Manic Nirvana – Robert Plant
NOTA: 8,2/10
Já nos anos 90, ele volta lançando mais um trabalho novo intitulado Manic Nirvana. Após o Now and Zen, Robert Plant estava se sentindo mais seguro, maduro, e assume com mais naturalidade sua condição de veterano do rock, tentando dialogar com o presente sem negar o passado. O álbum foi lançado em um momento em que o hard rock ainda dominava as rádios (antes da chegada do Grunge), sendo uma resposta energética e sensual ao mundo musical de então. A produção foi praticamente a mesma: bastante polida, mas com uma agressividade controlada. As guitarras têm destaque, com timbres saturados e solos presentes, enquanto os teclados acrescentam texturas que garantem um clima atmosférico e contemporâneo. A bateria soa pesada e marcada, típica da estética do Rock de arena, e os vocais de Plant são bem dinâmicos. O repertório é bem interessante, com canções orgânicas e mais cadenciadas. No geral, é um disco bom, e seu conceito funciona bem.
Melhores Faixas: Hurting Kind (I've Got My Eyes On You), Your Ma Said You Cried In Your Sleep Last Night
Vale a Pena Ouvir: Liars Dance, Nirvana, She Said, Tie Dye On The Highway
Dreamland – Robert Plant
NOTA: 3,3/10
Em 2002, Robert Plant lançava mais um trabalho, intitulado Dreamland, e aqui ele seguiu um outro caminho. Após o Manic Nirvana e o esquecível Fate of Nations, de 1993, ele passou a explorar mais profundamente suas paixões musicais originais, como o Folk psicodélico, o Blues raiz e o Rock dos anos 60. Formou uma nova banda com Justin Adams (guitarras e texturas orientais), Clive Deamer (bateria, conhecido por seu trabalho com o Portishead) e John Baggott (teclados, ex-Massive Attack). A produção foi feita pelo próprio Robert Plant junto com Phil Brown, valorizando o espaço, a ambiência e a dinâmica. As gravações são dominadas por arranjos etéreos, uso de instrumentos orientais (oud, bendir), loopings atmosféricos, guitarras tratadas com reverb e delay e percussões tribais, só que tudo é muito sem graça e arrastado. Refletindo em um repertório muito fraco, com pouquíssimas faixas interessantes. Enfim, é um disco chato e bastante tedioso.
Melhores Faixas: Funny In My Mind (I Believe I'm Fixin' To Die), Morning Dew, Hey Joe
Piores Faixas: Skip’s Song, Dirt In A Hole, Darkness, Darkness, Song To The Siren
Mighty Rearranger – Robert Plant
NOTA: 5/10
Melhores Faixas: Dancing In Heaven, Shine It All Around, Somebody Knocking, The Enchanter
Piores Faixas: Mighty Rearranger, Brother Ray, Freedom Fries, Tin Pan Valley
Band Of Joy – Robert Plant
NOTA: 2,9/10
Indo para 2010, ele voltou a lançar mais um trabalho solo, intitulado Band of Joy, que tinha muita história por trás. Após o chatíssimo Mighty Rearranger, a moral de Robert Plant foi restabelecida com o sucesso do álbum colaborativo com Alison Krauss. Então, ele decidiu se reconectar ao seu passado de maneira dupla: ao espírito Folk-experimental que vinha cultivando e ao nome da banda pré-Led Zeppelin que liderou nos anos 60, onde chegou a tocar com John Bonham. A produção, feita por ele junto com Bud Miller, foi totalmente orgânica, esparsa e atmosférica, apostando em texturas sombrias, quase oníricas, com um senso de espaço. Tudo isso ocorre dentro do contexto da Country music e da Americana, mas o resultado é muito inconsistente, chegando a parecer algo feito por alguém em estado de delírio. O repertório é terrível, com canções ridículas, e poucas se salvam. No fim, é um disco péssimo e que não honrou em nada sua proposta.
Melhores Faixas: Central Two-O-Nine, House Of Cards You Can't Buy My Love
Piores Faixas: Angel Dance, Even This Shall Pass Away, Monkey, Satan Your Kingdom Must Come Down
Lullaby And... The Ceaseless Roar – Robert Plant
NOTA: 8/10
Se passaram quatro anos e, naquele ano de Copa do Mundo no Brasil, Robert Plant lançou mais um trabalho, o Lullaby and... The Ceaseless Roar. Após o Band of Joy, ele decidiu dar continuidade à ideia de fusão entre Blues, Rock psicodélico, música africana e Folk, voltando a fazer canções originais depois de quase uma década. É uma obra que soa mais contemplativa, introspectiva e emocional, marcada por um luto sutil. A produção foi conduzida inteiramente por ele mesmo, seguindo por um caminho mais sofisticado, com loops digitais, instrumentos étnicos (rabab afegão, bendir, sintetizadores analógicos), guitarras atmosféricas, percussões tribais e vocais sobrepostos. O som é, ao mesmo tempo, orgânico e eletrônico, tribal e etéreo, passado e futuro. O repertório é muito bom, e as canções são atmosféricas, com um lado mais carregado melodicamente. No final de tudo, é um disco legal e mais imersivo.
Melhores Faixas: Rainbow, House Of Love
Vale a Pena Ouvir: Turn It Up, A Stolen Kiss, Poor Howard
Carry Fire – Robert Plant
NOTA: 8,6/10
Melhores Faixas: New World..., Bluebirds Over The Mountain
Vale a Pena Ouvir: Keep It Hid, Carry Fire, A Way With Words