quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Slayer: Parte 3

                 

God Hate Us All – Slayer





















NOTA: 7,9/10


Então, três anos se passaram, e o Slayer lançou God Hates Us All, que não foi em um dos melhores dias, pois foi no 11 de setembro de 2001. Após o Diabolus in Musica, que incorporou influências do Nu Metal e que enfureceu os 'truezões', a banda enfrentava o desafio de retornar às suas raízes no Thrash Metal enquanto modernizava seu som para atrair uma nova geração de ouvintes. Com Jeff Hanneman e Kerry King assumindo a maior parte da composição, a banda explorou temas como ódio, religião e violência com uma intensidade visceral. Produzido por Rick Rubin e Matt Hyde, o álbum apresenta uma produção crua e agressiva, contrastando com a abordagem mais polida de trabalhos anteriores. O som é marcado por guitarras altamente distorcidas, uma bateria explosiva e os vocais abrasivos do Tom Araya. O repertório é sólido, com ótimas canções e algumas faixas que são só arrastadas. No geral, é um disco bom, mas cometeu pequenos deslizes. 

Melhores Faixas: Bloodline, God Send Death, Deviance, Here Comes The Pain, Exile 
Piores Faixas: Cast Down, New Faith, Payback

Christ Illusion – Slayer 





















NOTA: 6,2/10


Aí, cinco anos se passaram, e a banda retornou com seu 10º álbum de estúdio, o Christ Illusion (capa à la Cannibal Corpse). Após o God Hates Us All, o Slayer buscava reconquistar sua base de fãs tradicionais enquanto permanecia relevante naquele momento. Dave Lombardo voltou como baterista da banda, ou seja, a formação clássica estava de volta. Com isso, este disco trazia temas sobre terrorismo, guerra e religião. Produzido por Josh Abraham, mas ainda com alguns pitacos do Rick Rubin, a banda decidiu juntar a ferocidade clássica deles com uma produção moderna, destacando as habilidades técnicas dos músicos. No entanto, apesar de a sonoridade ser Thrash Metal do mais puro, os riffs parecem ser sempre a mesma coisa, chegando a soar arrastados. O repertório é bem irregular, com canções que possuem um ritmo interessante, mas também outras que são genéricas, tentando relembrar os velhos tempos. Enfim, é um trabalho bem mediano, com quase nenhuma inovação. 

Melhores Faixas: Cult, Skeleton Christ, Jihad 
Piores Faixas: Flesh Storm, Eyes Of The Insane, Catatonic

World Painted Blood – Slayer 





















NOTA: 5,5/10


Passaram-se três anos, e o Slayer lançou World Painted Blood, que tentou trazer de volta aquela abordagem clássica. Após o Christ Illusion, a banda buscava criar um álbum que capturasse o espírito colaborativo dos clássicos como Reign in Blood e Seasons in the Abyss. Para isso, todos os membros contribuíram ativamente no processo de composição, abordando temas como guerra, caos social e violência. Produzido por Greg Fidelman, ainda com algumas contribuições do Rick Rubin, o álbum tenta equilibrar a crueza visceral do Slayer clássico com uma modernidade que confere peso adicional às faixas. Muita coisa funcionou, como a interação entre as guitarras de Hanneman e King e a bateria explosiva de Dave Lombardo, mas novamente há uma evidente falta de coesão. O repertório é muito mediano, com algumas canções boas e outras que são muito arrastadas. Em suma, é outro trabalho mediano, que conseguiu ser ainda mais genérico que seu antecessor. 

Melhores Faixas: Unit 731, World Painted Blood, Public Display Of Dismemberment 
Piores Faixas: Not Of This God, Snuff, Human Strain, Americon

Repentless – Slayer





















NOTA: 8,7/10


Então, chegamos no ‘‘último’’ álbum até então do Slayer, o Repentless, lançado em 2015. Após o World Painted Blood, a banda sofreu uma grande perda com o falecimento do guitarrista Jeff Hanneman, em 2013, devido a uma cirrose hepática, o que impactou profundamente a dinâmica do grupo. Além disso, o baterista Dave Lombardo foi demitido devido a divergências financeiras e foi substituído por Paul Bostaph, que retornou à banda após sua saída em 2001. A banda também encerrou seu vínculo com a American Recordings de Rick Rubin e assinou com a Nuclear Blast. A produção, feita por Terry Date, trouxe uma sonoridade limpa, mas manteve a agressividade e a intensidade que definem o Slayer. Date optou por uma abordagem que destaca o peso das guitarras e a precisão da bateria de Bostaph. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções extremamente pesadas e cheias de intensidade. No fim, é um baita disco. Vale lembrar que a banda voltou à ativa recentemente. 

Melhores Faixas: Repentless, Delusions Of Saviour, Cast The First Stone, Piano Wire 
Vale a Pena Ouvir: You Against You, When The Stillness Comes, Chasing Death

Analisando Discografias - Interpol

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