sábado, 2 de agosto de 2025

Analisando Discografias - The Bouncing Souls: Parte 2

                 

The Bouncing Souls – The Bouncing Souls





















NOTA: 8,4/10


No ano seguinte, foi lançado o 3º álbum deles autointitulado, que vinha com algumas novidades. Após o Maniacal Laughter, o The Bouncing Souls estava começando a consolidar sua identidade dentro da cena Punk estadunidense, especialmente no circuito DIY da costa leste. O disco anterior, apesar da produção tosca, capturava bem a essência energética e debochada da banda. Com isso, a Epitaph Records passou a prestar atenção no grupo e os contratou logo depois. A produção, feita por Thom Wilson, trouxe uma lapidação significativa ao som da banda, mas sem tirar sua crueza. O resultado foi um disco com mais nitidez sonora, porém ainda fiel à sonoridade garageira, veloz e descompromissada deles. Com os vocais do Greg Attonito mais claros, os riffs do Pete Steinkopf mais gordos e a cozinha (com Bryan Kienlen no baixo e Shal Khichi na bateria) mais firme. O repertório ficou muito bom, e as canções são mais diversificadas. No fim, é um ótimo disco e bem encorpado. 

Melhores Faixas: Kate Is Great, The Toilet Song, Shark Attack, Party At 174 
Vale a Pena Ouvir: Single Successful Guy, Say Anything, East Side Mags

Hopeless Romantic – The Bouncing Souls





















NOTA: 8,7/10


Se passaram dois anos e foi lançado mais um álbum deles, intitulado Hopeless Romantic. Após o último trabalho, a banda estava mais madura tanto musical quanto liricamente. Ainda com o mesmo quarteto, eles estavam agora mais confortáveis em explorar temas emocionais, mantendo o humor e a identidade Punk/Hardcore intactos. O título do disco já antecipava essa dualidade: uma banda caótica, barulhenta, mas com coração sensível. A produção, feita novamente por Thom Wilson, resultou em um som menos barulhento e mais encorpado, com arranjos que destacam o baixo do Bryan Kienlen, guitarras mais definidas e refrões com mais presença. A gravação buscou realçar a identidade emocional do disco: o vocal do Greg está mais melodioso, sem perder o timbre rasgado, com tudo beirando o Pop Punk com Hardcore Melódico. O repertório ficou bem interessante, tendo canções profundas e mais melódicas. No final, é um ótimo álbum, bastante sólido. 

Melhores Faixas: Hopeless Romantic, Bullying The Jukebox, Wish Me Well (You Can Go To Hell), Kid, Undeniable 
Vale a Pena Ouvir: You're So Rad, ¡Olé!, ‘87

How I Spent My Summer Vacation – The Bouncing Souls





















NOTA: 9,5/10


No ano de 2001, foi lançado o 5º álbum do The Bouncing Souls, o How I Spent My Summer Vacation. Após o Hopeless Romantic, o baterista original, Shal Khichi, saiu do grupo, dando lugar a Michael McDermott, que trouxe nova energia e precisão técnica ao som do quarteto. Esse novo trabalho faria com que a banda se tornasse uma das mais respeitadas da cena Punk americana, deixando para trás a imagem de "moleques barulhentos" e abraçando de vez o Hardcore Melódico. A produção, feita por John Seymour, Bryan Kienlen e Pete Steinkopf, resultou em uma sonoridade mais limpa e equilibrada, mas não polida ao ponto de comprometer a espontaneidade. As guitarras têm peso, o baixo é encorpado, a bateria do McDermott traz nova vitalidade rítmica e os vocais do Greg Attonito estão mais seguros. O repertório ficou incrível, e as canções são todas bem energéticas e com um lado mais profundo. No final de tudo, é um baita álbum, que mostrou a maturidade deles. 

Melhores Faixas: True Believers, Broken Record, Manthem, Private Radio, Gone, The Something Special 
Vale a Pena Ouvir: That Song... , Late Bloomer, Lifetime

Anchors Aweigh – The Bouncing Souls





















NOTA: 9,1/10


Três anos se passaram, e foi lançado mais um trabalho da banda, intitulado Anchors Aweigh. Após o How I Spent My Summer Vacation, o vocalista Greg Attonito enfrentava momentos de dúvida e isolamento, o que se reflete nitidamente no conteúdo lírico do álbum. Ao contrário da leveza e esperança que permeavam sua última obra, eles decidiram seguir por um caminho mais pesado, não apenas sonoramente, mas existencialmente, mostrando por que eram uma das referências daquela geração. A produção ficou a cargo do mesmo trio, que buscou uma sonoridade mais fechada. A mixagem é robusta, com guitarras densas, baixo predominante, bateria mais trabalhada em dinâmicas e viradas criativas, e vocais menos cantados e mais falhos. O disco soa mais "no chão", com menos brilho e mais peso, misturando Hardcore Melódico com Pop Punk. O repertório é muito bom, com canções carregadas de profundidade. Enfim, é um belo disco, que complementa bem o anterior. 

Melhores Faixas: Sing Along Forever, Kids And Heroes, Simple Man, Anchors Aweigh, Inside Out, Todd's Song 
Vale a Pena Ouvir: The Day I Turned My Back On You, Better Days, I Get Lost

The Gold Record – The Bouncing Souls





















NOTA: 5/10


Em 2006, foi lançado o 7º álbum deles, intitulado The Gold Record, que teve alguns problemas. Após o Anchors Aweigh, o The Bouncing Souls passou por um período de reequilíbrio. Aquele disco, marcado por perdas pessoais, temas de luto, deslocamento e crise existencial, foi um ponto emocionalmente baixo para a banda, mas também um marco artístico. Eles haviam sobrevivido a mudanças internas, à ascensão e queda do Pop Punk comercial e a várias ondas do Hardcore. A produção, conduzida por Ted Hutt, aposta em timbres quentes, guitarras bem posicionadas e destaque para os vocais do Greg Attonito, mais articulados. O baixo do Bryan Kienlen tem mais presença, a guitarra do Pete Steinkopf ficou precisa, e o baterista Michael McDermott entrega uma execução sólida, só que faltam momentos mais vibrantes, e o álbum acaba ficando repetitivo. O repertório é mediano, com canções legais e outras chatíssimas. No geral, é um trabalho irregular e bem cansativo. 

Melhores Faixas: Lean On Sheena, The Messenger, The Gold Song 
Piores Faixas: Sarah Saturday, Midnight Mile, Sarah Saturday

Comet – Bouncing Souls





















NOTA: 3/10


Pulando para 2012, foi lançado mais um trabalho do The Bouncing Souls, o Comet. Após o The Gold Record, eles acabaram encerrando seu vínculo com a Epitaph e assinando com a Rise Records. Essa mudança de casa pode parecer sutil, mas simboliza uma nova fase para uma banda que, mesmo após mais de duas décadas de estrada, seguia procurando rejuvenescer seu som e reafirmar sua relevância. A produção, feita por Bill Stevenson, é limpa, porém agressiva, priorizando guitarras mais grossas, bateria seca e vocais bem posicionados, sem muitos adornos. Seguindo ainda sua estética do Hardcore Melódico com Skate Punk, só que eles erraram em vários arranjos, que soam reciclados e carecem de momentos realmente vibrantes. O repertório é fraquíssimo, com canções bem genéricas e poucas realmente interessantes. Enfim, é um disco ruim e que carece de coesão. 

Melhores Faixas: Ship In A Bottle, Comet, We Love Fun 
Piores Faixas: DFA, Static, Infidel, In Sleep


                Bom é isso e flw!!!  

O Legado de Ozzy: Dois Meses de Saudade e Eternidade

Mesmo após sua partida, a influência do Ozzy permanece viva no rock e na cultura.  Foto: Ross Halfin Pois é, meus amigos, hoje faz 2 meses q...