quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Analisando Discografias - B.B. King: Parte 1

                 

B.B. King Wails – B.B. King And His Orchestra





















NOTA: 8/10


No ano seguinte foi lançado seu 2º álbum de estúdio, o B.B. King Wails, que se mostrou mais variado. Após o The Blues, a grande novidade foi a presença de sua orquestra, um conjunto de sopros e metais que reforçava sua aproximação com o Rhythm & Blues e antecipava o que seria seu som característico nos anos 60. Assim, o álbum marca um passo importante na evolução do artista: de cantor e guitarrista de Blues cru para intérprete do gênero com arranjos sofisticados e maior abertura para o mercado popular. A produção, conduzida por Joe Bihari, trouxe uma orquestra de metais, piano, bateria e baixo, todos em arranjos pensados para valorizar a dramaticidade da voz dele e o diálogo de sua guitarra Lucille. A mixagem, ainda rudimentar para os padrões posteriores, concentra a guitarra e o vocal em primeiro plano, mas permite ouvir com clareza o papel dos sopros. O repertório é bem interessante, com canções mais melódicas. No geral, é um disco bacana e descontraído. 

Melhores Faixas: Tomorrow Is Another Day, Treat Me Right 
Vale a Pena Ouvir: The Fool, Time To Say Goodbye, Sweet Thing

B.B. King Wails – B.B. King And His Orchestra





















NOTA: 8/10


No ano seguinte foi lançado seu 2º álbum de estúdio, o B.B. King Wails, que se mostrou mais variado. Após o The Blues, a grande novidade foi a presença de sua orquestra, um conjunto de sopros e metais que reforçava sua aproximação com o Rhythm & Blues e antecipava o que seria seu som característico nos anos 60. Assim, o álbum marca um passo importante na evolução do artista: de cantor e guitarrista de Blues cru para intérprete do gênero com arranjos sofisticados e maior abertura para o mercado popular. A produção, conduzida por Joe Bihari, trouxe uma orquestra de metais, piano, bateria e baixo, todos em arranjos pensados para valorizar a dramaticidade da voz dele e o diálogo de sua guitarra Lucille. A mixagem, ainda rudimentar para os padrões posteriores, concentra a guitarra e o vocal em primeiro plano, mas permite ouvir com clareza o papel dos sopros. O repertório é bem interessante, com canções mais melódicas. No geral, é um disco bacana e descontraído. 

Melhores Faixas: Tomorrow Is Another Day, Treat Me Right 
Vale a Pena Ouvir: The Fool, Time To Say Goodbye, Sweet Thing

B. B. King Sings Spirituals – B. B. King





















NOTA: 8,9/10


Meses depois, foi lançado mais um álbum de B.B. King, intitulado B.B. King Sings Spirituals. Após o B.B. King Wails, o artista tinha raízes profundamente ligadas ao Gospel e ao canto religioso, pois cresceu em igrejas do sul dos Estados Unidos, onde teve seu primeiro contato com a música. Esse álbum, portanto, não é apenas um desvio de sua carreira, mas também uma espécie de retorno às origens, em que ele revisita canções espirituais tradicionais e dá a elas sua marca pessoal de interpretação vocal e guitarrística. A produção contou com arranjos mais elaborados, incluindo backing vocals em estilo coral, recriando a atmosfera de igreja. Piano, baixo e bateria formam a base, enquanto os metais aparecem pontualmente. O elemento central, porém, continua sendo a voz emotiva do B.B. King, que aqui assume uma expressividade diferente: menos sofrimento terreno e mais devoção. O repertório é muito bom, com canções bem interpretadas e cheias de profundidade. No final, é um belo disco, bastante consistente. 

Melhores Faixas: Precious Lord, Jesus Gave Me Water, Servant's Prayer, I'm Working On The Building, Army Of The Lord 
Vale a Pena Ouvir: Ole Time Religion, I Never Heard A Man

King Of The Blues – B.B. King





















NOTA: 8,2/10


Indo para os anos 60, foi lançado mais um álbum de B.B. King, intitulado King of the Blues. Após o B.B. King Sings Spirituals, o cantor já havia começado a se consolidar como um verdadeiro “Rei” do Blues moderno. Naquele período, porém, sua gravadora Crown só reunia gravações de estúdio feitas entre meados dos anos 50 e início dos 60, algumas já lançadas em single, mas agora apresentadas em formato de LP. A produção foi, como sempre, bem simples, com uma instrumentação típica do Blues elétrico da época: guitarra líder de B.B. King (Lucille), baixo acústico ou elétrico, bateria simples, piano marcante e, em várias faixas, o acréscimo de metais (trompete e saxofone), que conferem um toque de Rhythm & Blues e de big band compacta. O repertório é bem interessante, com canções profundas e mais cadenciadas. Enfim, é outro trabalho muito bom e mais sofisticado. 

Melhores Faixas: I'll Survive, Partin’ Time 
Vale a Pena Ouvir: I've Got A Right To Love My Baby, If I Lost You, I’m King

The Great B. B. King – B.B. King





















NOTA: 7,9/10


Mais alguns meses se passaram e foi lançado mais um trabalho dele, o The Great B.B. King. Após o King of the Blues, a Crown Records decidiu ir ainda mais a fundo no material mais antigo do cantor, optando por fazer um álbum que era quase uma compilação, já que reunia faixas gravadas nos anos 50, apenas com algumas mudanças para deixar o som um pouco mais moderno para os padrões da época. A produção foi praticamente a mesma de sempre: baixo orçamento, reaproveitamento de masters antigos e nenhuma unidade conceitual. Apesar dessas limitações, a guitarra Lucille é constantemente trazida para o primeiro plano, em diálogo com a voz dele. Mesmo sem luxos técnicos, há clareza suficiente para sentir o impacto do timbre cortante da guitarra e o peso emocional do vocal. O repertório é até interessante, com canções suaves e em alguns momentos mais improvisadas. No final, é um álbum legal, mesmo com todas as suas limitações. 

Melhores Faixas: I Had A Woman, Days Of Old 
Vale a Pena Ouvir: Whole Lot Of Lovin', I'm Gonna Quit My Baby, Someday Baby

My Kind Of Blues – B.B. King





















NOTA: 8,7/10


Passa-se um ano, e B.B. King retorna lançando mais um disco, o My Kind of Blues. Após o The Great B.B. King, esse novo trabalho, ao contrário de algumas “compilações” anteriores, apresenta maior coesão e foco. O título é sugestivo: trata-se do Blues “à maneira de B.B. King”, mostrando como ele entendia e interpretava o gênero. A produção foi simples, mas eficaz: dá espaço para a voz dele, que aqui soa mais segura e poderosa do que nunca, e para Lucille, que dialoga constantemente com as letras. O piano é um elemento de destaque, funcionando como base harmônica forte e criando um clima que ora aproxima o álbum do Jazz, ora o mantém no terreno do Blues elétrico. Tudo isso foi registrado em gravações de 1958 e 1960, feitas em poucos takes. O repertório é muito bom, com canções envolventes e dispostas em uma ordem que se encaixa muito bem. Enfim, é um ótimo trabalho, que prepara sua trajetória discográfica para um caminho mais conciso. 

Melhores Faixas: Driving Wheel, Catfish Blues, Mr. Pawn Broker 
Vale a Pena Ouvir: Walking Dr. Bill, Hold That Train

      Por hoje é só, então flw!!!  

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