sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Analisando Discografias - Bad Company: Parte 3

                 

Holy Water – Bad Company





















NOTA: 2,5/10


Entrando nos anos 90, foi lançado mais um trabalho do Bad Company, o Holy Water. Após o Dangerous Age, que foi de certo modo um acerto apesar de não terem conseguido um sucesso nos Estados Unidos, o passo seguinte era continuar tentando isso, buscando um disco ainda mais radiofônico, capaz de se firmar nas rádios americanas e consolidar Brian Howe como frontman definitivo. A produção, feita por Tony Harris, Andrew Scarth e Terry Thomas, seguiu aquela temática característica do AOR: guitarras com timbres limpos, teclados abundantes, linhas vocais carregadas de backing vocals grandiosos e bateria com peso típico da época, marcada pela mixagem digitalizada. Só que tudo ficou extremamente exagerado e faltando muita imersão, refletindo em um repertório fraco, com canções terríveis e poucas interessantes. No fim, é mais um trabalho péssimo e que acabou sendo outro fiasco. 

Melhores Faixas: Dead Of The Night, Lay Your Love On Me 
Piores Faixas: 100 Miles, Never Too Late, If You Needed Somebody, With You In A Heartbeat

Here Comes Trouble – Bad Company





















NOTA: 3/10


Em 1992, foi lançado o 10º álbum de estúdio do Bad Company, o Here Comes Trouble. Após o Holy Water, mesmo tendo conseguido ganhar uma pequena relevância muito por conta de toda aquela ditadura em que o AOR tinha predominância, sobretudo devido às baladas, a banda passou por mudanças com a entrada do guitarrista Dave Colwell e do baixista Rick Wills. Fora isso, a Warner pressionava a banda para que conseguisse manter o sucesso. A produção, feita dessa vez pela própria banda, manteve aquela sonoridade cristalina, carregada de teclados, refrões com backing vocals grandiosos e guitarras acessíveis de Mick Ralphs. O objetivo era reproduzir o sucesso do disco anterior, mas com um leve incremento de peso. Porém, de nada adiantou, já que vários erros se repetiram pela falta de imersão. O repertório é fraquíssimo, e as canções são chatíssimas em sua maioria. Enfim, mais um trabalho ruim e que representou o fundo do poço. 

Melhores Faixas: This Could Be The One, This Could Be The One, Little Angel 
Piores Faixas: Stranger Than Fiction, Brokenhearted, What About You, My Only One

Company Of Strangers – Bad Company





















NOTA: 8,4/10


Três anos se passaram, e foi lançado mais um álbum do Bad Company, o Company Of Strangers. Após o Here Comes Trouble, aquela fórmula do AOR já soava datada em um cenário musical dominado pelo Grunge e pelo Britpop no Reino Unido. As tensões internas cresceram, e Brian Howe acabou deixando a banda em 1994. Então, eles recrutam Robert Hart como novo vocalista. Hart já tinha carreira solo e uma voz versátil, com um timbre próximo ao de Paul Rodgers em alguns momentos, o que fez dele um substituto quase ideal. A produção, feita pela própria banda, teve uma sonoridade mais limpa e moderna para os anos 90, menos carregada de teclados do que na fase Howe e com maior foco em guitarras e arranjos mais crus. Ou seja, Mick Ralphs reassumiu o protagonismo nas guitarras, voltando assim para aquele lado mais puxado para o Hard Rock e Blues. O repertório é muito bom, e as canções são bem energéticas. Enfim, é um ótimo disco, e dessa vez acertaram. 

Melhores Faixas: Clearwater Highway, Down And Dirty, Down Down, Down 
Vale a Pena Ouvir: Judas My Brother, You're The Only Reason, Dance With The Devil, Company Of Strangers

Stories Told & Untold – Bad Company





















NOTA: 7/10


Então, em 1996, foi lançado o último álbum de estúdio da banda, o Stories Told & Untold. Após o Company Of Strangers, a banda optou por um caminho híbrido: lançar um trabalho que funcionasse ao mesmo tempo como álbum de inéditas e como uma espécie de celebração do passado. Com isso, eles decidiram combinar novas composições e releituras acústicas de clássicos da era Paul Rodgers, tentando unir as duas fases da banda e aproximar fãs antigos e novos. A produção, conduzida como sempre pela própria banda, seguiu naquele Hard Rock mais orgânico, com guitarras limpas e arranjos sem exagero de teclados, valorizando a voz versátil do Robert Hart. Já as versões acústicas dos clássicos buscam um tom intimista, com violões, percussões leves e arranjos vocais que suavizam o peso original. O repertório ficou legal, e as canções ficaram boas, apesar de algumas serem esquecíveis. Em suma, é um ótimo álbum e que, após isso, a banda só gerou várias turnês. 

Melhores Faixas: Ready For Love, Shooting Star, One One One, Love So Strong, Silver, Blue & Gold 
Piores Faixas: Is That All There Is To Love, Weep No More, Downpour In Cairo

      

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