The Bouncing Souls – The Bouncing Souls
NOTA: 8,4/10
No ano seguinte, foi lançado o 3º álbum deles autointitulado, que vinha com algumas novidades. Após o Maniacal Laughter, o The Bouncing Souls estava começando a consolidar sua identidade dentro da cena Punk estadunidense, especialmente no circuito DIY da costa leste. O disco anterior, apesar da produção tosca, capturava bem a essência energética e debochada da banda. Com isso, a Epitaph Records passou a prestar atenção no grupo e os contratou logo depois. A produção, feita por Thom Wilson, trouxe uma lapidação significativa ao som da banda, mas sem tirar sua crueza. O resultado foi um disco com mais nitidez sonora, porém ainda fiel à sonoridade garageira, veloz e descompromissada deles. Com os vocais do Greg Attonito mais claros, os riffs do Pete Steinkopf mais gordos e a cozinha (com Bryan Kienlen no baixo e Shal Khichi na bateria) mais firme. O repertório ficou muito bom, e as canções são mais diversificadas. No fim, é um ótimo disco e bem encorpado.
Melhores Faixas: Kate Is Great, The Toilet Song, Shark Attack, Party At 174
Vale a Pena Ouvir: Single Successful Guy, Say Anything, East Side Mags
Hopeless Romantic – The Bouncing Souls
NOTA: 8,7/10
Se passaram dois anos e foi lançado mais um álbum deles, intitulado Hopeless Romantic. Após o último trabalho, a banda estava mais madura tanto musical quanto liricamente. Ainda com o mesmo quarteto, eles estavam agora mais confortáveis em explorar temas emocionais, mantendo o humor e a identidade Punk/Hardcore intactos. O título do disco já antecipava essa dualidade: uma banda caótica, barulhenta, mas com coração sensível. A produção, feita novamente por Thom Wilson, resultou em um som menos barulhento e mais encorpado, com arranjos que destacam o baixo do Bryan Kienlen, guitarras mais definidas e refrões com mais presença. A gravação buscou realçar a identidade emocional do disco: o vocal do Greg está mais melodioso, sem perder o timbre rasgado, com tudo beirando o Pop Punk com Hardcore Melódico. O repertório ficou bem interessante, tendo canções profundas e mais melódicas. No final, é um ótimo álbum, bastante sólido.
Melhores Faixas: Hopeless Romantic, Bullying The Jukebox, Wish Me Well (You Can Go To Hell), Kid, Undeniable
Vale a Pena Ouvir: You're So Rad, ¡Olé!, ‘87
How I Spent My Summer Vacation – The Bouncing Souls
NOTA: 9,5/10
Melhores Faixas: True Believers, Broken Record, Manthem, Private Radio, Gone, The Something Special
Vale a Pena Ouvir: That Song... , Late Bloomer, Lifetime
Anchors Aweigh – The Bouncing Souls
NOTA: 9,1/10
Três anos se passaram, e foi lançado mais um trabalho da banda, intitulado Anchors Aweigh. Após o How I Spent My Summer Vacation, o vocalista Greg Attonito enfrentava momentos de dúvida e isolamento, o que se reflete nitidamente no conteúdo lírico do álbum. Ao contrário da leveza e esperança que permeavam sua última obra, eles decidiram seguir por um caminho mais pesado, não apenas sonoramente, mas existencialmente, mostrando por que eram uma das referências daquela geração. A produção ficou a cargo do mesmo trio, que buscou uma sonoridade mais fechada. A mixagem é robusta, com guitarras densas, baixo predominante, bateria mais trabalhada em dinâmicas e viradas criativas, e vocais menos cantados e mais falhos. O disco soa mais "no chão", com menos brilho e mais peso, misturando Hardcore Melódico com Pop Punk. O repertório é muito bom, com canções carregadas de profundidade. Enfim, é um belo disco, que complementa bem o anterior.
Melhores Faixas: Sing Along Forever, Kids And Heroes, Simple Man, Anchors Aweigh, Inside Out, Todd's Song
Vale a Pena Ouvir: The Day I Turned My Back On You, Better Days, I Get Lost
The Gold Record – The Bouncing Souls
NOTA: 5/10
Em 2006, foi lançado o 7º álbum deles, intitulado The Gold Record, que teve alguns problemas. Após o Anchors Aweigh, o The Bouncing Souls passou por um período de reequilíbrio. Aquele disco, marcado por perdas pessoais, temas de luto, deslocamento e crise existencial, foi um ponto emocionalmente baixo para a banda, mas também um marco artístico. Eles haviam sobrevivido a mudanças internas, à ascensão e queda do Pop Punk comercial e a várias ondas do Hardcore. A produção, conduzida por Ted Hutt, aposta em timbres quentes, guitarras bem posicionadas e destaque para os vocais do Greg Attonito, mais articulados. O baixo do Bryan Kienlen tem mais presença, a guitarra do Pete Steinkopf ficou precisa, e o baterista Michael McDermott entrega uma execução sólida, só que faltam momentos mais vibrantes, e o álbum acaba ficando repetitivo. O repertório é mediano, com canções legais e outras chatíssimas. No geral, é um trabalho irregular e bem cansativo.
Melhores Faixas: Lean On Sheena, The Messenger, The Gold Song
Piores Faixas: Sarah Saturday, Midnight Mile, Sarah Saturday
Comet – Bouncing Souls
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: Ship In A Bottle, Comet, We Love Fun
Piores Faixas: DFA, Static, Infidel, In Sleep
Bom é isso e flw!!!