terça-feira, 7 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Martin Gore

                 

Counterfeit E.P – Martin L Gore





















NOTA: 9,2/10


Em 1989, Martin L. Gore lançou seu primeiro trabalho em formato EP, intitulado Counterfeit. Após o Music For The Masses e a gigantesca turnê mundial, que se seguiu, cada membro da banda buscava um espaço criativo individual. Martin L. Gore, principal compositor do grupo, decidiu aproveitar esse intervalo antes do próximo álbum do Depeche Mode para trabalhar em algo mais pessoal, sem a pressão comercial ou o peso da marca da banda. A produção, feita por ele junto com Rico Conning, manteve a estética sombria e sintética típica da gravadora, mas com uma atmosfera muito mais introspectiva, minimalista e delicada. O EP foca em texturas eletrônicas frias, vozes reverbadas e arranjos econômicos, mas sempre expressivos. O repertório é ótimo, e as canções são basicamente covers, todas bem interpretadas. No fim, é um trabalho bacana e bem versátil. 

Melhores Faixas: In A Manner Of Speaking, Compulsion 
Vale a Pena Ouvir: Never Turn Your Back On Mother Earth

Counterfeit² - Martin L. Gore





















NOTA: 9/10


Indo para 2003, foi lançado seu 1º trabalho solo, intitulado Counterfeit², que foi mais compacto. Após o Counterfeit EP, enquanto o primeiro projeto já explorava covers e uma abordagem intimista, aqui ele amplia essa ideia, apresentando uma coleção completa de interpretações de músicas de outros artistas que influenciaram profundamente Gore ao longo de sua carreira. A produção, feita por Andrew Phillpott e Paul Freegard, mantém a estética eletrônica e minimalista característica, mas de forma polida. A produção é dominada por sintetizadores, programações discretas de bateria e texturas atmosféricas que criam um ambiente introspectivo e meditativo, basicamente transitando entre o Ambient Pop e o Electropop. O repertório é bem mais extenso, e as canções são todas bem interpretadas, proporcionando uma ótima imersão. No fim, é um ótimo disco e bastante consistente. 

Melhores Faixas: In My Other World, Lost In The Stars, Loverman, Oh My Love 
Vale a Pena Ouvir: Stardust, Tiny Girls, By This River

MG - MG





















NOTA: 2,5/10


Então chegamos em 2015, quando foi lançado o último trabalho até então de Martin Gore, intitulado MG. Após o Counterfeit², ele acabou focando bem mais no Depeche Mode, mas começou a sentir a necessidade de explorar territórios mais experimentais, abstratos e instrumentais, sem se prender à estrutura Pop tradicional ou à performance vocal. O objetivo era criar um álbum totalmente instrumental, focado na textura, atmosfera e design sonoro, um trabalho que revelasse seu lado mais técnico e experimental. A produção, feita por ele próprio, é meticulosa, digital e minimalista, refletindo a estética eletrônica europeia contemporânea, mas com a assinatura pessoal de Gore. O álbum explora técnicas de design de som avançadas, como pads densos, texturas granuladas, drones sutis e efeitos de delay e reverb, embora tudo seja bem arrastado e falte mais dinâmica. O repertório é muito ruim, com pouquíssimas canções que se salvam. No fim, é um disco terrível e chato. 

Melhores Faixas: Europa Hymn, Exalt, Hum 
Vale a Pena Ouvir: Southerly, Brink, Trysting, Featherlight, Spiral

 

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