terça-feira, 7 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Dave Gahan

                 

Paper Monsters – Dave Gahan





















NOTA: 8,3/10


Entrando em 2003, foi lançado o 1º trabalho solo de Dave Gahan, intitulado Paper Monsters. Após o lançamento do Exciter, esse projeto nasceu da necessidade de explorar seu lado criativo além das composições de Martin L. Gore, que sempre foi o principal compositor do Depeche Mode. Gahan queria se aprofundar em temas autobiográficos, sentimentos de perda, luta interna e redenção, refletindo uma fase de maturidade pessoal e artística. A produção, feita por Ken Thomas, é sofisticada e atmosférica, mantendo algumas semelhanças com o som do Depeche Mode, mas com maior liberdade estrutural e foco na voz de Gahan. Os sintetizadores são combinados com guitarras, bateria programada e efeitos ambientais, criando uma sensação de espaço e intimidade, apesar de ter um foco mais voltado para o Rock alternativo. O repertório é ótimo, e as canções são bem melódicas e dinâmicas. No final, é um trabalho muito bom e bem coeso. 

Melhores Faixas: Bottle Living, I Need You 
Vale a Pena Ouvir: Dirty Sticky Floors, Bitter Apple, Black And Blue Again

Hourglass – Dave Grahan





















NOTA: 8,5/10


Quatro anos se passaram, e ele retorna lançando seu 2º álbum solo, o Hourglass. Após o Paper Monsters, Dave Gahan continuou envolvido com o Depeche Mode, mas buscava ampliar seu universo solo explorando temas mais sombrios, introspectivos e eletrônicos. O álbum surge de um período de maturidade artística e pessoal para o cantor. Então, ele procurou criar um trabalho solo que fosse mais coeso, mais polido e com maior foco em atmosferas eletrônicas densas, mantendo a vulnerabilidade emocional que caracterizou seu primeiro trabalho. A produção, conduzida por ele junto com Christian Eigner e Andrew Phillpott, foi bem mais refinada e mantém um clima contínuo de tensão e introspecção, mas há mais diversidade de texturas e dinâmicas, além de trazer um bom equilíbrio com sua voz, que recebeu alguns efeitos. O repertório é muito bom, e as canções são bem melódicas e ao mesmo tempo densas. Enfim, é um ótimo trabalho e bem sólido. 

Melhores Faixas: Saw Something, A Little Lie, Use You 
Vale a Pena Ouvir: Endless, Kingdom, Down

Angels & Ghosts – Dave Gahan & Soulsavers





















NOTA: 8/10


Pulando para 2015, Dave Gahan retornou junto com a banda Soulsavers lançando o álbum Angels & Ghosts. Após o Hourglass, o cantor acabou colaborando em um álbum da banda, e isso serviu de incentivo, pois ele buscava um projeto que lhe permitisse explorar sonoridades mais obscuras, Gospel e Rock alternativo, com espaço para suas influências do Blues, Soul e música eletrônica atmosférica. A produção, feita por eles mesmos, é densa, atmosférica e emocionalmente carregada. Os Soulsavers, conhecidos por suas texturas cinematográficas e tons sombrios, criam um pano de fundo rico para a voz de Gahan. Os arranjos combinam guitarras etéreas e distorcidas, sintetizadores sutis, baixos graves, bateria acústica e programada, além de coros que dão ao álbum uma dimensão quase litúrgica. O repertório é muito bom, e as canções são todas sentimentais e profundas. No geral, é um trabalho ótimo e carregado de leveza. 

Melhores Faixas: Tempted, All Of This And Nothing 
Vale a Pena Ouvir: Lately, Shine, One Thing

Imposter – Dave Gahan & Soulsavers





















NOTA: 5,8/10


Então chegamos ao último lançamento solo até então do Dave Gahan, que também contou com os Soulsavers: Imposter. Após o Angels & Ghosts, esse novo trabalho surge em um período de reflexão madura em sua carreira, ele buscava explorar novamente uma faceta mais introspectiva e emocional de sua música, desta vez centrada em covers de clássicos e canções de outros artistas. A produção, feita por ele junto com Rich Machin, resulta em uma sonoridade mais densa, cinematográfica e carregada de atmosfera. A combinação de elementos orgânicos e eletrônicos cria um espaço sonoro amplo, com guitarras etéreas, baixo profundo, bateria acústica e programada, além de coros sutis e efeitos de reverb, só que há muitos momentos em que tudo soa excessivo e arrastado. O repertório é bem irregular. Tem canções bem interpretadas e outras que não funcionam tão bem. No geral, é um disco mediano e que não funcionou completamente. 

Melhores Faixas: Shut Me Down, The Dark End Of The Street, Where My Love Lies Asleep
Piores Faixas: Not Dark Yet, A Man Needs A Maid, I Held My Baby Last Night
  

                         Então é isso e flw!!!         

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