sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Analisando Discografias - The Alchemist: Parte 1

                 

1st Infantry – The Alchemist





















NOTA: 7,2/10


Em 2004, The Alchemist lançou seu 1º álbum de estúdio, intitulado 1st Infantry. Sua trajetória começou por volta de 1991, quando ele e Scott Caan formaram uma dupla chamada Whooliganz, e em uma apresentação acabaram sendo apadrinhados pelo Cypress Hill, com Alchemist se tornando pupilo do DJ Muggs. A partir de 1998, ele passou a produzir para diversos nomes da costa leste e oeste, como Mobb Deep, Nas, Snoop Dogg, entre outros, e para esse álbum fez algo bem colaborativo. A produção, inteiramente dele, é densa: baixos gordos, melodias sombrias, arranjos quase mafiosos. A escola do sample aqui é levada ao extremo, com vinis raros, recortes dramáticos e atmosfera de filme policial. Alchemist trabalha com baterias pesadas e arrastadas, mas extremamente precisas, criando tensão constante, com bases no Gangsta Rap e no Boom Bap. O repertório é bom, com canções bem legais e outras mais fracas. Enfim, é um trabalho bom, apesar de alguns deslizes. 

Melhores Faixas: Dead Bodies (The Game & Prodigy entrosaram bem), Tick Tock (Nas e Prodigy juntos foi foda), The Essence, D-Block To QB (destaque pro Nas e Havoc), Stop The Show
Piores Faixas: Where Can We Go, Bang Out (B-Real decepcionou), Pimp Squad (T.I. e grupo dele não entregaram nada)

Rapper's Best Friend: An Instrumental Series – The Alchemist





















NOTA: 7,2/10


Três anos depois, The Alchemist lançava uma série de álbuns com Rapper’s Best Friend: An Instrumental Series (sendo este o Volume 1). Após o 1st Infantry, ele percebeu que, como tinha muito respeito na comunidade do Hip-Hop/Rap e muitos MCs começaram a usar beats do Alchemist em mixtapes, batalhas e freestyles, sua música havia se tornado matéria-prima da rua, e então começou a preparar um trabalho que servisse para um público-alvo específico. A produção segue a fórmula que consagrou Alchemist: bateria rígida, samples melódicos sombrios, arranjos com cara de filme policial e muito detalhe cortado na navalha. Os beats aqui não são esboços, são estruturas completas; cada instrumental narra uma história sem precisar de uma única palavra. O repertório é bem interessante, e as faixas são todas bem animadas e urbanizadas, que é o principal. No final, é um trabalho bacana e muito consistente. 

Melhores Faixas: Still Feel Me, Stop Fronting 
Vale a Pena Ouvir: Tight, Shine, G-Type

Rapper's Best Friend 2 (An Instrumental Series) – The Alchemist





















NOTA: 7/10


Foi só em 2012 que ele decidiu lançar o Volume 2, que basicamente seguia a mesma linhagem. Após o Volume 1, The Alchemist se tornou ainda mais requisitado, expandiu parcerias e fundou seu próprio selo, a ALC Records, transformando o estúdio em um centro criativo para MCs da costa leste e oeste. Enquanto continuava colaborando com grandes artistas, ele percebeu que seus instrumentais cada vez mais chamavam atenção por si só, retomando a série agora mais maduro e com ainda mais domínio. A produção é mais sombria, refinada e experimental que no primeiro volume: a bateria está mais pesada, o baixo mais cavernoso e os samples mais abstratos, muitas vezes cortados de forma que você quase não identifica a origem, passando aquele lado mafioso e urbano misterioso característico de sua obra. O repertório é ótimo, e as faixas são todas bem precisas. Em suma, é um trabalho bem interessante e um ótimo complemento. 

Melhores Faixas: The Microphone, The Meeting 
Vale a Pena Ouvir: Far Left, Perfection, Gangster Shit Pt. 1

           É isso, um abraço e flw!!!                  

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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