quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Analisando Discografias - New Order: Parte 1

                 

Movement – New Order





















NOTA: 9/10


Então dois anos se passaram, e foi lançado o excepcional e clássico 2º album deles, o Power, Corruption & Lies. Após o Movement, o New Order ainda parecia estar aprisionado à sombra do Joy Division. Então eles decidiram redefinir sua identidade. Esse processo de mudança se deu, sobretudo, em 1982, quando começaram a gravar e lançar singles que não entrariam em álbuns de estúdio, e lá saíram hits como Temptation e Blue Monday. Outro momento decisivo ocorreu em Nova York, quando a banda entrou em contato direto com a cena das discotecas. A produção, feita pela própria banda, é mais limpa e aberta. Stephen Morris passou a usar baterias eletrônicas de forma criativa, e Gillian Gilbert expandiu o uso de sintetizadores. O resultado foi um disco híbrido, que unia Synth-pop, New Wave, Post-Punk e Dance music. O repertório é sensacional e parece até uma coletânea, tendo canções divertidas. Enfim, é um trabalho sensacional e certamente uma obra-prima. 

Melhores Faixas: Age Of Consent, Your Silent Face, 5 8 6, The Village 
Vale a Pena Ouvir: Leave Me Alone, Ultraviolence

Power, Corruption & Lies – New Order





















NOTA: 10/10


Mais dois anos se passaram e o New Order lançou seu 3º álbum de estúdio, o Low-life. Após o Power, Corruption & Lies, a banda aprimorou seu domínio da eletrônica. Singles como Confusion e Thieves Like Us expandiram a ligação com as pistas de dança, ao mesmo tempo em que o grupo mantinha o lado mais sombrio herdado do Post-Punk. Essa dualidade entre introspecção e euforia, entre guitarras e sintetizadores, estava no centro do que viria a ser esse álbum. A produção, feita mais uma vez pela própria banda, é mais polida e expansiva que a de seu antecessor: ao mesmo tempo introspectiva e acessível, dançante e melancólica. O grande destaque certamente vai para Gillian Gilbert, que ajudou a moldar a sonoridade cristalina e atmosférica com o bom uso de sintetizadores e a instrumentação rica do Stephen Morris e Peter Hook. O repertório é incrível, e as canções são bem divertidas e até melancólicas. Enfim, é um trabalho maravilhoso e bem versátil. 

Melhores Faixas: The Perfect Kiss, Elegia, Sunrise, Love Vigilantes 
Vale a Pena Ouvir: Sub-Culture, This Time Of Night

Low-life – New Order




















NOTA: 9,7/10


Pulando para 1982, o Bad Company lançava mais um álbum de estúdio, o Rough Diamonds. Após o Desolation Angels, o grupo entrou nos anos 80 em meio a transformações na cena musical, com o auge da NWOBHM, a ascensão da New Wave, além da febre do AOR e do início do Hair Metal. Internamente, a banda vivia momentos de tensão. Paul Rodgers começava a se distanciar, interessado em projetos solo e em uma vida pessoal mais reservada, enquanto Boz Burrell, Mick Ralphs e Simon Kirke sentiam o peso de manter o nome da banda relevante. A produção foi a de sempre: eles continuaram naquele som cru característico, só que tudo mais contido e menos ambicioso. Há experimentações com grooves, saxofones e até levadas funkeadas, mas a mistura às vezes parece muito vazia. O repertório é bem irregular, com algumas canções legais, mas a maioria é bem fraquinha. Enfim, é um disco mediano que marcaria o fim da fase de ouro da banda. 

Melhores Faixas: Electric Land, Old Mexico, Painted Face 
Vale a Pena Ouvir: Cross Country Boy, Ballad Of The Band, Downhill Ryder

Brotherhood – New Order





















NOTA: 9,3/10


Mais um ano se passa, e foi lançado mais um álbum do New Order, intitulado Brotherhood. Após o Low-life, a banda se consolidou como uma das mais inovadoras da década de 80, capaz de equilibrar Rock alternativo e música eletrônica, enquanto a Factory Records desfrutava de grande prestígio. Em 1986, decidiram gravar um álbum com o objetivo de expandir a exploração sonora iniciada anteriormente, dividido em duas vertentes: o lado mais eletrônico, voltado para a pista de dança, e o lado mais tradicional, com guitarras e baixo melódico. A produção, feita como sempre pela banda, manteve a estética limpa, mas com maior atenção à divisão entre as texturas eletrônicas e as guitarras. E aqui temos Bernard Sumner mostrando sua versatilidade vocal, já consolidada nos trabalhos anteriores, com as canções dialogando com o Dance alternativo e o Synth-pop. O repertório é ótimo, e as canções são bem diversificadas. No final, é um trabalho bacana e divertido. 

Melhores Faixas: Bizarre Love Triangle, Way Of Life, As It Is When It Was, All Day Long 
Vale a Pena Ouvir: Broken Promise, Every Little Counts

Technique – New Order





















NOTA: 9,9/10


No início do ano de 1989, foi lançado o 5º álbum do New Order, o animado Technique. Após o Brotherhood, a banda passou os anos seguintes em turnês intensas e explorando a música de pista europeia, especialmente o Acid House que dominava clubes em Ibiza e Manchester. Bernard Sumner, Peter Hook, Stephen Morris e Gillian Gilbert foram profundamente influenciados por essa cena, incorporando elementos de sintetizadores avançados, drum machines e sequenciadores rítmicos a suas composições, além de acompanhar a cena Madchester. A produção, feita como sempre pela própria banda, trouxe batidas de bateria eletrônica mais agressivas, baixo proeminente e sintetizadores entrelaçados com samples atmosféricos. O som é expansivo, polido e brilhante, enfatizando a pista de dança sem perder a emoção melódica. O repertório é maravilhoso, e as canções são bem energéticas e melódicas. Em suma, é um disco incrível e um dos melhores deles. 

Melhores Faixas: Round & Round, Dream Attack, Vanishing Point, Run, All The Way 
Vale a Pena Ouvir: Fine Time, Mr Disco
  

               Então é isso e flw!!!        

Analisando Discografias - ††† (Croses)

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