domingo, 17 de agosto de 2025

Analisando Discografias - Froid: Parte 2

                  

O Queridinho de Deus – Froid





















NOTA: 6/10


Mais um ano se passa e ele lança mais um trabalho, intitulado O Queridinho de Deus. Após o terrível OgEMr e depois de perceber que seu experimento com Ecologyk não deu lá muito certo, ele decidiu retornar um pouco mais à sua essência que tinha funcionado nos trabalhos anteriores. Porém, antes do lançamento desse trabalho, seu namoro com Cynthia Luz havia acabado, deixando as coisas bem conturbadas. A produção desse trabalho foi mais diversificada, com ele trabalhando junto com Ecologyk e NeoBeats, além de contar com LV, Cxsta e outros, resultando em uma sonoridade bem variada, que vai do Trap ao Boom Bap, passando por alguns momentos de Afrobeats. Apesar da concepção interessante, há muita coisa que poderia ter sido descartada. O repertório ficou irregular, com canções boas e outras bem fraquinhas. Enfim, para um trabalho que é meio que uma continuação do Gado, ficou bem abaixo. 

Melhores faixas: 5AM RJ, Filme (Froid e Makalister juntos, óbvio que ia vir um clássico), Playboy, Passos, Começo 
Piores faixas: Possuída, Mantra, Borboleta Paraguaia, Swish (dessa vez, o Vitão nem foi o problema; foi mais a falta de imersão na música), 2 V@dias

O Veneno do Escorpião – Froid





















NOTA: 4/10


No Natal do ano passado, o Froid lançou outra mixtape, intitulada O Veneno do Escorpião. Após O Queridinho de Deus, o rapper decidiu experimentar algo diferente e lançar um trabalho mais puxado para o Funk, o que não era estranho, já que Renato já tinha se aventurado no Funk algumas vezes. Enquanto preparava essa mixtape, o que teve de importante foi a participação dele no Poetas no Topo 4. A produção ficou a cargo do DJ GR e Luizinhx, que seguiram uma temática bem mais voltada para o Funk, desde elementos da década passada, do Funk ostentação, até uns mais antigos da nascente do Funk voltado para o Miami Bass. Só que tudo ficou bem inconsistente, já que a vocalização do Froid não funciona e parece algo feito por um MC mirim de bairro de playba. O repertório é fraquíssimo, com canções terríveis e poucas que se salvam. Em suma, é um trabalho fraco e parece que foi só uma brisa muito louca. 

Melhores Faixas: Sabiá, Bluetooth 
Piores Faixas: Bandida, Sentando Amor, Bloq no Ex

O Veneno do Escorpião V.2 – Froid





















NOTA: 9/10


Então chegamos ao início deste ano, quando foi lançado o último álbum até o momento do Froid, O Veneno do Escorpião V.2. Após o lançamento do Veneno do Escorpião original, ele já estava preparando este trabalho, que seria bem mais focado em sua abordagem característica, decidindo retornar àquele estilo do seu primeiro álbum, ou seja, cheio de líricas pesadas e metáforas. A produção foi conduzida por ele junto com Cxsta, Ecologyk, Lucas Lobo, Luizinhx e LV, resultando em uma sonoridade bem mais orgânica, com beats mais intimistas e alguns mais pesados, já que há momentos que variam entre Trap, Boom Bap e às vezes Drill, o que se complementa muito bem com cada flow que o Froid coloca em cada música, deixando tudo bem amarrado e trazendo aquela imersão típica do Rap abstrato. O repertório é ótimo, as canções são bem reflexivas e algumas exploram um lado mais melódico. No fim, é um baita disco, com muita consistência. 

Melhores Faixas: Inverno Cigano, Lamentável V (2ZDinizz amassou), Manual de Como Matar um Fantasma, A Forma da Água, A Teoria das Cordas, Johnny Saxofone Jackson 
Vale a Pena Ouvir: Missão (TOKIODK indo muito bem), Controle, Maresias (Jersey com Vulgo FK e Mac Júlia)

  

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