terça-feira, 11 de novembro de 2025

Analisando Discografias - King Crimson: Parte 3

                 

THRAK – King Crimson





















NOTA: 6/10


Indo para 1995, o King Crimson retornou lançando mais um disco intitulado THRAK. Após o Three of a Perfect Pair, a banda acabou se desgastando e, com isso, entrou em outro hiato. Só depois de dez anos Robert Fripp começou a reavaliar a possibilidade de reviver o King Crimson, mas com uma nova estrutura. Ele decidiu expandir a formação, criando o conceito do “Double Trio”: duas guitarras (Fripp e Belew), dois baixistas/stickistas (Tony Levin e Trey Gunn) e dois bateristas/percussionistas (Bill Bruford e Pat Mastelotto). Produzido pela banda junto com David Bottrill, o álbum traz uma união entre o peso e a dissonância industrial que surgiam no Rock alternativo dos anos 90 e as estruturas polirrítmicas e a abstração harmônica típicas do Crimson setentista, mesmo que muita coisa não funcione. O repertório é irregular: tem canções boas e outras tediosas. Enfim, é um álbum mediano, mas com uma proposta interessante. 

Melhores Faixas: Walking On Air, People, Coda: Marine 475, One Time 
Piores Faixas: THRAK, Radio II, VROOOM VROOOM, Sex Sleep Eat Drink Dream

The ConstruKction Of Light – King Crimson





















NOTA: 3/10


Então, cinco anos se passam e é lançado o fraquíssimo álbum The ConstruKction of Light. Após o THRAK, a formação, apesar de ambiciosa, estava bastante exaustiva, então Robert Fripp teve a ideia de dividir o grupo em subconjuntos chamados “ProjeKcts”, laboratórios musicais experimentais formados por diferentes combinações dos membros do Crimson. Só que, com o tempo, isso ficou bem desgastante, resultando nas saídas de Bill Bruford e Tony Levin. Produzido inteiramente pela banda, o disco é mais seco, digital e concentrado, quase claustrofóbico, com ênfase em texturas eletrônicas e menos reverberação natural. Fripp buscava um som de precisão matemática e textura robótica, com influências eletrônicas, industriais e até do Metal progressivo; porém, tudo acabou ficando arrastado e sem momentos mais imersivos. O repertório é muito fraco, tendo poucas canções boas, enquanto o resto é tedioso. Enfim, é um álbum fraco e completamente esquecível. 

Melhores Faixas: FraKctured, Larks' Tongues In Aspic - Part IV 
Piores Faixas: The ConstruKction Of Light, Heaven And Earth, The World's My Oyster Soup Kitchen Floor Wax Museum

The Power To Believe – King Crimson





















NOTA: 8/10


Então chegamos a 2003, quando foi lançado o 13º e último álbum do King Crimson, o The Power to Believe. Após o péssimo The ConstruKction of Light, a formação chamada de Double Duo precisava de uma nova estruturação, o que resultou no lançamento de um EP que aprofundou as texturas e improvisações eletrônicas. Fripp percebeu que o Rock progressivo ressurgia de forma fragmentada, o Metal alternativo incorporava complexidade rítmica e a música eletrônica influenciava até o som das guitarras. Produzido pela banda junto com Gene Freeman, o álbum ganhou um acabamento mais robusto, metálico e contemporâneo, ficando mais orgânico, denso e cinematográfico. As guitarras soam afiadas, mas cheias de textura, enquanto o restante da cozinha apresenta um caráter mais eletrônico e cheio de variações, sendo ao mesmo tempo Prog Rock e Prog Metal. O repertório é muito bom, e as canções são bem amarradas e precisas. No fim, é um ótimo disco que deu certo. 

Melhores Faixas: Eyes Wide Open, Happy With What You Have To Be Happy With 
Vale a Pena Ouvir: Facts Of Life, Elektrik, Dangerous Curves  

 

Analisando Discografias - Kansas: Parte 1

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