sábado, 25 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Derxan

                 

Músicas Para Fumar Balão – Derxan & Big Bllakk





















NOTA: 9/10


Em 2023, foi lançado o álbum colaborativo de Derxan com Big Bllakk, o Músicas para Fumar Balão. O Bllakk já era conhecido de Derxan, ele veio de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e sua trajetória começou por volta de 2019, mas suas primeiras visibilidades vieram com o single El Chapo. Ele se tornou mais um dos nomes promissores do Rap nacional por ser um dos que faziam Drill com certa excelência e, após participar do Brasil Grime Show junto com o já citado Derxan, eles decidiram lançar esse trabalho em parceria com a Pineapple StormTV. A produção, feita por Pedro Apoema e Palma, resultou em um som bem polido, mas com toda aquela estética característica de ambos, que foge do padrão puro do Drill, trazendo até elementos de Boom Bap e, por incrível que pareça, Trapfunk. O repertório é muito bom, e as canções são, de certo modo, bem dinâmicas, indo de faixas mais reflexivas a outras mais energéticas. Em suma, é um álbum incrível e consistente. 

Melhores Faixas: Dez e Faixa, Lulu Santos, Ponto30 (ótima feat do LEALL), 97, Barbarela
Vale a Pena Ouvir: Motorola (Major RD indo bem), Pobre é o diabo

MIXTAPE EU MERMO – Derxan





















NOTA: 8/10


Meses depois, Derxan lançou seu primeiro trabalho, o MIXTAPE EU MERMO, que trouxe um lado mais sujo. Após Músicas para Fumar Balão, feito junto com Big Bllakk, ele vinha consolidando sua voz na cena periférica, tanto no Drill quanto em variações mais narrativas do rap carioca. O título funciona como uma declaração de identidade: uma afirmação coloquial (“eu mesmo/é assim que eu sou”) que já diz ao ouvinte que o projeto privilegia autenticidade, verossimilhança e a oralidade da rua. A produção foi diversificada, contando com Babidi, Beat do Ávila, Mahai, Pedro Apoema e R. Muñoz, que criaram beats bem variados, indo de um lado melódico a outro mais pesado, alternando entre o Drill e momentos de Trap e Boom Bap, com uso preciso de samples e distorções que aprofundam a sonoridade dessa mixtape. O repertório é bem legal, e as canções vão de um lado mais reflexivo a outro mais ousado. Enfim, é um trabalho interessante e que trouxe um pouco de variação. 

Melhores Faixas: Maçã, Los Pollos (Sant levando som pra ele), Menorzão 
Vale a Pena Ouvir: Eu Mermo, Novo Inimigo (Big Bllakk aparecendo bem), Mantenho a Fé

O Lado Bom do Homem Mau – Derxan





















NOTA: 7/10


No ano seguinte, Derxan lançou o EP intitulado O Lado Bom do Homem Mau, que foi para um lado mais acessível. Após o MIXTAPE EU MERMO, o rapper acabou cortando seu vínculo com a Pineapple e entrou na gravadora independente Errejotacultmob, do Big Bllakk. Esse trabalho basicamente apresenta um miniconceito de reconhecimento de que o narrador/artista existe em um meio “mau”, mas procura expressar ou destacar “o lado bom” desse contexto. A produção, conduzida por Pedro Apoema e Mindu, aposta em uma sonoridade polida, com beats de 808 pontiagudos, hi-hats sincopados, pads atmosféricos e momentos de arranjos mais minimalistas, trazendo influências do Drill e do R&B contemporâneo. O repertório contém 5 faixas muito boas, com uma pegada bem mais melódica. No final, é um trabalho interessante e que parece ser o último por uma série de acontecimentos. 

Melhores Faixas: Oq cê fez?, Elis Regina 
Vale a Pena Ouvir: Maluca, Guerra de Ego, Eryka Balduco

           É isso, um abraço e flw!!!                 

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