sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Analisando Discografias - Emerson, Lake & Palmer: Parte 2

                 

Trilogy – Emerson, Lake & Palmer





















NOTA: 10/10


Se passou mais um ano e foi lançado Trilogy, que certamente é o melhor trabalho do Emerson, Lake & Palmer. Após o Tarkus, que consolidou sua reputação como expoentes máximos do Rock progressivo sinfônico, o grupo vivia um momento de extrema confiança criativa. O trio sentia que já havia provado sua capacidade em trabalhos conceituais grandiosos e decidiu então explorar uma sonoridade mais polida, mais expansiva em termos de arranjo e mais equilibrada entre complexidade e acessibilidade. A produção, feita como sempre por Greg Lake, operava com recursos de estúdio amplos, múltiplas camadas de teclados, uso intensivo de overdubs e uma abordagem que favorecia mais o detalhamento artesanal das faixas do que a crueza da performance ao vivo, juntando essa estética sinfônica a um lado mais angular. O repertório é maravilhoso, parecendo até uma coletânea. Enfim, é um baita disco e certamente uma obra-prima. 

Melhores Faixas: From The Beginning, The Endless Enigma (Part 1), Hoedown, Trilogy 
Vale a Pena Ouvir: The Endless Enigma (Part 2), Abaddon’s Bolero

Brain Salad Surgery – Emerson, Lake & Palmer





















NOTA: 9,5/10


Indo para 1973, o Emerson, Lake & Palmer lançava mais um disco, o Brain Salad Surgery. Após o Trilogy, o trio estava insatisfeito com os rumos que a Island Records estava tomando sobre eles com isso eles acabaram saindo e junto com empresário deles montando a gravadora Manticore, que agora deu para eles um maior controle criativo que batesse de frente com que as outras bandas progressivas que cada vez se aperfeiçoavam, e com isso eles queriam fazer um disco que não fosse apenas bem-sucedido, mas que se tornasse uma espécie de declaração definitiva. Produção foi bem mais técnica, já que o Keith Emerson explorou intensamente o Moog modular, Greg Lake investiu pesadamente na qualidade sonora de seus vocais e violões, enquanto Carl Palmer trabalhou com técnicas de microfonação mais precisas deixando uma sonoridade densa. O repertório é belíssimo, e as canções são todas bem fluidas e épicas. No geral, é um belo trabalho e bastante coeso. 

Melhores Faixas: Karn Evil 9 (1st Impression - Part 1), Toccata, Still....You Turn Me On 
Vale a Pena Ouvir: Karn Evil 9 (1st Impression - Part 2), Jerusalem

Works (Volume 1) – Emerson Lake & Palmer





















NOTA: 8/10


Aí se passaram quatro anos, e foi lançado o Works (Volume 1), e aqui tínhamos um momento bem conflituoso. Após o Brain Salad Surgery, com um desgaste físico e emocional levaram o trio a se afastar coletivamente das gravações por um tempo considerável. Além disso, com o Punk emergindo, o Hard Rock se consolidava, e o progressivo passava a ser criticado por sua grandiosidade, os três queriam fazer algo ambicioso já que Emerson queria gravar suas composições sinfônicas em escala orquestral, Lake queria canções tradicionais e Palmer tava interessado em ritmos modernos. Com isso a produção foi bem detalhista, com cada membro trabalhando isoladamente durante longos períodos. Keith Emerson utilizou orquestra sinfônica; Greg Lake adotou produção cuidadosa de estúdio; Carl Palmer gravou com pequenos conjuntos. O repertório que foi bem dividido, é bem interessante com ótimas canções. Enfim, é um álbum dificil, mas que dá para mergulhar nele. 

Melhores Faixas: Fanfare For The Common Man, L.A.Nights 
Vale a Pena Ouvir: Food For Your Soul, Pirates, C'est La Vie

Works (Volume 2) – Emerson Lake & Palmer





















NOTA: 8/10


Foi questão de alguns meses até que Volume 2 fosse lançado, trazendo meio que o que havia ficado de fora. Após o Works (Volume 1), embora grandioso, caro e conceitualmente ousado, ter gerado uma recepção dividida e não alcançado o impacto comercial esperado, a turnê com orquestra tornou-se financeiramente desastrosa, exigindo cortes drásticos e, posteriormente, um retorno ao formato trio. Isso fez com que a Atlantic, gravadora na qual eles haviam acabado de entrar, ficasse com o nariz torcido para eles. Com isso, decidiu-se reunir todo o material que havia ficado de fora do álbum anterior. A produção em si foi a mesma, só que mais simples, menos grandiosa e mais direta, com arranjos enxutos, poucos overdubs e foco maior na espontaneidade. Há muita diversidade, indo do Rock progressivo ao Pop, Piano Rock e até Jazz. O repertório é bom, com canções divertidas e outras que “dão pro gasto”. Enfim, é um disco bom, mas que já mostrava uma queda. 

Melhores Faixas: Watching Over You, Show Me The Way To Go Home 
Vale a Pena Ouvir: Tiger In A Spotlight, I Believe In Father Christmas, Honky Tonk Train Blues

Love Beach – Emerson, Lake & Palmer





















NOTA: 5/10


Indo para o ano de 1978, foi lançado o 7º álbum do Emerson, Lake & Palmer, o odiado Love Beach. Após o Works (Volume 2), o grupo estava, tecnicamente, contratualmente obrigado a entregar mais um álbum para a Atlantic. Não havia um impulso criativo natural ou uma visão coletivamente amadurecida. Mais do que inspirados, eram músicos exaustos, precisando apenas encerrar suas obrigações legais, já que cada um queria seguir de forma independente. Por sinal, aquela capa foi uma foto tirada pela gravadora e colocada ali sem autorização do trio. A produção, dessa vez feita por Keith Emerson, é limpa e bem gravada. Greg Lake, como sempre, assume a maior parte dos vocais e orienta o formato mais Pop Rock, com algumas influências de AOR. Só que, no geral, tudo é bem clichê e falta bastante climatização se eles queriam soar como um Toto. O repertório é irregular: há canções interessantes e outras bem genéricas. Enfim, é só um álbum mediano e que decretou o fim da banda. 

Melhores Faixas: Memoirs Of An Officer And A Gentleman, All I Want Is You 
Piores Faixas: Taste Of My Love, The Gambler
  

               Então é isso e flw!!!         

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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