Analisando Discografias - Arcade Fire: Parte 1

                  

Funeral – Arcade Fire

NOTA: 10/10

Em 2004, o Arcade Fire lançava seu excepcional álbum de estreia intitulado Funeral. Formado três anos antes, em Montreal, no Canadá, por Win Butler, Régine Chassagne, Richard Reed Parry, Tim Kingsbury, Howard Bilerman e William Butler, o grupo já havia gerado certo burburinho na cena independente canadense antes do lançamento. O título desse trabalho foi inspirado por experiências pessoais: a perda de vários familiares próximos dos integrantes durante o período de composição, incluindo a avó de Win Butler, que faleceu durante as sessões de criação. A produção, feita pela própria banda, resultou em um som orgânico, expansivo e dinâmico, trazendo influências de Indie Rock, Post-Punk e Chamber Pop, com uma instrumentação riquíssima que inclui violinos, piano, guitarra, percussão e metais, entrelaçados aos vocais de Win e Régine. O repertório é maravilhoso, muito bem ordenado, quase como uma coletânea. Enfim, é um disco fenomenal e uma obra-prima. 

Melhores Faixas: Wake Up, Rebellion (Lies), Neighborhood #3 (Power Out), Neighborhood #1 (Tunnels), In The Backseat 

Vale a Pena Ouvir: Neighborhood #2 (Laïka), Haïti

Neon Bible – Arcade Fire

NOTA: 9,8/10

Três anos se passaram, e o Arcade Fire lançava seu 2º álbum de estúdio, o Neon Bible. Após o Funeral, esse período foi marcado por turnês internacionais extensas, maior reconhecimento midiático e ambição artística crescente. As experiências vividas durante as turnês e o impacto de temas globais, como mídia, política, religião e alienação social, influenciaram diretamente as composições. Win Butler, Régine Chassagne e o restante da banda buscaram expandir o som. A produção, novamente feita pela própria banda, é caracterizada por arranjos densos de cordas, órgãos, pianos, guitarras e metais, combinados com os vocais dramáticos de Win e Régine. O trabalho enfatiza dinâmicas, crescendos emocionais e contrastes entre momentos introspectivos e explosões de intensidade, resultando em algo profundamente cinematográfico. O repertório é incrível, com canções melódicas e épicas. Enfim, é um belo trabalho, muito bem orquestrado. 

Melhores Faixas: No Cars Go, My Body Is A Cage, Keep The Car Running, Black Mirror, The Well And The Lighthouse 

Vale a Pena Ouvir: Neon Bible, Windowsill

  

                                                   Então um abraço e flw!!!