Whatever People Say I Am, That's What I'm Not – Arctic Monkeys
NOTA: 10/10
Em 2006, o Arctic Monkeys lançou seu excepcional álbum de estreia, o Whatever People Say I Am, That's What I'm Not. A banda foi formada quatro anos antes, na cidade de Sheffield, Inglaterra, pelo vocalista e guitarrista Alex Turner, pelo guitarrista Jamie Cook, pelo baixista Andy Nicholson e pelo baterista Matt Helders. Eles ganharam notoriedade por meio da circulação gratuita de demos na internet, o que chamou a atenção da cena Indie britânica e resultou na assinatura com a gravadora Domino. A produção, feita por Jim Abbiss, trouxe um som cru, mas muito bem definido: as guitarras apresentam distorção pontual e riffs rápidos; o baixo é firme; a bateria é precisa, com padrões que lembram tanto o Post-Punk quanto o Rock de garagem; e a voz de Alex Turner aparece nítida, muitas vezes com camadas leves de eco, destacando a narrativa de suas letras. O repertório é maravilhoso, com canções bem energéticas. No fim, é um baita disco, certamente um clássico.
Melhores Faixas: I Bet You Look Good On The Dancefloor, The View From The Afternoon, When The Sun Goes Down, A Certain Romance, Mardy Bum, Dancing Shoes, From The Ritz To The Rubble
Vale a Pena Ouvir: Red Light Indicates Doors Are Secured, Perhaps Vampires Is A Bit Strong But..
Favourite Worst Nightmare – Arctic Monkeys
NOTA: 10/10
Logo no ano seguinte, eles retornaram lançando seu 2º álbum, o Favourite Worst Nightmare. Após o Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, esse período de alta exposição colocou a banda sob intensa pressão da mídia e dos fãs, mas também os impulsionou a evoluir musicalmente. Nesse meio tempo, o baixista Andy Nicholson acabou saindo, entrando Nick O'Malley. Para esse trabalho, eles decidiram abandonar o lado cru da estreia e apostar em um som mais complexo e profundo. A produção, conduzida por James Ford e Mike Crossey, foi mais polida, porém manteve aquela intensidade, explorando texturas sonoras: guitarras mais intricadas, linhas de baixo mais melodiosas, bateria com variações de ritmo e a voz do Alex Turner com camadas e efeitos sutis, incluindo harmonias ocasionais, levando o som mais para o Post-Punk. O repertório é simplesmente fantástico, quase como uma coletânea. No final, é um álbum incrível, uma verdadeira obra-prima.
Melhores Faixas: 505, Fluorescent Adolescent, Brainstorm, Teddy Picker, Balaclava, Old Yellow Bricks, Do Me A Favour
Vale a Pena Ouvir: D Is For Dangerous, Only Ones Who Know
Humbug – Arctic Monkeys
NOTA: 9,4/10
Melhores Faixas: Crying Lightning, Cornerstone, Dance Little Liar, My Propeller, Fire And The Thud
Vale a Pena Ouvir: Potion Approaching, Pretty Visitors
Suck It And See – Arctic Monkeys
NOTA: 8,5/10
Em 2011, eles voltam lançando mais um disco intitulado Suck It And See, que trouxe mudanças. Após o Humbug, a banda optou por retornar a um som mais direto, melódico e acessível, sem perder a maturidade adquirida. Com esse período marcado por turnês intensas e pela consolidação dos Arctic Monkeys como uma das maiores bandas britânicas de Rock, capazes de equilibrar sucesso comercial e credibilidade crítica. Produção feita novamente por James Ford, é mais limpa, brilhante e acessível, equilibrando guitarras melódicas, linhas de baixo precisas e bateria ritmicamente criativa. Adotando assim arranjos mais leves, timbres claros e melodias vocais mais evidentes, com isso eles foram para um lado mais acessível do Indie Rock so que juntando influencias do Jangle Pop. O repertório é bem legal, tendo ótimas canções só que tem algumas exceções. Enfim, é um trabalho bacana e que é bastante menosprezado.
Melhores Faixas: Black Treacle, Suck It And See, Piledriver Waltz, Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair
Piores Faixas: Reckless Serenade, All My Own Stunts
AM – Arctic Monkeys
NOTA: 9/10
Aí chegamos no bendito ano de 2013, quando foi lançado o aclamadíssimo 5º álbum deles, o AM. Após o Suck It and See, o Arctic Monkeys buscava um som mais ousado, contemporâneo e com grooves noturnos, inspirando-se em R&B, Rap, Rock clássico e psicodelia moderna. O período anterior ao lançamento foi marcado por turnês internacionais e crescente reconhecimento global, o que colocou a banda sob pressão para criar algo inovador, mantendo sua identidade Indie. A produção, feita por James Ford e Ross Orton, resultou em uma fusão de Indie Rock com grooves de R&B e Rap, bateria pulsante, linhas de baixo sedutoras e guitarras densas, porém minimalistas. Tudo aqui é bem polido e moderno, com mixagem limpa, camadas sutis de sintetizadores e efeitos vocais que criam uma atmosfera noturna e sexy. O repertório é muito legal, com canções bem melódicas e outras mais divertidas. Enfim, é um ótimo disco, mas não chega a ser a obra-prima que muitos afirmam.
Melhores Faixas: R U Mine?, Do I Wanna Know?, I Wanna Be Yours, Why'd You Only Call Me When You're High?, Knee Socks, No.1 Party Anthem
Vale a Pena Ouvir: Arabella, Snap Out Of It, Fireside
Tranquility Base Hotel + Casino – Arctic Monkeys
NOTA: 8,8/10
Melhores Faixas: Four Out Of Five, Batphone, The World's First Ever Monster Truck Front Flip, Star Treatment
Vale a Pena Ouvir: One Point Perspective, The Ultracheese, Tranquility Base Hotel + Casino
The Car – Arctic Monkeys
NOTA: 8,7/10
Melhores Faixas: There'd Better Be A Mirrorball, Big Ideas, The Car
Vale a Pena Ouvir: Body Paint, I Ain’t Quite Where I Think I Am, Hello You