sábado, 4 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Arcade Fire: Parte 2

                 

The Suburbs – Arcade Fire





















NOTA: 10/10


Em 2010, o Arcade Fire lançava seu 3º álbum de estúdio, o The Suburbs, que foi ainda mais épico. Após o Neon Bible, a banda já não era apenas uma promessa, mas um dos nomes centrais do Indie Rock dos anos 2000, o que era bom não só para eles, mas também para a gravadora Merge. Para este projeto, eles seguiram um caminho mais íntimo e local, explorando o universo suburbano como metáfora para o tempo, a memória e a alienação contemporânea. Win e Will Butler revisitam suas origens em Houston, refletindo sobre infância, juventude e o inevitável processo de envelhecimento. A produção, feita por eles junto com Markus Dravs, apresenta uma paleta sonora ampla, transitando entre Indie Rock, Post-Punk Revival e Chamber Pop, com utilização discreta de sintetizadores, guitarras contidas e arranjos orquestrais equilibrados. O repertório é simplesmente fantástico, e as canções são todas belíssimas. No fim, é um baita disco e um grande clássico da banda. 

Melhores Faixas: The Suburbs, Ready To Start, Sprawl II (Mountains Beyond Mountains), Suburban War, We Used To Wait, Deep Blue, Empty Room, Month Of May 
Vale a Pena Ouvir: Modern Man, Rocco, Sprawl I (Flatland)

Reflektor – Arcade Fire





















NOTA: 9,4/10


Então, mais três anos se passaram, e a banda lançava um disco duplo, o Reflektor. Após o excepcional The Suburbs, havia o risco de se tornarem reféns da própria fórmula. Win Butler, Régine Chassagne e companhia não queriam repetir o caminho trilhado: buscavam uma reinvenção. A inspiração veio de diferentes frentes. Win e Régine haviam passado um tempo no Haiti, terra natal dela, mergulhando na cultura e nos ritmos locais. Ao mesmo tempo, a banda estava cada vez mais atenta ao papel da tecnologia e ao esvaziamento das relações humanas na era digital. A produção, feita pela banda junto com James Murphy e Markus Dravs, foi dividida em duas partes: a primeira mais expansiva e a segunda mais contemplativa. Com isso, elementos de Dance alternativo, New Wave, Dub, música haitiana e Art Pop se misturam à tradição Indie. O repertório é ótimo, e as canções são bem variadas e dinâmicas. Enfim, é um trabalho muito bom e que foi um acerto. 

Melhores Faixas: Reflektor, Afterlife, It's Never Over (Hey Orpheus), Joan Of Arc, Here Comes The Night Time, Awful Sound (Oh Eurydice) 
Vale a Pena Ouvir: Normal Person, You Already Know, We Exist

Everything Now – Arcade Fire





















NOTA: 2,4/10


Pulando para 2017, o Arcade Fire lança seu 5º álbum, o Everything Now, e a partir daí começou um declínio. Após o Reflektor, eles decidiram fazer um trabalho que fosse um retrato crítico da sociedade da hiperconexão, do consumo instantâneo e do excesso de informação. O conceito de “tudo agora” é ao mesmo tempo sedutor e sufocante. Nesse período, eles tinham recém-assinado com a Columbia Records, mas permanecendo em seu outro selo independente, o Rough Trade. A produção, feita pela banda junto com Thomas Bangalter (do Daft Punk) e Steve Mackey (Pulp), teve uma combinação que já apontava para a direção estética: grooves eletrônicos, arranjos Pop sofisticados e uma sonoridade mais polida e acessível. No entanto, tudo ficou muito plastificado e parece faltar imersão. O repertório é muito ruim e, apesar de algumas canções serem críticas, muitas delas são péssimas, com poucas exceções. Enfim, é um disco terrível e esquecível. 

Melhores Faixas: Everything Now, Put Your Money On Me 
Piores Faixas: Electric Blue, Infinite_Content, Chemistry, Peter Pan

We – Arcade Fire





















NOTA: 1/10


Cinco anos se passaram, e eles retornaram lançando outro disco simplesmente maluco, que é o WE. Após o Everything Now, o Arcade Fire entrou num período de relativa quietude. O álbum havia dividido profundamente público e crítica; apesar de ter feito um conceito interessante, tudo era muito deslocado. Nos anos seguintes, Win Butler e Régine Chassagne viveram mudanças pessoais (inclusive o nascimento do filho do casal), e o grupo foi impactado pelas tensões do mundo contemporâneo: crise política, desigualdade social, pandemia e um clima global de incerteza. A produção, feita por Nigel Godrich, quis focar num lado mais coeso, misturando o espírito grandioso do grupo com um retorno a arranjos mais orgânicos: guitarras, pianos e cordas convivem com sintetizadores etéreos, sendo uma junção de tudo que já tinham feito; porém, tudo parece uma concha de retalhos desconexa. O repertório é terrível, e as canções são todas chatíssimas. Enfim, é um disco péssimo e cansativo. 

Melhores Faixas: (.......................................) 
Piores Faixas: WE, Age Of Anxiety II (Rabbit Hole), The Lightning I, Unconditional I (Lookout Kid)

Pink Elephant – Arcade Fire





















NOTA: 1/10


Então chegamos em 2025, quando foi lançado o mais recente álbum deles, o enfadonho Pink Elephant. Após o horrível WE, o Arcade Fire enfrentou um período de introspecção e controvérsia. Will Butler acabou decidindo sair da banda, já que sentiu que eles estavam indo para um caminho bem diferente. Além disso, em 2022, o vocalista Win Butler enfrentou acusações de má conduta sexual, o que gerou discussões sobre o futuro da banda e quase levou ao fim do grupo. A produção, conduzida por Daniel Lanois com supervisão de Win e Régine, apresenta uma abordagem mais minimalista e introspectiva. A instrumentação é mais contida, com ênfase em atmosferas densas e texturas sonoras sutis, tentando juntar Indie Rock com Dance alternativo, mas tudo soa muito sem graça, com arranjos que não empolgam e que acabam ficando excessivos. O repertório é simplesmente horrível, e as canções são todas bem medíocres. Em suma, é um trabalho chato e uma verdadeira porcaria. 

Melhores Faixas (.......zzzzzzzz.......) 
Piores Faixas: Pink Elephant, Stuck In My Head, Ride Or Die, Alien Nation, Open Your Heart Or Die Trying
  

               Então é isso e flw!!!        

Analisando Discografias - Arcade Fire: Parte 2

                  The Suburbs – Arcade Fire NOTA: 10/10 Em 2010, o Arcade Fire lançava seu 3º álbum de estúdio, o The Suburbs, que foi ainda...