quinta-feira, 31 de julho de 2025

Analisando Discografias - Rise Against: Parte 1

                 

The Unraveling – Rise Against





















NOTA: 1,3/10


No ano de 2001 foi lançado o álbum de estreia do Rise Against intitulado The Unraveling. Formada no ano de 1999 na cidade de Chicago, a banda inicialmente se chamava Transistor Revolt, contando com uma formação composta por Tim McIlrath (vocais), Joe Principe (baixo), Dan Precision (guitarra) e Toni Tintari (bateria). Eles começaram a se apresentar no cenário underground e lançaram um EP que chamou a atenção da gravadora Fat Wreck Chords, selo do Fat Mike (NOFX), que sugeriu que mudassem o nome, ficando com o que conhecemos hoje, e também trocaram de baterista, colocando Brandon Barnes. A produção, feita por Mass Giorgini, aposta em um som direto e não polido, refletindo o espírito do Hardcore Melódico. As guitarras são agressivas, os vocais de Tim ainda soam mais crus do que melódicos e a bateria é seca, só que tudo ficou sem emoção. Com um repertório horrível tendo canções terríveis. No final, é um trabalho simplesmente pavoroso. 

Melhores Faixas: (.............................................) 
Piores Faixas: Reception Fades, 1000 Good Intentions, Everchanging, 401 Kill, Remains Of Summer Memories

Revolutions Per Minute – Rise Against





















NOTA: 1/10


Dois anos se passaram e eles retornaram lançando seu 2º álbum, o Revolutions Per Minute, com poucas mudanças. Após o The Unraveling, o Rise Against já se estabelecia como uma das bandas mais promissoras da nova geração do Hardcore Melódico. Só que aconteceram mudanças com a saída do guitarrista Dan Wleklinski, e entrou, meio que de forma passageira, Todd Mohney. Com tudo isso, impulsionados pelo contexto político global, eles queriam fazer um trabalho mais diferenciado. Produção conduzida por Bill Stevenson e Jason Livermore, foram para um som mais limpo e dinâmico, com guitarras cortantes, os vocais do Tim tentando ser mais expressivos, e a cozinha formada por Joe Principe e Brandon Barnes tem um pouco mais de coesão, porém tudo ficou bem manjado e faltando bastante imersão. Com um repertório terrível e com canções chatíssimas. No geral, é um trabalho horroroso e tedioso. 

Melhores Faixas: (.....................................) 
Piores Faixas: Blood Red, White, & Blue, Amber Changing, Torches, Dead Ringer

Siren Song Of The Counter Culture – Rise Against





















NOTA: 1,2/10


No ano seguinte foi lançado o 3º álbum do Rise Against, o infame Siren Song of the Counter Culture. Após o Revolutions Per Minute, a banda demonstrou uma tentativa de amadurecer o som, chamando atenção além do nicho Punk. Esse crescimento culminou em um contrato com uma grande gravadora, a Geffen Records, o que causou receio entre fãs debiloides deles, mas eles deixaram claro que não abandonariam toda a estética que os definia. Além disso, houve a entrada de um novo guitarrista, Chris Chasse. A produção foi conduzida por Garth Richardson, que deixou tudo mais polido e expansivo. O som continua carregado de agressividade, mas com mais espaço para melodias e texturas, fazendo um Hardcore Melódico totalmente acessível e manjado, sem qualquer tipo de inovação. O repertório é horrível, e as canções são todas muito genéricas. No fim, é um trabalho péssimo e que só é legal para gente revoltada que vive em mansão de luxo. 

Melhores Faixas: (..........................) 
Piores Faixas: Tip The Scales, Swing Life Away, The First Drop, Paper Wings, Give It All

The Sufferer & The Witness – Rise Against





















NOTA: 1/10


Se passaram então dois anos e foi lançado mais um trabalho deles, intitulado The Sufferer & The Witness. Após o Siren Song of the Counter Culture, que impulsionou o Rise Against ao mainstream, a banda começou a ganhar respeito tanto dos fãs antigos quanto do público fora da bolha. Tudo porque eles acharam que as pseudoletras deles traziam aquela tradição política do Punk Rock, mas com capacidade de soar acessível sem abrir mão do conteúdo. A produção voltou a ser conduzida pela dupla Bill Stevenson e Jason Livermore, indo para uma sonoridade mais orgânica e com um som polido, com guitarras que têm peso e clareza, a bateria é seca e os vocais do Tim alternam entre gritos emocionais e trechos melódicos, mas continuam irritantes, além da sonoridade ser completamente manjada e enganar trouxa com ‘‘influências alternativas’’. O repertório, mais uma vez, é horrível, e as canções beiram o insuportável. Em suma, é outro álbum pavoroso e enjoativo. 

Melhores Faixas: (.................................) 
Piores Faixas: Survive, Injection, Roadside, Prayer Of The Refugee, Under The Knife

Appeal To Reason – Rise Against





















NOTA: 1/10


Em 2008 foi lançado mais um álbum do Rise Against, intitulado Appeal to Reason. Após o The Sufferer & The Witness, a banda chegou ao topo, mas com a crescente fama surgiram novos desafios: manter a integridade artística frente ao público mainstream e decidir se continuariam trilhando o caminho da experimentação política ou se buscariam um som ainda mais acessível. Fora que, de novo, teve mais uma troca de guitarrista, com Chris Chasse sendo substituído por Zach Blair. A produção, feita novamente por Bill Stevenson e Jason Livermore, manteve aquela sonoridade padrão, só que agora com refrões limpos e arranjos mais abertos. A voz do Tim está mais polida, o baixo do Joe ficou mais contido e a guitarra do Zach introduz variações técnicas. A bateria do Brandon Barnes continua precisa, mas menos frenética, só que tudo ficando arrastado. O repertório é horrível, e as canções são bem insuportáveis e genéricas. Enfim, mais um álbum simplesmente pavoroso. 

Melhores Faixas: (.....................que tortura........................) 
Piores Faixas: The Strength To Go On, The Dirt Whispered, Re-Education (Through Labor), Savior, Hero Of War

Endgame – Rise Against





















NOTA: 1/10


Três anos se passaram e foi lançado outro álbum deles, intitulado Endgame, que até parece o último trabalho deles (oh, sonho). Após o Appeal to Reason, mesmo tendo conseguido continuar no sucesso, os fãs mais antigos criticaram a suavização do som e os arranjos mais acessíveis (com aquele velho papo de que se venderam). Ainda assim, o Rise Against deixou claro que não pretendia abandonar sua identidade. Lançado num período de caos da crise econômica global de 2008 e de tensões políticas, o álbum foi só mais uma válvula de ideias para a banda. A produção contou com aquela mesma dupla de sempre, que deixou tudo limpo, com arranjos bem construídos e ganchos melódicos fortes. A performance do Tim está mais controlada, com uma cozinha muito mais estabilizada e com um lado mais contido, continuando naquela onda totalmente arrastada. O repertório é horrível, e as canções são todas bem chatas. Enfim, é um álbum péssimo e bem descartável. 

Melhores Faixas: (.................................................) 
Piores Faixas: This Is Letting Go, Wait For Me, Architects, Broken Mirrors, Satellite

The Black Market – Rise Against





















NOTA: 1/10


Pulando para 2014, foi lançado o 7º álbum de estúdio do Rise Against, intitulado The Black Market. Após o Endgame, durante a turnê, Tim McIlrath passou por um processo de introspecção, e esse movimento se refletiria diretamente no conceito do novo álbum. Pela primeira vez, a banda escolheria olhar mais para dentro do que para fora. O foco se voltaria para dilemas pessoais, identidade, fragilidade emocional, autoconhecimento, uma espécie de “mercado negro emocional” (daí que veio esse título). A produção foi aquela de sempre, com os instrumentos tendo peso, mas moldados para encaixe radiofônico. Com refrões cantáveis, arranjos climáticos, guitarras em camadas e uma bateria que guia com precisão, sem excentricidades, e aquelas linhas vocais irritantes do Tim, o som continuou completamente chato. O repertório é terrível, e as canções beiram o completo ridículo. No geral, é um álbum pavoroso e com uma profundidade superficial. 

Melhores Faixas: (.........................................) 
Piores Faixas: I Don't Want To Be Here Anymore, Sudden Life, The Black Market, Awake Too Long, People Live Here


                Então é isso, um abraço e flw!!!                

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Analisando Discografias - Motion City Soundtrack

                 

I Am The Movie – Motion City Soundtrack





















NOTA: 9,3/10


Entramos no ano de 2003, quando foi lançado o álbum de estreia do Motion City Soundtrack, o I Am the Movie. Formada em 1997 em Minneapolis, Minnesota, a banda passou por várias formações antes de tudo se estabilizar com o vocalista Justin Pierre, o guitarrista Joshua Cain, o baixista Matthew Taylor, o baterista Tony Thaxton e, como grande diferencial, a presença de sintetizadores analógicos (em especial o Moog), conduzidos por Jesse Johnson. A banda gravou esse álbum de forma independente e o distribuía em shows, o que acabou chamando a atenção da Epitaph, e o resto é história. Produção conduzida por Ed Rose, tem um som vibrante. A guitarra do Cain tem timbres limpos e abertos, o baixo é claro, os vocais do Justin Pierre soam crus e os sintetizadores são bem colocados numa sonoridade que mistura Pop Punk com Power Pop. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem animadas. No geral, é um belíssimo disco de estreia e bem coeso. 

Melhores Faixas: My Favorite Accident, The Future Freaks Me Out, Capital H, Indoor Living, Don't Call It A Comeback 
Vale a Pena Ouvir: Modern Chemistry, Mary Without Sound

Commit This To Memory – Motion City Soundtrack





















NOTA: 9,5/10


Se passaram então dois anos e foi lançado o 2º álbum do Motion City, o Commit This to Memory. Após o I Am the Movie, a banda ganhou notoriedade com sua sonoridade distinta, que misturava Punk, letras neuroticamente confessionais, sintetizadores analógicos (Moog!) e referências Pop. Mas os bastidores não eram tão simples: Justin Pierre enfrentava problemas com álcool e questões de saúde mental, o que influenciaria diretamente o conteúdo e o tom deste trabalho. A produção, feita por Mark Hoppus (sim, o baixista do blink-182), trouxe uma abordagem mais focada em estrutura e melodia, sem apagar a identidade da banda. O disco tem um som mais limpo e radiofônico que o anterior, mas mantém o senso de urgência emocional e as peculiaridades líricas, com toda a cozinha rítmica mais encorpada e os vocais de Justin mais melódicos. O repertório é incrível, e as canções são todas bem energéticas e profundas. No final, é um baita disco e muito preciso. 

Melhores Faixas: Everything Is Alright, Feel Like The Rain, Better Open The Door, Make Out Kids, Together We'll Ring In The New Year, L.G. FUAD 
Vale a Pena Ouvir: When You're Around, Hangman

Even If It Kills Me – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8,7/10


Se passaram dois anos e foi lançado o 3º álbum de estúdio do Motion City Soundtrack, o Even If It Kills Me. Após o Commit This to Memory, a banda ganhou bastante visibilidade, porém o período pós-turnê não foi exatamente estável. Justin Pierre continuava a enfrentar sérios problemas com abuso de substâncias e saúde mental. Com isso, esse novo trabalho surgiu em um momento em que ele começava um processo de recuperação e busca por estabilidade. A produção ficou por conta de um trio de peso: Ric Ocasek (líder do The Cars), Adam Schlesinger (Fountains of Wayne) e Eli Janney (Girls Against Boys). Essa combinação inusitada trouxe um refinamento Pop sem eliminar a energia crua da banda, deixando tudo mais melódico e acessível, mas ainda carregando a essência Pop Punk e Power Pop deles. O repertório ficou bem legal, e as canções são mais dinâmicas. No geral, é um ótimo trabalho, mas que acabou fracassando. 

Melhores Faixas: Fell In Love Without You, Where I Belong, Can't Finish What You Started
Vale a Pena Ouvir: Broken Heart, Point Of Extinction, It Had To Be You

My Dinosaur Life – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8/10


Três anos se passam, e foi lançado mais um trabalho do Motion City Soundtrack, o My Dinosaur Life. Após o Even If It Kills Me, o vocalista Justin Pierre estava sóbrio, a banda finalmente conquistava reconhecimento fora do nicho alternativo e seu som, outrora excêntrico, agora soava confortável dentro do universo do Pop Punk. Mas, em vez de repetir a fórmula, o grupo decidiu dar um passo ousado: assinar com uma major, a Columbia Records. Com produção feita mais uma vez por Mark Hoppus, eles adotaram uma sonoridade bem crua, com a guitarra do Joshua Cain mais pesada e distorcida, o baixo do Matt Taylor mais sujo, a bateria do Tony Thaxton mais criativa do que nunca, os sintetizadores do Jesse Johnson mais discretos (embora ainda presentes), e os vocais do Justin mais articulados. O repertório é bem interessante, e as canções são todas energéticas e mais concisas. No final, é um disco bem bacana e bem ousado. 

Melhores Faixas: Skin And Bones, Her Words Destroyed My Planet 
Vale a Pena Ouvir: A Life Less Ordinary (Need A Little Help), Pulp Fiction, Hysteria

Go – Motion City Soundtrack





















NOTA: 3/10


Em 2012, foi lançado o 5º álbum da banda, intitulado apenas Go (falta de criatividade, certamente). Após o My Dinosaur Life, o Motion City se encontrava, novamente, em um ponto de transição. Apesar da aclamação da crítica, a experiência com a Columbia Records foi curta: as expectativas comerciais não foram atingidas e o contrato não foi renovado. Com isso, a banda optou por um retorno ao modelo independente, voltando para a Epitaph. A produção, conduzida por Ed Ackerson junto com a banda, é limpa, com os instrumentos mais separados, e há um grande cuidado com o espaço sonoro: mais silêncios, mais ambiência, menos parede de som. Ou seja, isso deixou tudo muito arrastado e sem a essência Punk, resultando em um som Pop excessivamente desbalanceado. O repertório começa mal, até consegue melhorar um pouquinho, mas tudo é muito descartável. Enfim, é um trabalho muito ruim e completamente inexpressivo. 

Melhores Faixas: Boxelder, Floating Down The River, The Coma Kid 
Piores Faixas: True Romance, Son Of A Gun, Bad Idea, Everyone Will Die

Panic Stations – Motion City Soundtrack





















NOTA: 8/10


Em 2015, foi lançado o último álbum até o momento da banda, intitulado Panic Stations. Após o fraquíssimo Go, o Motion City Soundtrack passou por um período turbulento, emocional e criativamente. A recepção morna ao disco anterior e a sensação de estagnação começaram a afetar a banda. Nesse período, o baterista Tony Thaxton acabou saindo e, em seu lugar, entrou Claudio Rivera. Com isso, eles decidiram fazer um álbum que trouxesse de volta o instinto e a espontaneidade. A produção, feita por John Agnello, apostou numa sonoridade orgânica, barulhenta e menos processada, com todos os cinco integrantes soando mais conectados. As guitarras ganham mais presença, os vocais do Justin soam mais crus e menos editados, e os sintetizadores ficam em segundo plano. Tudo isso flerta mais com o Power Pop e o Rock alternativo. O repertório ficou muito bom, e as canções são todas bem diversificadas e envolventes. Enfim, é um ótimo disco e bem subestimado. 

Melhores Faixas: It's A Pleasure To Meet You, Gravity 
Vale a Pena Ouvir: Heavy Boots, Broken Arrow, I Can Feel You


  Por hoje é só, então flw!!!  

Analisando Discografias - 1208

                    

Feedback Is Payback – 1208





















NOTA: 8/10


Em 2002, foi lançado o álbum de estreia do 1208, intitulado Feedback Is Payback. Formada oito anos antes na mesma cidade do Pennywise, Black Flag e Descendents, Hermosa Beach, essa banda composta pelo vocalista Alex Flynn (que é sobrinho do Greg Ginn, do Black Flag), além do guitarrista Neshawn Hubbard, do baixista Bryan Parks e do baterista Manny McNamara, logo chamou atenção com sua mistura de hardcore melódico com skate punk, tendo uma pegada mais old school. Com isso, chamaram a atenção da Epitaph Records. A produção, feita por Darian Rundall e Fletcher Dragge (guitarrista do Pennywise), trouxe uma sonoridade crua e energética, sem excessos de polimento, mas ainda com boa definição. Os vocais rasgados de Alex ganham destaque, e o baixo de Bryan Parks tem presença constante, apesar de algumas falhas. O repertório é bom: tem ótimas canções e outras descartáveis. No geral, é um trabalho de estreia bem legal. 

Melhores Faixas: Scared Away, Retire, Pick Your Poison, Jimmy, Speak Easy 
Piores Faixas: Just Anyone, Slowburn

Turn Of The Screw – 1208





















NOTA: 7,2/10


Dois anos se passaram e foi lançado o 2º e último álbum deles, intitulado Turn of the Screw. Após o Feedback Is Payback, o 1208 conseguiu se destacar modestamente dentro da cena Punk californiana com seu som direto, energético e letras diversificadas. Embora não tenham estourado comercialmente, ganharam espaço no underground graças ao apoio da Epitaph Records e aos laços com a cena de Hermosa Beach. A produção, feita pela banda junto com Darian Rundall e Matt Hyde, segue a mesma linha crua e orgânica do álbum anterior, mas com um senso de refinamento maior. As guitarras ganham texturas mais trabalhadas, o baixo pulsa com mais presença, e os vocais de Alex Flynn demonstram um alcance emocional maior, indo mais para um caminho do Pop Punk, mas ainda com falhas na imersão. O repertório tem ótimas canções, mas algumas genéricas. Em suma, é um trabalho legal e, com a falta de divulgação, a banda não conseguiu continuar. 

Melhores Faixas: Lost And Found, The Saint, Fall Apart, Next Big Thing 
Piores Faixas: Everyday, All I Can Do, From Below

 

terça-feira, 29 de julho de 2025

Analisando Discografias - Midtown

                 

Save The World, Lose The Girl – Midtown






















NOTA: 1/10


No começo dos anos 2000, foi lançado o álbum de estreia da banda Midtown, intitulado Save the World, o Lose the Girl. Eles surgiram dois anos antes, em New Brunswick, em Nova Jersey, formados por estudantes da Universidade de Rutgers: Gabe Saporta (vocais/baixo), Rob Hitt (bateria) e Tyler Rann (guitarra), e logo depois adicionaram Heath Saraceno (guitarra). Com o lançamento de um EP, a banda fechou contrato com a Drive-Thru Records, selo independente que se tornaria um celeiro fundamental para o Pop Punk e o Emo nos anos 2000. Com produção feita por Mark Trombino, o álbum ficou com aquela crueza, mas clara o suficiente para destacar os arranjos vocais e as melodias das guitarras. A bateria tem um som seco, os backing vocals são bem distribuídos para se conectar com aquela energia juvenil, só que tudo acaba ficando bem arrastado e enjoativo. O repertório é terrível, com canções insuportáveis. No final, é um álbum péssimo e completamente genérico. 

Melhores Faixas: (...............................................) 
Piores Faixas: Just Rock And Roll, Come On, Recluse, Frayed Ends

Living Well Is The Best Revenge – Midtown





















NOTA: 1,2/10


Dois anos depois, foi lançado o 2º álbum da banda, intitulado Living Well Is the Best Revenge. Após o Save the World, Lose the Girl, a banda rapidamente se consolidou como uma das apostas mais promissoras da cena Emo do início dos anos 2000. Com letras intensas, refrões pegajosos e performances viscerais, eles captaram a atenção de um público em expansão, especialmente com o apoio da Drive-Thru Records, que naquela época era a casa de nomes em ascensão como o New Found Glory (que infelizmente já foi comentado). A produção, feita novamente por Mark Trombino, trouxe uma sonoridade mais limpa: as guitarras estão mais encorpadas, os vocais mais harmônicos e a estrutura das faixas é mais enxuta. Há uma clara tentativa de amadurecer o som, só que tudo fracassa miseravelmente, resultando em algo manjadíssimo e tedioso. O repertório é terrível, e as canções são todas insuportáveis. Em suma, é mais um disco péssimo e completamente esquecível. 

Melhores Faixas: (.............zzzzzzzzzzz..............) 
Piores Faixas: There's No Going Back, Perfect, Become What You Hate, Like A Movie

Forget What You Know – Midtown





















NOTA: 1/10


Então chegamos ao último lançamento até o momento da banda, que saiu em 2004, intitulado Forget What You Know. Após o Living Well Is the Best Revenge, apesar de terem conquistado notoriedade no circuito Pop Punk e Emo, a relação com sua gravadora (Drive-Thru Records e MCA) estava deteriorada, então eles romperam o vínculo e assinaram com a Columbia. Enquanto muitas bandas da cena migravam para caminhos mais comerciais ou diluíam seu som para alcançar o mainstream, eles meio que seguiram na contramão. Com a produção conduzida por Butch Walker, a sonoridade ficou menos acelerada e mais contemplativa, flertando com o Post-Hardcore, o Rock alternativo e o Emo-Pop, sem nunca deixar de lado a carga emocional característica da banda. Só que, mesmo com essas mudanças, tudo continuou insuportável. O repertório é pavoroso, e as canções são ridículas. No geral, esse disco é totalmente horroroso e cansativo. 

Melhores Faixas: (..................zzzz acabou?....................) 
Piores Faixas: Until It Kills, Manhattan, Nothing Is Ever What It Seems, Give It Up, So Long As We Keep Our Bodies Numb We're Safe (alguém me explica por que, em vez de finalizar a música, eles ficaram repetindo por 10 MINUTOS "You've had all the time in the world" e "You don't listen"?)

        Então é isso, um abraço e flw!!!             

Review: Moonlight Survived do Moments In Grace

                   

Moonlight Survived – Moments In Grace





















NOTA: 8,4/10


Voltando novamente para 2004, foi lançado o único álbum de estúdio do Moments In Grace, o Moonlight Survived. Formada três anos antes na cidade de St. Augustine, na Flórida, a banda era composta pelo vocalista e guitarrista Jeremy Griffith, o guitarrista Justin Etheridge, o baixista Jake Brown e o baterista Brandon Cook. Inicialmente, eles apenas tocavam por aí, até que, quando começaram a lançar alguns EPs, trocaram de baterista e Timothy Kirkpatrick entrou no lugar. Com isso, assinaram com a Atlantic Records por meio da Salad Days Records. A produção feita por Brian McTernan, que entregou uma sonoridade impressionantemente detalhada e, ao mesmo tempo, orgânica. A mixagem é limpa, mas não polida demais, com riffs pesados e baixo e bateria criando texturas que seguem as influências do Post-Hardcore e do Emo. O repertório é muito bom, e as canções são todas bem diversificadas. Em suma, é um ótimo álbum e uma pena que eles não continuaram. 

Melhores Faixas: Broken Promises, The Blurring Lines Of Loss, Monologue 
Vale a Pena Ouvir: No Angels, Distand And Longing Light, Stratus

 

Analisando Discografias - Go Betty Go

                 

Worst Enemy – Go Betty Go





















NOTA: 7/10


No ano de 2004, foi lançado um EP do Go Betty Go intitulado Worst Enemy, que funcionou mais como um teste. Formada três anos antes em Glendale, na Califórnia, por um grupo de meninas latinas que contava com a vocalista Nicolette Vilars, sua irmã Aixa na bateria, Michelle Rangel como baixista e a guitarrista Betty Cisneros, a banda rapidamente ganhou notoriedade na cena local e se tornou uma representante poderosa da fusão entre o Punk Rock californiano e uma identidade latina marcante, conseguindo um contrato com a gravadora independente SideOneDummy. Com produção conduzida por Ted Hutt, o EP tem uma sonoridade crua e polida. As guitarras soam afiadas, os vocais estão à frente na mixagem, e a bateria tem o punch característico do gênero. O disco foi gravado com a intenção clara de capturar a energia das performances ao vivo da banda. O repertório é bem legal, e as 5 faixas são muito divertidas. No final, é um EP interessante e bem compacto. 

Melhores Faixas: Son Mis Loucuras 
Vale a Pena Ouvir: C'mon, It's Too Bad, Go Away, You're Your Worst Enemy

Nothing Is More – Go Betty Go





















NOTA: 7/10


Aí, no ano seguinte (ou seja, há 20 anos), elas lançaram o único álbum de estúdio, intitulado Nothing Is More. Após o Worst Enemy, a banda rapidamente ganhou notoriedade na cena local e se tornou uma representante poderosa da fusão entre o Punk Rock californiano e uma identidade latina marcante, com a SideOneDummy apostando nelas como uma banda bastante promissora. A produção foi praticamente a mesma, só que com mais profundidade no som e uma mixagem que equilibra energia e clareza, sem perder o punch típico do pop punk. As guitarras da Betty estão mais afiadas, o baixo da Michelle ficou mais encorpado, a bateria da Aixa está mais dinâmica, e o vocal da Nicolette, por sua vez, aparece mais versátil, alternando entre urgência e melodia. O repertório é bem interessante, com canções divertidas, embora algumas pudessem ser descartadas. Enfim, é um trabalho legalzinho e curioso. 

Melhores Faixas: Saturday, Crumbling Down, You Want It All, Unreal 
Piores Faixas: Laugh Again, The Pirate Song, Runaway

Black & Blue – Go Betty Go





















NOTA: 5/10


E foi só recentemente que a banda acabou retornando de vez, lançando o EP Black & Blue. Após o Nothing Is More, por conta de alguns problemas internos, Nicolette Vilar acabou saindo do Go Betty Go, e o resto das integrantes fez um concurso para encontrar uma nova vocalista, escolhida foi a Emily Wynne-Hughes White, mas acabou não dando certo. Por sinal, até a baixista saiu, sendo substituída por Phil Buckman, do Fuel. Depois disso, a banda se encerrou em 2010, mas voltou dois anos depois com a formação original, chegando a lançar até um EP antes deste. Para a produção, chamaram Davey Warsop, que tentou deixar tudo equilibrado, mantendo a vibração energética da banda com guitarras gritantes e refrões harmônicos. Só que, claro, tem muita coisa que soa bastante repetitiva e falta mais coesão nas ideias. O repertório ficou bem mediano, com algumas canções boas e outras bastante genéricas. No fim, é um trabalho que soa inconsistente. 

Melhores Faixas: Keep Up, Fuzzy 
Piores Faixas: City Lights, We Talk A Lot

 

Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...