Innocent Victim – Uriah Heep
NOTA: 8,3/10
Meses depois, e foi lançado mais um disco do Uriah Heep, o Innocent Victim (que tem uma das capas mais feias da história). Após o Firefly, a banda buscava uma maior estabilidade interna depois de anos marcados pelo alcoolismo de Byron e pela crise criativa que se espalhou durante High and Mighty. O tecladista Ken Hensley assumia crescentemente a liderança musical, enquanto Mick Box preservava a identidade guitarrística do grupo com riffs densos, o wah-wah característico e solos líricos. A produção, feita por Gerry Bron, só que com pitacos do Hensley, aponta para um som mais limpo e acessível, com guitarras menos pesadas que em eras anteriores, maior ênfase em refrões pegajosos e arranjos vocais bem trabalhados. A estética busca um equilíbrio entre o Hard Rock setentista e até traços daquele Glam Rock que começava a dominar o fim da década. O repertório é muito legal, e as canções são todas bem divertidas. No fim, é um ótimo disco e bastante subestimado.
Melhores Faixas: Free Me, Free N' Easy
Vale a Pena Ouvir: Roller, Choices, Illusion
Fallen Angel – Uriah Heep
NOTA: 8/10
Aí, no ano seguinte, foi lançado o 12º álbum de estúdio do Uriah Heep, o Fallen Angel, em um momento de mudanças. Após o Innocent Victim, a banda começava a ganhar mais destaque, sendo que seu principal objetivo era ter sucesso nos Estados Unidos, assim como as outras bandas inglesas. Esse sucesso foi paradoxal: por um lado, consolidou a sobrevida comercial do grupo, mas, por outro, começou a pressioná-los a seguir uma linha mais acessível, com elementos AOR mais evidentes. A produção foi a mesma, só que a sonoridade ficou mais refinada e limpa, privilegiando arranjos suaves, vocais claros e uma estética mais AOR e do Hard Rock, com riffs menos pesados e arranjos de teclado mais coloridos e acessíveis, com uso maior de texturas sintéticas, sem abandonar totalmente o Hammond tradicional. O repertório é bem legal, e as canções são bem melódicas e até envolventes. No geral, é um disco bacana e que mostrava que a banda estava bem ambiciosa.
Melhores Faixas: Whad'ya Say, I'm Alive
Vale a Pena Ouvir: Come Back To Me, Fallen Angel, Woman Of The Night
Conquest – Uriah Heep
NOTA: 2/10
Entrando na década de 80, o Uriah Heep lançava seu novo disco, o Conquest, em um completo caos. Após o Fallen Angel, John Lawton estava incomodado com a banda, que cada vez mais se afastava daquela estética do Hard Rock com Rock Progressivo e mergulhava em um lado mais comercial, com Ken Hensley insistindo nessa abordagem. Com isso, Lawton acabou sendo demitido, e no seu lugar entrou John Sloman; logo depois, também saiu o baterista Lee Kerslake e entrou Chris Slade. A produção, feita pela própria banda, trouxe uma sonoridade moderna, com forte presença de sintetizadores, guitarras mais polidas e menos peso de modo geral. O Hard Rock clássico dá lugar a algo mais próximo de um Pop Rock sofisticado, só que tudo fez eles parecerem uma cópia descarada do Foreigner e do Journey, com tudo soando bastante genérico. O repertório é muito ruim, e as canções são bastante medíocres. No final de tudo, é um disco péssimo e que mostrava uma queda.
Melhores Faixas: It Ain't Easy, Fools
Piores Faixas: Out On The Street, Feelings, Won't Have To Wait Too Long
Abominog – Uriah Heep
NOTA: 1,5/10
Mais dois anos se passaram, e a banda retorna com essa atrocidade chamada Abominog (e a capa também, Jesus Cristo). Após o Conquest, Ken Hensley, completamente exausto e frustrado porque a banda não conseguia algo ainda maior, decidiu sair do Uriah Heep, e John Lawton, que não tinha mais clima para ficar, também saiu devido a várias tretas. Com isso, Mick Box decidiu tocar a barca e montar uma nova formação com o vocalista Peter Goalby (ex-Trapeze), o baixista Bob Daisley e o tecladista John Sinclair (que tocavam com Ozzy), e Lee Kerslake acabou retornando. A produção, feita por Ashley Howe, deixou tudo polido e completamente voltado para o mercado norte-americano e europeu de Hard Rock, com guitarras cristalinas, porém agressivas, e sintetizadores presentes. Porém, tudo é bem sem graça e faz até parecer que eles estão imitando um Saxon. O repertório é péssimo, e as canções são chatíssimas. Enfim, esse disco de retorno é uma completa porcaria.
Melhores Faixas: (..................................)
Piores Faixas: Hot Night In A Cold Town, Think It Over, Running All Night (With The Lion), Prisoner
Head First – Uriah Heep
NOTA: 1/10
No ano seguinte, foi lançado mais outro trabalho terrível do Uriah Heep, o Head First. Após o Abominog, internamente as tensões cresciam, principalmente devido aos compromissos profissionais do Bob Daisley, que já trabalhava com Ozzy Osbourne. Isso resultou em um álbum construído em um clima parcialmente instável, e a banda desejava expandir seu som moderno, algo que certamente não era uma das melhores decisões. A produção, conduzida novamente por Ashley Howe, foi para uma sonoridade ainda mais limpa e polida, dando foco à clareza das vozes, guitarras definidas, teclados mais discretos, e uma produção típica do Rock de arena daquela fase: refrões expansivos, backing vocals bem trabalhados e um peso menos derivado da agressividade e mais do impacto coletivo, ou seja, temos mais clichês de AOR. O repertório é terrível, e as canções são completamente medonhas. Enfim, é um trabalho horroroso e que deixava claro que mudanças eram necessárias.
Melhores Faixas: (.........................)
Piores Faixas: Straight Through The Heart, Roll-Overture, Red Lights, Stay On Top, Sweet Talk
Então é isso e flw!!!




