacana e bastante coeso.
Melhores Faixas: Japanese Boy (Aneka), Big Me (Foo Fighters)
Vale a Pena Ouvir: City Of Brotherly Love (Cass McCombs), In Private (Dusty Springfield), If You Can't Give Me Love (Suzi Quatro)
Sahara Hotnights – Sahara Hotnights
NOTA: 2,6/10
Melhores Faixas: 781, Secrets
Piores Faixas: Distant And Dreamy, Wanted You / Want Is Gone, Oh’s, Lookalike
Love In Times Of Low Expectations – Sahara Hotnights
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: Avalanche, Reverie, Mind Games
Piores Faixas: Gemini, Predictable, Leander, Diving For Pearls