Turn On The Bright Lights – Interpol
NOTA: 10/10
Aí, lá pro final de 1980, foi lançada a trilha sonora do filme Flash Gordon, em que o Queen fez essa atrocidade. Após o The Game, que mostrava a banda num lado mais Pop e orientado para as rádios, paralelamente a esse trabalho o Queen se envolveu em um projeto muito distinto: a trilha sonora do filme Flash Gordon, uma adaptação cinematográfica de ficção científica produzida por Dino De Laurentiis. Ele que não conhecia a banda, mas acabou convencido após assistir a alguns vídeos de apresentações ao vivo. A produção foi feita por Brian May junto de Reinhold Mack, que seguiram para um lado cinematográfico, repleto de sintetizadores, guitarras em camadas e colagens de diálogos retirados diretamente do filme. Com tudo mais puxado para o instrumental, o problema é que o resultado soa excessivamente dramático e até confuso. O repertório é fraquíssimo, com poucas canções interessantes. Em suma, é um trabalho fraco e feito so para fazer um agrado.
Melhores Faixas: Football Fight, Battle Theme
Piores Faixas: Flash To The Rescue, Flash's Theme, Execution Of Flash, In The Space Capsule (The Love Theme), Escape From The Swamp, Marriage Of Dale And Ming (And Flash Approaching)
Antics – Interpol
NOTA: 9,7/10
Melhores Faixas: Obstacle 1, PDA, Stella Was A Diver And She Was Always Down, Untitled, NYC, Say Hello To The Angels
Vale a Pena Ouvir: Leif Erikson, The New
Our Love To Admire – Interpol
NOTA: 9/10
Dois anos se passaram, e foi lançado o maravilhoso 2º álbum deles, intitulado Antics. Após o clássico Turn On The Bright Lights, o Interpol se viu diante da pressão de manter o nível altíssimo da estreia. O primeiro álbum havia se tornado uma referência imediata dentro do revival do Post-Punk, colocando o grupo lado a lado com The Strokes e The Killers como representantes dessa nova cena. Entre 2002 e 2004, a banda excursionou intensamente, consolidando uma base de fãs fiéis e refinando sua sonoridade no palco. A produção ficou a cargo de Peter Katis, e eles seguiram para uma sonoridade mais clara, seca e pulsante. O baixo do Carlos Dengler assume ainda mais protagonismo, a bateria do Sam Fogarino soa mais precisa, e as guitarras do Paul Banks e Daniel Kessler exploram riffs mais marcados, menos atmosféricos e mais diretos. O repertório é incrível, e as canções são bem melódicas e atmosféricas. Enfim, é um belo disco, mais abrangente.
Melhores Faixas: Evil, Slow Hands, Not Even Jail, C'mere, Narc
Vale a Pena Ouvir: Next Exit, Public Pervert
Interpol – Interpol
NOTA: 8,8/10
Melhores Faixas: Barricade, Try It On
Vale a Pena Ouvir: Lights, Safe Without, Summer Well
El Pintor – Interpol
NOTA: 6/10
Se passaram mais quatro anos, e foi lançado mais um álbum do Interpol, o El Pintor. Após o último disco, a banda enfrentava várias tensões internas, e logo depois da gravação o baixista Carlos Dengler deixou o grupo. Com isso, eles entraram em hiato por alguns anos, e quando decidiram se reunir novamente para compor, o Interpol já estava reduzido a um trio, com Paul Banks assumindo o baixo. A produção ficou a cargo da própria banda, resultando em um som mais seco e direto. O baixo do Banks é mais simples do que o estilo ornamental do Dengler, mas isso abriu espaço para guitarras mais marcantes de Kessler e linhas de bateria mais explosivas do Fogarino. Ainda assim, tudo soa muito arrastado e parece que falta complemento em alguns arranjos, tornando o álbum por vezes monótono. O repertório até começa bem, mas depois decai por conta de canções mais fracas. Enfim, é um trabalho mediano, que tentou soar similar a Turn On The Bright Lights.
Melhores Faixas: All The Rage Back Home, My Desire, Everything Is Wrong
Piores Faixas: Twice As Hard, Breaker 1, My Blue Supreme
Marauder – Interpol
NOTA: 4/10
Indo para 2018, foi lançado o 6º álbum do Interpol, intitulado Marauder, que tentou ser mais amplo. Após o mediano El Pintor, o Interpol recuperou fôlego criativo. Além disso, a turnê subsequente foi bem-sucedida, incluindo as celebrações dos 15 anos de Turn On the Bright Lights em 2017. Mas a banda já não queria apenas olhar para trás. Para o próximo passo, Paul Banks, Daniel Kessler e Sam Fogarino buscavam algo menos calculado, mais espontâneo e com energia “ao vivo”. A produção ficou a cargo do Dave Fridmann, que trouxe seu estilo explosivo, saturado e barulhento. Com guitarras distorcidas, vocais mais crus, bateria frontal e um baixo mais sujo, a ideia era juntar o Post-Punk deles com o Rock alternativo, mas o resultado soa sem graça e carece de equilíbrio. O repertório é fraquíssimo, com canções genéricas e poucas realmente interessantes. No fim, é um disco ruim, que faltou mais ambição.
Melhores Faixas: The Rover, Stay In Touch, Number 10, Surveillance
Piores Faixas: Mountain Child, NYSMAW, Flight Of Fancy, It Probably Matters, Party's Over
The Other Side Of Make-Believe – Interpol
NOTA: 5/10
Então chegamos ao último álbum do Interpol até o momento, lançado em 2022: The Other Side of Make-Believe. Após o Marauder, o Interpol entrou em um período de introspecção criativa, enfrentando desafios internos e externos. Durante a pandemia de COVID-19, os membros se encontravam fisicamente distantes, com Paul Banks em Edimburgo, Daniel Kessler na Espanha e Sam Fogarino na Geórgia, colaborando basicamente via e-mail. A produção, conduzida por Mark Ellis (conhecido como Flood), trouxe uma sonoridade mais polida e atmosférica, com ênfase em texturas e nuances emocionais. Há uma utilização de espaços sonoros amplos, tentando criar uma sensação de imersão e profundidade, juntando as influências deles de Post-Punk com Dream Pop e Art Rock. Porém, tudo soa muito repetitivo e cansativo. O repertório é mediano, com algumas canções legais e outras bem medíocres. No fim, é um trabalho fraco, que carece de mais detalhes.
Melhores Faixas: Gran Hotel, Passenger, Into The Night
Piores Faixas: Renegade Hearts, Big Shot City, Fables
Então é isso, um abraço e flw!!!