terça-feira, 11 de novembro de 2025

Analisando Discografias - Robert Fripp: Parte 1

                  

Exposure – Robert Fripp





















NOTA: 8,2/10


Voltando para 1979, Robert Fripp lançava seu 1º álbum solo, intitulado Exposure. Após o fim do King Crimson, Fripp, completamente desiludido, aos poucos voltava a seus afazeres musicais, e uma das pessoas mais importantes para essa retomada foi Brian Eno. Com ele, o guitarrista passou a desenvolver gravações baseadas em loops de fita, que ele chamava de Frippertronics, um sistema de feedback analógico que permitia criar paisagens sonoras infinitas e etéreas, precursor direto da música ambiente moderna. Produzido por ele mesmo, o álbum foi concebido como uma colagem sonora, misturando gravações de estúdio, trechos de fala, samples urbanos e manipulações de fita. O som alterna entre momentos de brutalidade e seções meditativas de ambiência, com contribuições de diversos convidados. O repertório é muito bom, e as canções são amplas e bem diversificadas. No fim, é um álbum interessante e consistente. 

Melhores Faixas: You Burn Me Up I'm A Cigarette, North Star (participação do Daryl Hall), Water Music II, Exposure 
Vale a Pena Ouvir: Breathless, Here Comes The Flood, Urban Landscape

God Save The Queen / Under Heavy Manners – Robert Fripp





















NOTA: 8/10


No ano seguinte, Robert Fripp lançava seu 2º álbum solo, o God Save the Queen / Under Heavy Manners. Após o Exposure e o lançamento completo da trilogia Sacred Songs do Daryl Hall e Peter Gabriel II, Fripp se encontrava em uma encruzilhada: ele havia explorado o caos urbano e o conflito entre espiritualidade e tecnologia, e agora queria trabalhar em algo mais estrutural, processual e sonoramente disciplinado. Com isso, passou a se aproximar de músicos ligados à cena experimental e dançante de Nova York, como David Byrne, do Talking Heads. A produção foi mais experimental, com uma parte gravada apenas com guitarra elétrica Gibson Les Paul e o sistema de Frippertronics, sem overdubs, percussão ou vocais, e outra parte com uma pequena banda que incluía Byrne sob o pseudônimo “Absalm el Habib”. O repertório é muito bom, e as 5 faixas são imersivas e completamente atmosféricas. Em suma, é um ótimo trabalho e bastante profundo. 

Melhores Faixas: Under Heavy Manners, God Save The Queen 
Vale a Pena Ouvir: 1983, The Zero Of The Signified, Red Two Scorer
  

                                                                        Então um abraço e flw!!!              

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