sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Analisando Discografias - WIU

                 

Manual de Como Amar Errado – WIU





















NOTA: 9,4/10


Em 2022, foi lançado o álbum de estreia do WIU, intitulado Manual de Como Amar Errado. O rapper, vindo de Fortaleza, que teve uma infância bem pobre, teve seu primeiro contato com o Rap através do seu PlayStation 2, quando conheceu a trilha sonora de jogos como GTA: San Andreas e Def Jam: Fight for NY. Aos 15 anos, ele começou a produzir suas próprias músicas, e foi em 2019 que entrou em contato com o 30PRAUM. Após uma série de acontecimentos, assinou com a gravadora e, depois de lançar diversos singles, começou a preparar seu trabalho conceitual, que girava em torno do amor. A produção foi feita por ele mesmo, junto com Balstair e CHEEK, com beats de 808 pontiagudas, hi-hats sincopados, pads atmosféricos e momentos de arranjo mais minimalista, tudo isso dialogando com Trap e um pouco de Reggaetón. O repertório é incrível, e as canções são todas bem amarradas e melódicas. No final, é um belo álbum de estreia, com começo, meio e fim. 

Melhores Faixas: Coração de Gelo, Oração, Brinca Demais (ótima feat do Matuê e do Teto), Frio, Limão, Angelina, Esquece Pt. 2 
Vale a Pena Ouvir: Lealdade, Ciumenta, Frio

Um Pequeno Álbum de Natal – WIU





















NOTA: 7/10


Então, lá para o final do ano seguinte, foi lançado o EP Um Pequeno Álbum de Natal. Após o Manual de Como Amar Errado, o WIU começou a focar no seu próximo álbum, mas, enquanto isso, ganhou mais visibilidade com os singles Flow Espacial (também com Matuê e Teto) e Só de Mal. Para esse próximo projeto, ele decidiu lançar um EP de Natal, mas, em vez de seguir clichês natalinos puros (sinetas, coros tradicionais), mescla essa ambientação com sua linguagem e estética do Trap. A produção, feita inteiramente pelo rapper, mantém coerência com sua sonoridade, mas adaptada ao clima festivo suave. Elementos eletrônicos, como sintetizadores atmosféricos, pads suaves e hi-hats leves, se fazem presentes, porém com um tom mais contido do que em um álbum autoral completo. O repertório é curtinho, com apenas 4 faixas, muito boas e bem envolventes. Enfim, é um trabalho legal e bem descontraído. 

Melhores Faixas: Eu Fumei a Árvore de Natal, Jingle Bell Hype 
Vale a Pena Ouvir: Não Me Liga 00:00, Natal Solteiro

Vagabundo de Luxo – WIU





















NOTA: 4/10


Outro ano se passou, e foi lançado seu 2º álbum de estúdio, o Vagabundo de Luxo, que tentou ser mais experimental. Após o Um Pequeno Álbum de Natal, a expectativa para seu próximo trabalho era elevar não apenas a visibilidade, mas também mostrar evolução sonora, assumindo papéis mais amplos, incluindo sofisticação lírica e temas diversos sobre relações, autoimagem e estilo de vida. Com isso, ele decidiu fazer um trabalho bem mais ousado e explorar mais sua musicalidade. A produção foi diversificada, contando com RUNX, AK On De Beat, SaintBlunts e outros, além do próprio WIU, que decidiram mesclar as influências do Trap com outros gêneros como Jersey Club, Funk, Reggaetón e até Piseiro, tudo isso seguindo aquelas linhas de 808 e percussão eletrônica. No entanto, tudo soa bem genérico e mostra WIU imitando totalmente Don Toliver. O repertório é fraquinho, com canções legais e outras chatíssimas. No fim, é um álbum ruim e sem coesão. 

Melhores Faixas: Medo de Quem?, Eu Não Ouço Mais Trap, Rainha de Finesse, Teimosa
Piores Faixas: Se eu ver sua mãe na rua, Guala, Vidigal, Maria do Olho Verde, desgraçadagostosamaldita

808 Club – WIU





















NOTA: 6/10


Então, no início deste ano, foi lançado o mais recente trabalho do WIU no formato mixtape, o 808 Club. Após o fraquíssimo Vagabundo de Luxo, o rapper continuou produzindo coisas novas e decidiu lançar um trabalho que voltasse a ser mais focado no Trap e relembrasse um pouco do seu começo de carreira, fazendo assim um mix que tivesse um pouco das temáticas das trap houses. A produção foi conduzida, em sua maioria, por ele mesmo, com alguns pitacos de Galdino, Cheek e outros, que colocaram uma sonoridade geral mantendo as marcas de WIU: presença forte de 808s, hi-hats acelerados, percussão digital bem delineada, pads atmosféricos e mixagem pensada para a clareza do vocal, pulando entre Jersey, Detroit e Trap tradicional, mas com muita coisa bem repetitiva. O repertório é mediano, até começa bem, mas depois decai rapidamente. No geral, é um trabalho irregular, que careceu de mais complemento. 

Melhores Faixas: RUAS DE FORTAL (Brandão roubando o som pra ele), RUAS DE FORTAL (Yunk Vino indo bem demais), LUÍSA SONZA 
Piores Faixas: POUQUINHO DA MINHA VIBE, CHICK, PUTO (Alee não acrescentando nada)
  

Analisando Discografias - Leviano

                   Vetin – Leviano NOTA: 8,7/10 Em 2023, o Leviano lançou sua primeira mixtape, intitulada Vetin, em um momento de transição...