sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Peter Banks: Parte 1

                    

Two Sides Of Peter Banks – Peter Banks





















NOTA: 8,5/10


Em 1973, Peter Banks lança seu álbum de estreia, intitulado Two Sides of Peter Banks. Após sua saída do Yes, Banks formou a banda Flash e, posteriormente, seguiu carreira solo, decidindo fazer algo grandioso. Para isso, chamou músicos renomados, como Steve Hackett (Genesis), John Wetton (King Crimson) e Phil Collins (Genesis), além da maior participação dos membros de sua própria banda. O próprio guitarrista produziu esse disco, além de utilizar guitarra elétrica e acústica, sintetizadores ARP e Minimoog, e piano Fender Rhodes. A colaboração com Jan Akkerman é particularmente notável, com Akkerman contribuindo com guitarra elétrica e acústica em várias faixas. A produção é caracterizada por arranjos complexos e uma abordagem experimental. Aqui, tudo é instrumental; não há nenhum momento em que apareçam vocais. O repertório é muito bom, e as canções são bem dinâmicas. No final, é um ótimo disco de estreia, muito bem encadeado. 

Melhores Faixas: Knights, Get Out Of My Fridge 
Vale a Pena Ouvir: Last Eclipse, Battles, The White Horse Vale

                                                Então é isso, um abraço e flw!!!       

Analisando Discografias - Billy Sherwood: Parte 2

                 

At The Speed Of Life... – Billy Sherwood





















NOTA: 1/10


Cinco anos se passam e ele lança mais um álbum, o At The Speed Of Life..., tão simples quanto sua capa. Após o No Comment, Billy fundou a banda Circa em 2007, ao lado de Tony Kaye e Alan White, mas o grupo nunca obteve um grande retorno. Esse período de intensa produção artística influenciou diretamente seu trabalho solo, resultando em um álbum que mescla elementos progressivos com a identidade sonora característica de Sherwood. A produção seguiu o padrão habitual, mas desta vez ele buscou maior precisão técnica e uma abordagem mais meticulosa. Além de deixar a sonoridade ritmicamente bem balanceada, destacando a instrumentação detalhada e os vocais em camadas, no entanto, soa como um amontoado de pastiches de músicas descartadas dos últimos e pavorosos álbuns do Yes. Com um repertório péssimo e canções que são um verdadeiro sonífero. No fim, é um disco chatíssimo e sem qualquer detalhamento. 

Melhores Faixas: (........) 
Piores Faixas: Face The Dawn, Forward, At The Speed Of Life

Oneirology – Billy Sherwood





















NOTA: 2/10


Pouco tempo depois, Billy Sherwood lança Oneirology, que traz algumas mudanças. Após o At The Speed Of Life..., ele continuou se dedicando para evitar os erros do álbum anterior e, de certa forma, modernizar seu estilo dentro do Rock progressivo. O título faz referência ao estudo dos sonhos (oneirology), sugerindo uma abordagem conceitual voltada para temas oníricos e introspectivos. A produção seguiu novamente o mesmo padrão de sempre, com Sherwood assumindo quase todas as funções. Só que ele quis adotar uma abordagem mais meticulosa, equilibrando camadas de som para criar uma atmosfera etérea e envolvente. No entanto, a sonoridade ficou muito arrastada e, às vezes, não dá para entender se isso é Prog sinfônico ou neo-prog. O repertório é fraco, com canções tediosas e poucas realmente interessantes. No fim, é um trabalho bem ruim, e nem seu conceito funcionou. 

Melhores Faixas: Setting Sun, The Recurring Dream 
Piores Faixas: The Following, Oneirology, The Gate

What Was The Question ? – Billy Sherwood





















NOTA: 2/10


No ano seguinte, ele lança outro álbum intitulado What Was the Question?, que não trouxe muitas novidades. Após o Oneirology, ele quis continuar explorando algo um pouco mais experimental, mas manteve a obsessão de tornar seu som envolvente, e, claro, as coisas ainda não conseguiam melhorar. A produção seguiu novamente uma abordagem meticulosa, mas a mixagem parece abafada. Embora ele tenha tentado seguir o estilo "faça você mesmo", permitindo que Sherwood imprimisse sua visão artística de forma coesa, o resultado ficou confuso, e ele não conseguiu nem mesmo aprimorar os acertos do trabalho anterior. O repertório é fraquíssimo, com canções totalmente sem emoção, e apenas no final há algo interessante. No fim, é um trabalho muito ruim e completamente sem alma. 

Melhores Faixas: Going Under The Radar 
Piores Faixas: Delta Sierra Juliet, Living In The Now, Made Of Stars

The Art Of Survival – Billy Sherwood





















NOTA: 1/10


Outro ano se passou, e Billy Sherwood tentou trazer algo diferente com o lançamento de The Art of Survival, abordando temas modernos. Após o What Was the Question?, ele decidiu abordar temas contemporâneos, incluindo críticas sociais e políticas. Além disso, ele tentou direcionar a sonoridade para um lado mais abstrato do neo-prog. Embora a produção tenha ficado polida, com uma mixagem que destaca cada elemento instrumental e vocal para criar uma experiência auditiva supostamente rica, o resultado ainda ficou arrastado. Apesar de ter utilizado técnicas de seus trabalhos anteriores, ele apenas repetiu arranjos praticamente idênticos, tornando tudo repetitivo. O repertório é horroroso, com canções completamente vazias e sem nenhum momento interessante. No fim, é um trabalho pavoroso, sem qualquer acerto. 

Melhores Faixas: (......foi passear......) 
Piores Faixas: Humming Along, Chosen By Divinity, Humanity, Faith That We Belong

Divided By One – Billy Sherwood





















NOTA: 7,3/10


Dois anos se passaram, e ele lança mais um álbum, o Divided by One, que trouxe uma abordagem melhor. Após o pavoroso The Art of Survival, Billy Sherwood decidiu fazer algo que resgatasse um pouco da fórmula que deu certo nos seus dois primeiros álbuns, mas deixando tudo mais envolvente e seguindo uma linha mais direta. A produção, feita pelo próprio Billy, buscou algo que não fosse tão experimental, mantendo a sonoridade cristalina e trazendo paisagens sonoras mais melódicas. Ou seja, ele conseguiu mostrar toda a sua versatilidade como multi-instrumentista e criou algo que não fosse genérico, apesar de ainda incluir alguns arranjos que ficaram arrastados. O repertório ficou bem interessante, com canções mais envolventes que se destacam e poucas faixas que ficaram medianas. Mas, enfim, esse disco é muito bom e mostrou, enfim, que ele acertou. 

Melhores Faixas: The Scene Comes Alive, Divided By One, Here For You 
Piores Faixas: Between Us, Constellation Codex

Citizen – Billy Sherwood





















NOTA: 2/10


Em 2015, Billy Sherwood lança o Citizen, seu 8º álbum de estúdio, que não trouxe tantas mudanças. Após o Divided by One, ele acabou voltando a integrar o Yes, inicialmente de forma temporária por conta da doença de Chris Squire, mas assumindo a posição definitivamente após sua morte. Enquanto isso, ele estava planejando um trabalho que exploraria a jornada de uma alma perdida, reencarnada em diferentes períodos históricos. A produção, feita por ele mesmo, ficou polida, com uma abordagem em que equilibrou os elementos instrumentais e vocais, deixando tudo o mais melódico possível. Só que, novamente, ele comete os mesmos erros, criando arranjos completamente vazios, o que impede que a imersão aconteça de forma satisfatória. O repertório é fraquíssimo, com canções execráveis e poucas que ficaram interessantes. No geral, é um trabalho ruim e sem direcionamento. 

Melhores Faixas: Trail Of Tears, Just Galileo And Me 
Piores Faixas: Man & The Machine, A Theory All It's Own, The Great Depression (grande depressão é escutar essa porcaria), Age Of The Atom

Citizen: In The Next Life – Billy Sherwood





















NOTA: 3,5/10


Então chega 2019, ano em que é lançado seu último álbum de estúdio até então, o Citizen: In the Next Life. Após o Citizen, Billy acabou voltando de forma definitiva ao Yes e deixou alguns de seus projetos de lado. Provavelmente, ele logo lembrou que ainda tinha material que ficou de fora de seu antecessor, então expandiu ainda mais o conceito de uma alma reencarnada, agora vivenciando diferentes períodos históricos e figuras notáveis. A produção foi novamente conduzida por ele mesmo, trazendo uma abordagem com um som mais diversificado, no qual há uma fusão de Rock progressivo com nuances de Jazz Fusion, caracterizando-se por arranjos acessíveis e melodias cativantes. Só que, mais uma vez, tudo ficou completamente vazio e sem alma. O repertório é muito ruim: começa bem, mas depois decai devido a um monte de canções tenebrosas. No fim, é um álbum horroroso e, graças a Deus, nada mais está sendo lançado. 

Melhores Faixas: The Partisan, Sailing The Seas, Mata Hari 
Piores Faixas: Skywriter, Hold Quite, Sophia, By Design

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Billy Sherwood: Parte 1

                  

The Big Peace – Billy Sherwood





















NOTA: 8,3/10


No ano de 1999, Billy Sherwood lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado The Big Peace, que seguia uma abordagem mais temática. Após estar presente nos dois últimos lançamentos do Yes, Billy decidiu explorar sua própria visão musical, pegando todas as suas influências progressivas e misturando-as com algo mais experimental e profundo. Ele mesmo produziu o álbum, trazendo um som limpo e bem balanceado, com camadas instrumentais que evocam a estética progressiva dos anos 70, mas com um toque moderno. Além disso, ele foi responsável por tocar quase todos os instrumentos, exceto a bateria, que ficou a cargo de seu grande amigo Jay Schellen. No geral, tudo ficou bem executado, e ele conseguiu criar ótimas paisagens sonoras. O repertório é bem legal, com canções melódicas muito interessantes e que tem um nível de complexidade. Enfim, é um ótimo trabalho e não é tedioso como The Ladder. 

Melhores Faixas: No One Really Knows, Clemency 
Vale a Pena Ouvir: Self Made World, The Big Peace

No Comment – Billy Sherwood





















NOTA: 8/10


Então, quatro anos se passaram e Billy Sherwood lançou seu 2º álbum, o No Comment, que foi para um lado mais abrangente. Após o The Big Peace, ele acabou saindo do Yes em 2000, e continuou a explorar sua criatividade musical, lançando este álbum que reflete sua versatilidade e habilidade em múltiplos instrumentos, apresentando uma abordagem mais direta e concisa, diferente daquele lado mais melódico. A produção, novamente, foi conduzida pelo próprio Billy Sherwood, que, como sempre, tocou quase todos os instrumentos, agora com uma identidade sonora bem definida e um som limpo e bem balanceado. As camadas de teclados atmosféricos, baixo melódico e guitarras texturizadas estão bem distribuídas, o que traz um nível de consistência técnica pura. O repertório é muito bom, com canções detalhadas que abordam temas interessantes. No final de tudo, é um trabalho muito legal e que ficou coeso. 

Melhores Faixas: Dying Breed, The Pendulum Swing 
Vale a Pena Ouvir: In The End, Man Over Bored, Fortunes
  

     Então é só e flw!!! 

Analisando Discografias - Trevor Rabin: Parte 2

                 

Wolf – Trevor Rabin





















NOTA: 8,2/10


Mais um tempo se passa, e o cantor lança seu 3º álbum, intitulado Wolf, que trouxe algumas pequenas mudanças. Após o Face to Face, Trevor Rabin estava passando por um momento de transição em sua carreira, pouco antes de sua entrada no Yes, banda na qual ele se tornaria uma peça fundamental na reinvenção do som progressivo para um contexto mais acessível nos anos 80. Esse álbum reflete sua busca artística e amadurecimento, tentando unir influências do Hard Rock a elementos progressivos. A produção, feita novamente pelo próprio Rabin, mostra-o refinando seu som, que já possuía um estilo dinâmico e técnico. Agora, ele começou a fazer um uso mais amplo de sintetizadores, arranjos elaborados e harmonias vocais bem trabalhadas. O repertório ficou muito bom, com canções envolventes e descontraídas, trazendo poucas baladas. No fim, é um disco bem legal e seu melhor lançamento até então. 

Melhores Faixas: Pain, Long Island, Stop Turn 
Vale a Pena Ouvir: Heard You Cry Wolf, Looking For A Lady - (Wolfman)

Can’t Look Away – Trevor Rabin





















NOTA: 6/10


Aí se passou bastante tempo até que, só em 1989, o Trevor Rabin retornou lançando mais um álbum, o Can’t Look Away. Após o Wolf, como já sabemos, ele ficou famoso por ser um dos integrantes do Yes e por estar por trás da criação do hit Owner of a Lonely Heart. Porém, depois do lançamento do Big Generator, a banda começou a enfrentar divergências criativas. Com isso, Rabin decidiu explorar suas influências e demonstrar sua versatilidade fora da sombra do Yes, lançando algo novo. Novamente, ele mesmo produziu esse disco, agora com a ajuda de Bob Ezrin, que contribuiu para dar ao álbum um som mais polido e cinematográfico, com camadas ricas de arranjos e uma produção detalhista. O trabalho alterna influências do Rock progressivo, AOR e até do Rock de arena, mas acaba soando completamente sem forma. Com um repertório bem irregular e poucas canções realmente interessantes. Em suma, é um trabalho mediano que não trouxe qualquer êxito comercial. 

Melhores Faixas: I Didn't Think It Would Last, Promises, Can’t Look Away, Hold On To Me
Piores Faixas: I Miss You Now, Etoile Noir, Sorrow (You Heart), Cover Up

Jacaranda – Trevor Rabin





















NOTA: 7,9/10


Passaram-se então 23 anos, e Trevor Rabin retorna lançando seu 5º álbum de estúdio, o Jacaranda. Após o Can’t Look Away, no início dos anos 90, Rabin tornou-se um dos compositores mais requisitados de Hollywood, trabalhando em filmes como Armageddon (1998), Enemy of the State (1998) e National Treasure (2004). Então, só em 2012, ele decidiu gravar um material novo e totalmente instrumental. Produzido mais uma vez pelo próprio Rabin, o álbum traz uma abordagem totalmente refinada, evidenciando sua precisão técnica e profundidade emocional, com o músico utilizando uma ampla variedade de instrumentos, incluindo guitarra elétrica e acústica, piano e sintetizadores, destacando-se pela fusão de estilos como Jazz Fusion, Rock progressivo e alguns toques de Blues. O repertório é bem interessante, com as canções bem encadeadas e com um ótimo ritmo. Enfim, esse trabalho é muito bom, só que acabou sendo subestimado. 

Melhores Faixas: The Branch Office, Anerley Road 
Vale a Pena Ouvir: Me And My Boy, Zoo Lake, Market Street

Rio – Trevor Rabin





















NOTA: 2/10


E aí chegamos ao último lançamento do Trevor Rabin até o momento, intitulado Rio, lançado em 2023. Após o Jacaranda, ele ficou focado em composições para trilhas sonoras e em participações em projetos como o Yes Featuring Jon Anderson, Trevor Rabin, Rick Wakeman. Com isso, decidiu revisitar suas raízes no Rock e na música progressiva. A produção foi feita por ele mesmo, explorando uma ampla gama de estilos musicais. Rabin desempenhou a maioria dos instrumentos no álbum, incluindo vocais principais, guitarras, baixo, teclados, banjo, dobro e mandolim. Diferente do antecessor, este trabalho não ficou apenas no instrumental, e ele tentou criar arranjos sofisticados, complexos e cativantes, mas tudo acabou soando muito tedioso, fazendo o álbum parecer uma espécie de descarte dos primeiros trabalhos. O repertório é ruim, com a maioria das canções entediantes e poucas realmente boas. No fim, é um trabalho fraco e sem coesão. 

Melhores Faixas: These Tears, Goodbye 
Piores Faixas: Egoli, Oklahoma, Push

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Trevor Rabin: Parte 1

                  

Beginnings (Trevor Rabin) – Trevor Rabin





















NOTA: 8/10


No ano de 1977, o sul-africano Trevor Rabin lançava seu álbum de estreia, intitulado Beginnings. Naquela época, ele era um dos músicos mais promissores da África do Sul e integrava a banda Rabbitt, que ganhou grande popularidade no país. No entanto, devido às dificuldades impostas pelo regime do Apartheid, ele decidiu seguir carreira internacional, mudando-se para Londres em busca de novas oportunidades. A produção foi feita pelo próprio cantor e lançada pelo selo da RPM, que não ajudou muito na distribuição. Rabin assumiu vários papéis na produção, gravando guitarra, baixo e teclados. Apenas nas partes de bateria, ele contou com Kevin Kruger. A sonoridade é bem robusta e fortemente influenciada pelo Hard Rock e pelo Rock progressivo, de sua futura banda, o Yes, até o Queen. O repertório é bem interessante, diversificando-se entre canções envolventes e boas baladas. Em suma, é um trabalho bem legal, apesar de ter tido uma péssima distribuição. 

Melhores Faixas: Fantasy, Getting To Know You Better 
Vale a Pena Ouvir: Stay With Me, Finding Me A Way Back Home, Live A Bit

Face To Face – Trevor Rabin





















NOTA: 8/10


Dois anos depois, ele lança seu 2º álbum de estúdio, o Face to Face, que tentou trazer algo mais expansivo. Após o Beginnings, Trevor Rabin buscava consolidar sua carreira solo após deixar a banda Rabbitt, que havia lhe dado notoriedade na África do Sul. Conseguindo um contrato com uma boa gravadora, a Chrysalis Records, ele partiu para gravar mais um material novo. Novamente, ele mesmo produziu e tocou a maioria dos instrumentos, exceto a bateria. Ele optou por um som mais limpo e equilibrado, apesar da presença de traços mais robustos. Utilizou sintetizadores e guitarras mais pesadas, com muitas influências de Hard Rock e um pouco da música Pop, mais precisamente com toques do AOR. O repertório ficou, mais uma vez, muito bom, com canções ainda mais envolventes e descontraídas. No final de tudo, é um disco bem legal, apesar de ainda seguir a fórmula de seu antecessor. 

Melhores Faixas: The Ripper, Now 
Vale a Pena Ouvir: Don't You Ever Lose, You, Candy's Bar
  

        Então é isso, flw!!!    

Review: Ramshackled do Alan White

                    

Ramshackled – Alan White





















NOTA: 8/10


Em 1976, Alan White lançava seu único álbum de estúdio, o Ramshackled, que seguia um caminho mais abrangente. Depois do lançamento do Relayer, Alan White foi mais um dos que quis fazer um projeto solo. Enquanto Chris Squire, Steve Howe e Patrick Moraz optaram por explorar composições mais progressivas e complexas, Alan escolheu um caminho mais despretensioso e voltado para grooves. A produção, feita pelo baterista junto com Bob Potter, apresentou uma abordagem bem equilibrada, com um foco maior na coletividade da banda de apoio, com grooves sólidos, arranjos de sopros e teclados atmosféricos, além da presença do bom vocalista Alan Marshall. Essa sonoridade acessível é complementada por elementos de Funk, Soul music, Jazz Fusion e até Reggae. O repertório ficou muito bom, e as canções são, de certo modo, envolventes e complexas. No fim, é um disco bem legal e que tem sua consistência. 

Melhores Faixas: Silly Woman, Song Of Innocence 
Vale a Pena Ouvir: One Way Rag, Giddy, Everybody

Analisando Discografias - Patrick Moraz: Parte 2

                 

Human Interface – Patrick Moraz





















NOTA: 1/10


Em 1987, Patrick Moraz lançou mais um disco horroroso, o Human Interface, tentando trazer uma pegada futurista. Após o Future Memories, o tecladista aprofundou-se ainda mais na experimentação com teclados digitais, sintetizadores e baterias eletrônicas. Ele decidiu criar um trabalho baseado na programação de sintetizadores, resultando em um som robótico, futurista e atmosférico. A produção seguiu o padrão de sempre: altamente digital, refletindo as tendências eletrônicas da época, com influências de música ambiente, New Age e alguns elementos de Synth-pop. No entanto, Moraz tentou exibir seu virtuosismo em grooves sintéticos e paisagens sonoras tão envolventes quanto uma convenção de agentes de seguro. O repertório é uma verdadeira tragédia, com faixas que mais parecem soníferos plastificados. No fim, esse trabalho é pavoroso, provando que o digital definitivamente não era o forte de Moraz. 

Melhores Faixas (...zzzzzzzzzzzzzz...) 
Piores Faixas: Kyushu, Cin-A-Maah, Stormtroops On Loops, Hyperwaves

Windows Of Time – Patrick Moraz





















NOTA: 2/10


Aí se passa bastante tempo. Em 1994, Patrick Moraz lança o Windows of Time, que segue por um lado mais erudito. Após o Human Interface, o tecladista decidiu retornar a uma sonoridade acústica e sinfônica, afastando-se do experimentalismo eletrônico que dominou seus trabalhos nos anos 80. Tentando trazer seu virtuosismo no piano acústico, ele apresenta uma abordagem mais clássica e introspectiva. Produzido por Michael Franklin junto com o próprio Patrick Moraz, nele foi utilizado um piano de cauda Steinway, que capturou toda a qualidade do instrumento, o que resultou em uma abordagem improvisacional, com ele alternando entre estilos que vão do romantismo clássico e do impressionismo francês até elementos do Jazz contemporâneo, só que muita coisa ficou sem uma boa lapidação. Isso resultou em um repertório fraquíssimo, com poucas canções interessantes. Enfim, é um trabalho bem ruimzinho, no qual faltou melhor desenvolvimento. 

Melhores Faixas: Talisman, Sanctuary - Libertation 
Piores Faixas: Sanctuary - Isle Of View, Gaia Tea "Reflections", (Movt.3) Initiation, The Best Years Of Our Lives

Resonance – Patrick Moraz





















NOTA: 1,5/10


Aí entramos nos anos 2000, o Patrick Moraz lança mais uma bomba-relógio de álbum, o Resonance. Após o Windows of Time, o tecladista continuou a aprofundar sua exploração da ressonância natural do piano acústico, utilizando a instrumentação de forma pura, sem aqueles sintetizadores exagerados que marcaram seus trabalhos nos anos 80. A produção foi a mesma de sempre, seguindo uma abordagem minimalista e meticulosa, focada inteiramente no piano solo. A gravação foi realizada em uma sala com acústica cuidadosamente controlada, permitindo que cada nota tivesse seu espaço e profundidade. A sonoridade pegou influências do impressionismo francês, do Jazz modal e do minimalismo, resultando em algo sem qualquer coesão, o que mostrou que tudo aqui ficou completamente malnascido. O repertório é extremamente ruim e não tem uma única música interessante. No geral, é outro trabalho pavoroso e esquecível. 

Melhores Faixas: (.......) 
Piores Faixas: Standing In The Light, Sundance, Colloids Bounce Around

ESP – Patrick Moraz





















NOTA: 8/10


Passou-se mais um tempo, e Patrick Moraz lançou mais um disco, o ESP, uma abreviação de Estudos, Sonatas e Prelúdios. Após o péssimo Resonance, Moraz quis explorar estruturas formais inspiradas na música clássica e no Jazz contemporâneo, além de manter traços de sua veia progressiva. Mostrando, assim, a interpretação, a improvisação e a ressonância do piano acústico como centro da experiência sonora. A produção buscou um som mais limpo e cristalino, em que cada nota e cada ressonância do piano podem ser ouvidas com clareza. Seguindo uma abordagem mais estruturada, com composições que se aproximam das formas tradicionais da música clássica. No entanto, há uma forte presença de elementos improvisacionais, o que para ele é comum. O repertório ficou muito bom, com as canções totalmente bem interpretadas, mostrando sua grande agilidade. Enfim, esse trabalho é bem interessante, apesar de não ter muitas novidades. 

Melhores Faixas: Prelude In A Min (Andante Inspired By "Keep The Children Alive"), Prelude In G And Bb 
Vale a Pena Ouvir: Sonata In C (2nd Movement Andante In G), Etude In Bb (Dynamic Symmetry), Grand Sonata In Dm (1st Movement Allegro), Prelude In C#

Change Of Space – Patrick Moraz





















NOTA: 8,2/10


Aí em 2009, chegamos ao último lançamento até o momento do Patrick Moraz, intitulado Change of Spaces. Após o ESP, o tecladista estava refinando sua abordagem, alternando entre trabalhos puramente eletrônicos e gravações acústicas de piano solo. No geral, ele passou por um momento de síntese, em que revisita e aprimora ideias exploradas ao longo de sua carreira. A produção mostrou um Patrick Moraz manipulando sons eletrônicos e acústicos, equilibrando atmosferas futuristas com estruturas rítmicas dinâmicas. Diferente de seus álbuns mais experimentais dos anos 70 e até 80, este disco tem uma abordagem mais acessível e refinada, mantendo, no entanto, a complexidade harmônica e a profundidade sonora. Tudo aqui soa mais polido, fazendo uma transição entre paisagens sonoras. O repertório ficou muito legal, com canções que são totalmente atmosféricas e têm um belo encadeamento. No final de tudo, é um ótimo trabalho e que ficou bem consistente. 

Melhores Faixas: One Day In June, The Power Of Emotion 
Vale a Pena Ouvir: Stellar Rivers & Streams Of Lucid Dreams, Change Of Space, Cum Spiritu
  

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Patrick Moraz: Parte 1

                 

The Story Of I – Patrick Moraz





















NOTA: 9/10


No ano de 1976, Patrick Moraz lançava seu primeiro álbum de estúdio, o The Story Of I, que é totalmente experimental. Depois do lançamento do Relayer, os membros do Yes decidiram trabalhar em projetos solo, e Moraz, que acabou saindo da banda, fez o mesmo. Ele decidiu investir em um projeto solo que fosse pessoal e ambicioso, explorando não apenas seu virtuosismo no teclado, mas também sua paixão por culturas e ritmos de diferentes partes do mundo. A produção, feita pelo próprio tecladista, é sofisticada e minuciosa, com uma instrumentação variada que vai desde sintetizadores e teclados clássicos até percussões tribais. Falando nisso, ele incorporou influências da música brasileira, como Samba, Baião e Bossa Nova, fundindo-as com o Rock progressivo e Jazz Fusion. O repertório é muito bom, totalmente coeso e com canções diversificadas que conseguem se conectar. No final de tudo, é um ótimo disco e que valeu todo o planejamento do tecladista. 

Melhores Faixas: Best Years Of Our Lives, Cachaça (Baião), Rise And Fall, Dancing Now
Vale a Pena Ouvir: Descent, Warmer Hands, Like A Child In Disguise

Out In The Sun – Patrick Moraz





















NOTA: 8,7/10


No ano seguinte, ele lançou seu 2º álbum, o Out In The Sun, que seguia para um lado mais abrangente. Após o The Story Of I, Patrick Moraz decidiu adotar uma abordagem menos conceitual e mais acessível em relação ao álbum anterior. Apresentando, assim, uma conexão mais pessoal e intimista, o disco reflete sua experiência com climas tropicais, especialmente no Brasil e no Caribe. Novamente, ele mesmo foi o responsável pela produção, além de ter gravado em vários lugares, inclusive aqui no Brasil. O álbum equilibra a sofisticação dos teclados e sintetizadores característicos do Moraz com a presença calorosa de instrumentos acústicos e percussivos. Ele utilizou técnicas modernas de gravação para criar um som cristalino e vibrante, mas sem perder o toque orgânico das colaborações humanas. O repertório ficou muito bom, com canções bem mais envolventes e que apresentam uma ótima melodia. Enfim, esse disco é muito bom e vale a pena ser ouvido. 

Melhores Faixas: Love-Hate-Sun-Rain-You, Rana Batacuda 
Vale a Pena Ouvir: Tentacles, Out In The Sun, Kabala

Patrick Moraz – Patrick Moraz





















NOTA: 7/10


Passa-se mais um ano, e Patrick Moraz lança mais um disco, desta vez autointitulado, que seguia a linha de seus antecessores. Após o Out In The Sun, o tecladista decidiu explorar sonoridades orquestrais e ambientes mais cinematográficos, além de começar a se afastar do som progressivo tradicional em direção a composições que flertavam com a música clássica e o Jazz. A produção foi feita por ele mesmo, utilizando extensivamente teclados e sintetizadores para criar texturas orquestrais densas. Moraz explorou profundamente os timbres disponíveis na época, utilizando instrumentos como o Oberheim, o Moog e o Polymoog para construir paisagens sonoras ricas e atmosféricas. O álbum apresenta um som mais contido e reflexivo, com menos ênfase em percussão e ritmos globais. O repertório é até bom, com canções que são bem encadeadas, embora algumas ficaram confusas. Sendo assim, é um trabalho bom, apesar de apresentar algumas inconsistências. 

Melhores Faixas: Primitivisation, Jungles Of The World, Realization 
Piores Faixas: Temples of Joy, The Conflict

Coexistence – Patrick Moraz





















NOTA: 2,7/10


Mais um tempo se passa, e Patrick Moraz lança o Coexistence, que retornava a uma abordagem mais experimental. Após seu álbum autointitulado, Moraz decidiu fazer algo bem mais espontâneo e, para isso, chamou o percussionista brasileiro Djalma Corrêa, um dos músicos mais respeitados do Brasil em sua área. Isso remete ao interesse do tecladista pela música brasileira e pelos ritmos latinos, com o objetivo de criar algo mais intimista. A produção foi deliberadamente simples, para capturar a interação natural, não só com o percussionista, mas também com seu arranjador, o tal de Syrinx. Moraz continuou a utilizar aquela ampla gama de teclados, criando camadas melódicas e harmônicas, indo mais para a improvisação. Ficando tão experimental quanto assistir a futebol de cadeirantes. O repertório até começa bem, mas depois vêm algumas canções que são um tédio. No fim, é um disco bem ruim e sem coesão. 

Melhores Faixas: Mind Your Body 
Piores Faixas: Adagio For A Hostage, Adagio For A Hostage, Coexistence (4 Movements)

Time Code – Patrick Moraz





















NOTA: 1/10


Em 1984, Patrick Moraz retorna lançando mais um álbum, Time Code, e aqui as coisas começaram a desandar. Após o Coexistence, o tecladista passou a integrar a banda The Moody Blues (que talvez um dia eu fale deles), mas não abandonou seus projetos solo. No entanto, ele decidiu fazer um trabalho totalmente acessível, indo para um lado mais Pop, fugindo de toda a experimentação dos discos anteriores. Novamente, ele mesmo produziu, utilizando ferramentas avançadas para a época, como sintetizadores digitais, samplers e drum machines. Além disso, incluiu uma série de vocalistas desconhecidos para integrar essas faixas completamente pasteurizadas, que são todas inclinadas para a New Wave e o Synth-pop, criando um verdadeiro show de horror. O repertório reflete isso, com canções sem qualquer emoção e sem criatividade. Em suma, é um trabalho tenebroso e completamente esquecível. 

Melhores Faixas: (......) 
Piores Faixas: Overload, Life In The Underworld, Shakin' With The Passion, No Sleep Tonight

Future Memories I & II – Patrick Moraz





















NOTA: 8,4/10


Por volta de 1987, saiu um compilado superimportante na carreira do Patrick Moraz, o Future Memories I & II. Após o Time Code, Moraz decidiu resgatar um material que fazia parte de um projeto televisivo suíço, no qual ele improvisava performances ao vivo com sintetizadores e outros instrumentos eletrônicos. A ideia era criar uma "trilha sonora para o futuro", explorando sons que evocassem sentimentos de antecipação e inovação. Juntando as gravações daquele dia com o álbum Future Memories II, surgiu esse compilado. O trabalho foi gravado ao vivo em estúdio, sem edições pós-produção, o que evidencia a habilidade técnica do músico, que utilizou uma ampla gama de sintetizadores e outros equipamentos avançados para a época, com camadas sonoras bem definidas que criam paisagens auditivas ricas. O repertório é muito bom, e as canções são totalmente imersivas e técnicas. No final de tudo, esse trabalho é muito bom e mostrou o quão talentoso ele é. 

Melhores Faixas: Video Games (How Basic Can You Get), Heroic Fantasy, Pilot's Games 
Vale a Pena Ouvir: Flippers, Eastern Sundays, Search

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!        

Analisando Discografias - ††† (Croses)

                  EP † – ††† (Croses) NOTA: 7,5/10 Lá para 2011, foi lançado o 1º trabalho em formato EP do projeto Croses (ou, estilisticam...