Counterfeit E.P – Martin L Gore
NOTA: 9,2/10
Em 1989, Martin L. Gore lançou seu primeiro trabalho em formato EP, intitulado Counterfeit. Após o Music For The Masses e a gigantesca turnê mundial, que se seguiu, cada membro da banda buscava um espaço criativo individual. Martin L. Gore, principal compositor do grupo, decidiu aproveitar esse intervalo antes do próximo álbum do Depeche Mode para trabalhar em algo mais pessoal, sem a pressão comercial ou o peso da marca da banda. A produção, feita por ele junto com Rico Conning, manteve a estética sombria e sintética típica da gravadora, mas com uma atmosfera muito mais introspectiva, minimalista e delicada. O EP foca em texturas eletrônicas frias, vozes reverbadas e arranjos econômicos, mas sempre expressivos. O repertório é ótimo, e as canções são basicamente covers, todas bem interpretadas. No fim, é um trabalho bacana e bem versátil.
Melhores Faixas: In A Manner Of Speaking, Compulsion
Vale a Pena Ouvir: Never Turn Your Back On Mother Earth
Counterfeit² - Martin L. Gore
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: In My Other World, Lost In The Stars, Loverman, Oh My Love
Vale a Pena Ouvir: Stardust, Tiny Girls, By This River
MG - MG
NOTA: 2,5/10
Então chegamos em 2015, quando foi lançado o último trabalho até então de Martin Gore, intitulado MG. Após o Counterfeit², ele acabou focando bem mais no Depeche Mode, mas começou a sentir a necessidade de explorar territórios mais experimentais, abstratos e instrumentais, sem se prender à estrutura Pop tradicional ou à performance vocal. O objetivo era criar um álbum totalmente instrumental, focado na textura, atmosfera e design sonoro, um trabalho que revelasse seu lado mais técnico e experimental. A produção, feita por ele próprio, é meticulosa, digital e minimalista, refletindo a estética eletrônica europeia contemporânea, mas com a assinatura pessoal de Gore. O álbum explora técnicas de design de som avançadas, como pads densos, texturas granuladas, drones sutis e efeitos de delay e reverb, embora tudo seja bem arrastado e falte mais dinâmica. O repertório é muito ruim, com pouquíssimas canções que se salvam. No fim, é um disco terrível e chato.
Melhores Faixas: Europa Hymn, Exalt, Hum
Vale a Pena Ouvir: Southerly, Brink, Trysting, Featherlight, Spiral


