quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Analisando Discografias - Pet Shop Boys: Parte 2

                 

Elysium – Pet Shop Boys





















NOTA: 4/10


Entrando em 2012, o Pet Shop Boys retorna com mais um disco intitulado Elysium. Após o Yes, Neil Tennant e Chris Lowe haviam redescoberto uma energia Pop vibrante no álbum anterior, mas sentiam a necessidade de explorar algo mais maduro, contemplativo e emocional. No início da década de 2010, a dupla já acumulava mais de 25 anos de carreira, e a ideia de envelhecer dentro da música pop começava a aparecer como tema central em suas composições. A produção foi feita pelo duo junto com Andrew Dawson, que trouxe uma perspectiva moderna e limpa de som, mas que também soubesse trabalhar com camadas sutis e refinadas, deixando tudo cristalino e bastante atmosférico, menos voltado à pista de dança e mais focado na textura sonora. No entanto, tudo acabou ficando repetitivo, uma espécie de concha de retalhos de ideias imprecisas. O repertório é muito ruim, com canções chatíssimas e poucas interessantes. No geral, é um disco péssimo e enjoativo. 

Melhores Faixas: Invisible, Memory Of The Future, A Face Like That, Memory Of The Future
Piores Faixas: Ego Music, Your Early Stuff, Everything Means Something, Hold On, Breathing Space

Electric – Pet Shop Boys





















NOTA: 8,8/10


No ano seguinte, foi lançado outro disco do Pet Shop Boys, o Electric, que convenceu. Após o Elysium, a dupla se viu diante de uma encruzilhada artística devido às falhas de seu último trabalho. Cientes disso, Tennant e Lowe decidiram criar um álbum vibrante, pulsante e totalmente eletrônico, que devolvesse ao Pet Shop Boys o vigor das pistas de dança e reafirmasse sua relevância dentro da música Pop moderna. Além disso, eles saíram da gravadora Parlophone e decidiram lançar esse álbum pelo próprio selo, x2, distribuído pela Kobalt. A produção, feita por Stuart Price, resultou em um som extremamente energético, moderno e imersivo. Price trouxe sua habilidade em criar faixas eletrônicas sofisticadas e com estrutura de pista, enquanto o duo mantive o senso melódico e lírico característico. O repertório é muito bom, e as canções são bem energéticas e dinâmicas. Enfim, é um ótimo disco, e aqui acertaram bastante. 

Melhores Faixas: Love Is A Bourgeois Construct, The Last To Die, Axis 
Vale a Pena Ouvir: Vocal, Fluorescent

Super – Pet Shop Boys





















NOTA: 3,8/10


Três anos se passaram, e eles retornaram lançando mais um disco intitulado Super (muita criatividade). Após o Electric, o Pet Shop Boys vivia um novo momento de confiança criativa e liberdade artística. Com isso, eles decidiram continuar, mas com uma proposta mais expansiva, colorida e urbana. A ideia central era fazer um projeto bem mais urbano, que soasse moderno, direto e dançante, mas que também observasse o comportamento humano na era da hiperconectividade. A produção, feita novamente por Stuart Price, manteve a base eletrônica dançante, mas com uma abordagem mais Pop e acessível, colocando batidas diretas, timbres limpos e arranjos com forte influência de House, Techno e Synth-pop. O trabalho demonstra um lado mais luminoso e hedonista do duo, apesar de tudo soar arrastado e com pouca dinâmica. O repertório é bem fraco, com canções medíocres e poucas que se salvam. Enfim, é um álbum muito chato e inconsistente. 

Melhores Faixas: The Pop Kids, Undertow, Inner Sanctum, Say It To Me 
Piores Faixas: Into Thin Air, Happiness, Sad Robot World, Groovy, Pazzo!

Hotspot – Pet Shop Boys





















NOTA: 3/10


Pulando para 2020, o Pet Shop Boys lançou mais um disco, o Hotspot, que tentou ser mais vibrante. Após o fraquíssimo Super, Neil Tennant e Chris Lowe começaram a compor um álbum que refletisse uma fase mais contemplativa de suas vidas, sem abandonar a pulsação eletrônica. Entre 2017 e 2019, a dupla passou longos períodos em Berlim, cidade que sempre exerceu fascínio sobre eles. O álbum é permeado por atmosferas urbanas, temas de amor, solidão e o sentimento de pertencer a um lugar que está sempre mudando. A produção, feita pela mesma pessoa de sempre, seguiu para um som mais quente, contemplativo e atmosférico. Price manteve a clareza e a precisão de sua produção, mas explorou texturas mais suaves, melodias mais envolventes e arranjos orquestrais discretos, seguindo todas as influências apresentadas nessa trilogia, só que de forma imprecisa. O repertório é péssimo, com pouquíssimas canções boas. No geral, é um trabalho ruim e esquecível. 

Melhores Faixas: Only The Dark, Happy People, I Don't Wanna 
Piores Faixas: Hoping For A Miracle, Will-O-The-Wisp, You Are The One, Wedding In Berlin

Nonetheless – Pet Shop Boys





















NOTA: 8,5/10


No ano passado, foi lançado o último álbum até o momento do Pet Shop Boys, o Nonetheless. Após o Hotspot, e com todo aquele período da pandemia, a dupla, tendo que seguir o protocolo do isolamento social, começou a preparar as ideias para seu próximo disco, que fosse bem mais dinâmico e orgânico, remetendo aos tempos de auge da carreira deles nos anos 80. Ou seja, fazendo algo que não seguisse os padrões atuais do Pop dançante. A produção, feita por James Ford (sim, ele de novo), trouxe uma sonoridade mais crua e emocional, utilizando sintetizadores analógicos em vez dos digitais, como era feito antes de forma mais sutil, e incorporando arranjos orquestrais que remetem aos trabalhos anteriores da banda, basicamente unindo as influências do Synth-pop com um lado mais sofisticado. O repertório é muito bom, e as canções são bem envolventes e até mais profundas. No final de tudo, é um ótimo disco que finalmente mostrou um acerto. 

Melhores Faixas: Feel, The Secret Of Happiness, Dancing Star, Bullet For Narcissus 
Vale a Pena Ouvir: Love Is The Law, Loneliness, A New Bohemia
  

                             Então é isso e flw!!!        

Analisando Discografias - Pet Shop Boys: Parte 2

                  Elysium – Pet Shop Boys NOTA: 4/10 Entrando em 2012, o Pet Shop Boys retorna com mais um disco intitulado Elysium. Após o ...