sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Avaliando Discografias - Free: Parte 1

                 

Tons Of Sobs – Free





















NOTA: 9,9/10


Voltando a 1969, foi lançado o álbum de estreia do Free, intitulado Tons Of Sobs. Formada um ano antes, também em Londres, na Inglaterra (mesmo caso do futuramente Bad Company), a banda tinha membros incrivelmente jovens: Paul Rodgers tinha apenas 18 anos, Paul Kossoff 17, Andy Fraser 15 (!) e Simon Kirke 19. Apesar da pouca idade, todos já tinham alguma bagagem. Com isso, chamaram a atenção do Alexis Korner, o “pai do Blues britânico”, que ajudou a encaminhá-los para um contrato com a Island Records. A produção, feita por Guy Stevens, com uma gravação curta e orçamento apertado, resultou em um som cru e visceral, quase de ensaio. Não há luxo na produção: a bateria soa direta, o baixo é seco, as guitarras têm aquele timbre “na cara” e a voz de Paul domina o espaço sonoro. O repertório é maravilhoso, e as canções são magníficas e dinâmicas. Enfim, é um baita disco de estreia e um completo clássico. 

Melhores Faixas: I'm A Mover, Goin' Down Slow, Walk In My Shadow, The Hunter 
Vale a Pena Ouvir: Worry, Wild Indian Woman

Free – Free





















NOTA: 9,6/10


Então, se passaram sete meses e foi lançado o 2º álbum autointitulado do Free, que foi mais estruturado. Após o Tons Of Sobs, a banda rapidamente se consolidou como uma promessa dentro da cena britânica do Blues Rock. O disco de estreia recebeu boas críticas por sua autenticidade e energia, mas ainda soava como um registro cru, quase uma jam de bar. A Island Records acreditava no potencial do quarteto, especialmente no talento individual dos jovens músicos. A produção, feita por Chris Blackwell, buscou um som mais refinado, embora ainda direto. O álbum soa mais organizado, com arranjos definidos, maior equilíbrio entre os instrumentos e um esforço claro para dar identidade própria à banda, distinguindo-a de contemporâneos como Cream e Led Zeppelin. O repertório ficou muito bom, e as canções ficaram mais melódicas, só que ainda com aquela energia. Em suma, é um álbum incrível e que mostrou uma evolução. 

Melhores Faixas: Songs Of Yesterday, Woman, I'll Be Creepin', Free Me 
Vale a Pena Ouvir: Broad Daylight, Trouble On Double Time

Fire And Water – Free





















NOTA: 10/10


Entrando nos anos 70, foi lançado o 3º álbum da banda, o excepcional Fire And Water. Após o disco anterior, o Free mostrava evolução, mas ainda não havia conseguido emplacar nenhum grande hit. A crítica reconhecia o talento do grupo, mas o público em geral ainda os via como uma banda de Blues Rock promissora entre tantas outras. A virada começou com o fortalecimento da parceria de composição entre Paul Rodgers e Andy Fraser, que, aos 17 anos, já demonstrava maturidade musical impressionante. A produção, conduzida pela própria banda, apresenta um som limpo, mas não polido demais; a crueza ainda está presente. A guitarra do Paul Kossoff aparece em seu auge: poucos acordes, muito espaço e uma intensidade emocional incomparável. Simon Kirke mantém a bateria enxuta, o baixo de Fraser é criativo, e Rodgers entrega interpretações arrebatadoras. O repertório é maravilhoso, parecendo uma coletânea. No final de tudo, é um baita disco e certamente o melhor da banda. 

Melhores Faixas: All Right Now, Fire And Water, Mr. Big 
Vale a Pena Ouvir: Heavy Load, Remember

           Bom é isso e flw!!!    

Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...