South Of Heaven – Slayer
NOTA: 9,5/10
Ai, mais um tempo se passou, e o Slayer lança outro clássico, o South of Heaven, que trouxe algumas mudanças. Após o sensacional Reign in Blood, a banda teve que enfrentar alguns problemas, como as controvérsias em torno da letra de Angel of Death, que foi acusada de fazer apologia ao nazismo, algo que a banda negou. Enquanto o álbum anterior era conhecido pela intensidade extrema e velocidade inigualável, neste trabalho, buscaram desacelerar os ritmos e explorar atmosferas mais sombrias e pesadas. A decisão veio de um desejo de não se repetir e de mostrar uma evolução sonora, desafiando as expectativas. A produção foi novamente conduzida por Rick Rubin, que destacou a clareza instrumental, permitindo que os riffs densos, as linhas de baixo e as nuances da bateria se sobressaíssem. O repertório, mais uma vez, é sensacional, com as canções mais bem encadeadas, o que ficou excelente. No fim, é um disco incrível, embora tenha sido bastante questionado na época.
Melhores Faixas: South Of Heaven, Mandatory Suicide, Silent Scream
Vale a Pena Ouvir: Ghosts Of War, Live Undead, Read Between The Lies
Seasons In The Abyss – Slayer
NOTA: 9,8/10
Melhores Faixas: Dead Skin Mask, Seasons In The Abyss, War Ensemble, Hallowed Point
Vale a Pena Ouvir: Temptation, Expendable Youth
Divine Intervention – Slayer
NOTA: 8,8/10
Depois de muito tempo, em 1994, o Slayer retorna com Divine Intervention, trazendo algumas mudanças. Após o Seasons in the Abyss, a banda se concentrou mais em turnês, enfrentou mudanças internas e lidou com as altas expectativas em relação ao próximo passo. Durante esse período, Dave Lombardo saiu da banda devido ao nascimento de seu filho, e Paul Bostaph, do Forbidden, assumiu o posto na bateria. A produção ficou a cargo de Rick Rubin e Toby Wright, com a banda participando ativamente do processo criativo. A sonoridade do álbum é mais áspera e crua em comparação aos trabalhos anteriores, refletindo uma intenção deliberada de capturar uma energia mais visceral. Uma grande mudança foi o baixo de Tom Araya ter mais destaque, enquanto Paul Bostaph trouxe maior precisão na bateria. O repertório é muito bom, com canções pesadas e temas variados. No final de tudo, é um álbum bem legal, embora muito subestimado.
Melhores Faixas: Fictional Reality, 213, Dittohead
Vale a Pena Ouvir: SS-3, Divine Intervention, Circle Of Beliefs
Undisputed Attitude – Slayer
NOTA: 8,6/10
Mais um tempo se passa, e o Slayer lança um álbum de estúdio/de covers, Undisputed Attitude. Calma, eu explico. Após o Divine Intervention e depois de se consolidar como uma das principais bandas de Thrash Metal dos anos 80 e início dos anos 90, o Slayer decidiu fazer algo inesperado: gravar um álbum de covers de bandas de Punk e Hardcore que influenciaram sua formação, além de incluir algumas faixas inéditas compostas com a mesma energia crua e agressiva. A produção, feita por Dave Sardy, teve o objetivo de preservar a energia ao vivo e a crueza nas faixas, resultando em um som intencionalmente direto e agressivo. Ao contrário dos álbuns anteriores, que buscavam maior sofisticação sonora, este apresenta uma produção mais crua e minimalista, refletindo influências do Crossover Thrash. O repertório é muito bom, com canções rápidas e afiadíssimas. Enfim, é um ótimo disco, mas criminosamente subestimado pelos fãs.
Melhores Faixas: I Hate You, Can't Stand You, Abolish Government / Superficial Love, Violent Pacification
Vale a Pena Ouvir: Gemini, Verbal Abuse / Leeches, Richard Hung Himself, Spiritual Law
Diabolus In Musica – Slayer
NOTA: 8,4/10
Então, em 1998, o Slayer lança seu controverso 8º álbum, o Diabolus in Musica, que trouxe mais mudanças. Após o Undisputed Attitude e com o Thrash Metal enfrentando um declínio no final dos anos 90, além do surgimento de tendências como o Nu Metal, a banda sentiu a necessidade de se renovar. Produzido por Rick Rubin, o álbum apresenta uma abordagem sonora mais densa e compacta. As guitarras de Kerry King e Jeff Hanneman têm um tom mais grave e pesado, com afinações mais baixas; o baixo de Tom Araya é mais proeminente, enquanto suas linhas vocais são mais profundas. Paul Bostaph apresenta uma performance sólida e bem adaptada ao ritmo mais cadenciado, que ainda traz influências do Thrash Metal, mas com elementos de Groove Metal e, logicamente, um pouco de Nu Metal. O repertório é muito bom, com canções que trazem uma pegada bem energética. No fim, é um álbum muito bom, mas foi ainda mais menosprezado pelos fãs.
Melhores Faixas: Stain Of Mind, In The Name Of God, Death's Head
Vale a Pena Ouvir: Perversions Of Pain, Scrum, Bitter Peace, Point
Então é isso, um abraço e flw!!!