quinta-feira, 15 de maio de 2025

Analisando Discografias - Robert Plant: Parte 1

                  

Pictures At Eleven – Robert Plant





















NOTA: 8,8/10


Indo para 1982, Robert Plant lançava seu 1º trabalho solo, o Pictures at Eleven. Após o fim do Led Zeppelin, ele decidiu afastar-se do meio musical e chegou a considerar a possibilidade de ser professor no sistema educacional Rudolf Steiner, chegando ao ponto de ser aceito para o treinamento de professores. Mas o chamado artístico falou mais alto. Em 1981, começou a compor com o guitarrista e tecladista Robbie Blunt, o baixista Paul Martinez e o baterista Phil Collins (Genesis), que viria a ser peça-chave nesse primeiro disco solo. A produção foi conduzida pelo próprio Plant que foi para uma sonoridade limpa, moderna e menos saturada do que nos tempos de Led Zeppelin. Os arranjos são mais contidos, os teclados aparecem com destaque e as guitarras são mais modestas, pontuais e atmosféricas, com foco em tendências como New Wave, Post-Punk e Hard Rock. O repertório é bacana, com canções melódicas e um toque mais envolvente. No geral, é um disco bem interessante e variado. 

Melhores Faixas: Fat Lip, Moonlight In Samosa 
Vale a Pena Ouvir: Slow Dancer, Burning Down One Side, Like I've Never Been Gone

The Principle Of Moments – Robert Plant





















NOTA: 9/10


No ano seguinte, foi lançado seu 2º álbum solo, o The Principle of Moments, que foi mais ambicioso. Após o Pictures at Eleven, Robert Plant se sentia mais confiante em sua identidade solo, decidindo fazer uma continuação refinada desse processo. Plant manteve parte da mesma banda-base (Robbie Blunt na guitarra, Paul Martinez no baixo), mas expandiu sua paleta sonora. Novamente, Phil Collins participa como baterista em diversas faixas, sendo importante para a sonoridade de todo o conjunto da obra. A produção, feita pelo próprio Plant junto com Benji Lefevre e Pat Moran, ficou bem mais ambientada e sutilmente eletrônica. As baterias fazem mais uso de efeitos (reverberações, compressores), e as guitarras são utilizadas como paisagem sonora, muitas vezes evitando riffs tradicionais e preferindo arpejos etéreos e timbres limpos. O repertório é ótimo, e as canções são todas melódicas e energéticas, com tudo muito equilibrado. No fim, é um belo disco, totalmente coeso. 

Melhores Faixas: Big Log, In The Mood, Thru' With The Two Step 
Vale a Pena Ouvir: Other Arms, Stranger Here...Than Over There

Shaken 'N' Stirred – Robert Plant





















NOTA: 8/10


Se passaram dois anos e foi lançado seu 3º álbum de estúdio, o Shaken 'N' Stirred. Após o The Principle of Moments, Robert Plant decidiu experimentar algo novo, mergulhando de cabeça nas estéticas mais radicais dos anos 80: Art Pop, New Wave, Synth-pop, com uma forte dose de excentricidade vocal. Neste momento, Plant já não precisava provar que poderia ter uma carreira solo, mostrando sua disposição para explorar seus limites artísticos. A produção foi feita novamente por ele, junto com Benji Le Fevre e Tim Palmer, e contou com uso intenso de sintetizadores digitais, baterias eletrônicas e sequenciadores, ao lado de grooves sincopados. Os riffs de Robbie Blunt não são tão expressivos, e os vocais de Robert Plant mostram o uso de falsetes, gritos estilizados e até colagens vocais sobrepostas. O repertório é bem legal, e as canções são todas abrangentes e mais profundas. Em suma, é um bom disco e bastante subestimado. 

Melhores Faixas: Doo Doo A Do Do, Little By Little 
Vale a Pena Ouvir: Trouble Your Money, Sixes And Sevens, Hip To Hoo

Now And Zen – Robert Plant





















NOTA: 8,2/10


Indo para o ano de 1988, Robert Plant lançava mais um disco, intitulado Now and Zen. Após o subestimadíssimo Shaken 'N' Stirred, ele decidiu repensar sua direção artística: não queria simplesmente repetir o passado, mas também não queria perder sua audiência completamente. O resultado foi um projeto que reconcilia sua fase solo com sua herança zeppeliana, sem soar datado ou reacionário. A produção foi conduzida dessa vez por Tim Palmer, com alguns pitacos do próprio Plant e de Phil Johnstone. Seguiu-se a estética altamente produzida típica do final dos anos 80, mas com espaço para guitarras orgânicas, melodias grudentas e até referências explícitas ao passado. A presença do guitarrista Doug Boyle é fundamental, pois ele substitui Robbie Blunt, deixando de lado o lado mais eletrônico e retomando uma abordagem mais rockeira. O repertório é muito bom, com canções imersivas e profundas. No final de tudo, é um trabalho fluido e mais maduro. 

Melhores Faixas: Tall Cool One, Why, Ship Of Fools 
Vale a Pena Ouvir: Heaven Knows, Billy's Revenge, White, Clean And Neat
  

  É isso, então flw!!!    

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