Patsy Cline – Patsy Cline
NOTA: 8,5/10
Agora, indo para 1957, foi lançado o álbum de estreia autointitulado de Patsy Cline. Nascida em Winchester, Virgínia, em 1932, Patsy cresceu imersa na tradição da música Country e Gospel do sul dos Estados Unidos, mas desde cedo demonstrou interesse por outros estilos, como o Pop tradicional e o Vocal Jazz. Seu primeiro grande passo veio com o contrato com a Four Star Records, em 1954, só que a gravadora limitava sua liberdade criativa: ela era obrigada a gravar músicas escolhidas pelo catálogo editorial da empresa. A virada veio em 1957, com a participação no programa Arthur Godfrey’s Talent Scouts, em que interpretou Walkin’ After Midnight, que foi um sucesso. A produção, feita por Owen Bradley, buscava refinar o Country, incorporando arranjos mais polidos, cordas e vocais de apoio inspirados no Pop, com o objetivo de atrair públicos urbanos. O repertório ficou muito bom, e as canções são todas bem interpretadas. No geral, é um ótimo álbum, apesar de suas limitações.
Melhores Faixas: Three Cigarettes In An Ashtray, Walking After Midnight, That Wonderful Someone, I Can't Forget
Vale a Pena Ouvir: Too Many Secrets, In Care Of The Blues
Showcase – Patsy Cline
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: Crazy (interpretação dela ficou tão maravilhosa quanto a versão original do Willie Nelson), I Fall To Pieces, True Love, Seven Lonely Days, South Of The Border (Down Mexico Way)
Vale a Pena Ouvir: A Poor Man's Roses (Or A Rich Man's Gold), Foolin' 'Round
Sentimentally Yours – Patsy Cline
NOTA: 8,7/10
Mais um ano se passou e foi lançado seu último álbum em vida, o Sentimentally Yours. Após o Showcase, Patsy Cline se consolidava como uma artista em ascensão no Country americano. Embora seu reconhecimento comercial ainda fosse limitado, sua reputação artística crescia, principalmente pela capacidade de transformar até mesmo canções medíocres em interpretações memoráveis, graças à sua voz poderosa e emotiva, além de ter sido fundamental para o crescimento do selo da Decca. A produção, feita pelo mesmo produtor de sempre, seguiu a linha do Nashville Sound: arranjos elegantes, cordas discretas, piano, backing vocals femininos e guitarras suaves, criando um cenário sonoro refinado que reforça a voz da cantora. Focando nas interpretações da Patsy, evitando exageros instrumentais. O repertório é muito bom, e as canções são todas exuberantes. É um ótimo disco, e ninguém imaginava que ela iria falecer de forma tão repentina.
Melhores Faixas: She's Got You, Strange, You Belong To Me, That's My Desire, I Can't Help It (If I'm Still In Love With You)
Vale a Pena Ouvir: You Made Me Love You (I Didn't Want To Do It), Lonely Street
Always – Patsy Cline
NOTA: 5,5/10
Então, em 1980, foi lançado um dos poucos trabalhos póstumos da cantora, intitulado Always. Após o lançamento do Sentimentally Yours, depois de ter realizado um show beneficente no Kansas, ela embarcou em um avião, mas infelizmente a aeronave acabou caindo em Camden, no Tennessee, matando todos a bordo, incluindo seu empresário Randy Hughes, que também estava pilotando. Com isso, algumas de suas gravações foram lançadas por sua gravadora, a Decca, e, tempos depois, pela MCA. A produção, feita obviamente por Owen Bradley, manteve a sonoridade típica de seus trabalhos anteriores, voltada ao Nashville Sound e ao Pop tradicional, mas foi adaptada ao som moderno da época, o que resultou em arranjos completamente desalinhados. O repertório é bastante irregular, com canções fracas e uma ordem de faixas que não parece se encaixar. Enfim, para um último trabalho, foi algo bem desrespeitoso.
Melhores Faixas: I Fall To Pieces, Always
Piores Faixas: I Love You So Much It Hurts Me, South Of The Border (Down Mexico Way)
Então um abraço e flw!!!