Analisando Discografias - Silent Drive

                  

Love Is Worth It. – Silent Drive

NOTA: 8,2/10

Novamente em 2004, foi lançado o álbum de estreia do Silent Drive, o Love Is Worth It. Formada no ano anterior, em Worcester, Massachusetts, pelos músicos Zach Jordan (vocal), Nick Van Someren (guitarra), Pete Chilton (baixo) e Dave Joyal (bateria), que vinham de outras bandas, eles surgiram daquela mesma safra do Post-Hardcore, mas com uma proposta diferente: unir melodia, agressividade e lirismo existencialista. A produção, feita pela dupla Bill Stevenson e Jason Livermore e lançada sob o selo da Equal Vision, trouxe um som limpo, porém visceral. Os instrumentos são bem definidos: o baixo é encorpado, a bateria é nítida sem soar artificial, as guitarras passeiam entre dissonância e melodia, e os vocais do Zach transitam entre canto lírico, gritos crus e momentos quase falados, formando uma fusão de Post-Hardcore com Hardcore Melódico. Com um repertório muito legal, as canções são bem pesadas e profundas. No geral, é uma ótima estreia e bem ousada. 

Melhores Faixas: 4/16, Our Lady Of The Worthless Miracle, Banana Rejection 

Vale a Pena Ouvir: Rooftops, The Punch, Boyfriend Notes

Fairhaven – Silent Drive

NOTA: 7,6/10

Se passaram 18 anos até eles retornarem, lançando seu 2º disco, intitulado Fairhaven. Após o Love Is Worth It., o Silent Drive praticamente desapareceu. Eles ganharam uma base de fãs fiel, mas a banda nunca chegou a quebrar a bolha do underground. Ao longo dos anos, seus integrantes seguiram outros rumos e se mantiveram ativos na música, sobretudo no circuito Post-Hardcore, mas o Silent Drive parecia encerrado, até que, de forma inesperada, eles retornaram com esse trabalho. Com a produção conduzida por Jay Maas junto com a banda, mantêm a pegada emocional intensa e lírica do primeiro álbum, mas com um salto de maturidade sonora, indo para um lado mais cristalino, porém não exclusivo, com toda a sonoridade transitando entre elementos do Hardcore Melódico e do Screamo, apesar de haver momentos excessivamente contidos. O repertório é muito bom, com ótimas canções e outras que são fraquíssimas. No fim, é um disco bacana, mas que tem seus erros. 

Melhores Faixas: Unspoken Life, Prescription For Death, Regrets Only, The Spirit 

Piores Faixas: I Know..., The Impossible Dream