terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Bill Withers: Parte 2

                 

Still Bill – Bill Withers





















NOTA: 10/10


Logo depois, ele lança, no ano seguinte, o Still Bill, que trazia uma grande evolução comparada à sua estreia. Após o Just As I Am, Bill Withers já havia ganhado reputação como um novo talento da Soul music. No entanto, ele ainda buscava estabelecer uma identidade musical mais sólida e coesa, fazendo com que esse trabalho representasse um amadurecimento artístico, marcado por uma maior autonomia criativa. A produção foi feita por ele mesmo, com a ajuda de sua banda de apoio, que contava com James Gadson e Melvin Dunlap. eles optaram por uma abordagem minimalista, priorizando arranjos despojados, porém ricos em groove e emoção, resultando em uma sonoridade quente e intimista, onde cada instrumento tem espaço para respirar, refletindo a filosofia do "menos é mais". O repertório, novamente, é espetacular, com canções bem detalhadas e belíssimas. No fim, esse disco é sensacional e se tornou mais um clássico da Soul music. 

Melhores Faixas: Who Is He (And What Is He To You)?, Lean On Me, Use Me 
Vale a Pena Ouvir: Take It All In And Check It All Out, Let Me In Your Life, Another Day To Run

+’ Justments – Bill Whiters





















NOTA: 9,4/10


Dois anos se passam, e Bill Withers retorna com seu terceiro álbum, o +’ Justments, que traz um pouco mais de profundidade. Após o Still Bill, o cantor enfrentou desafios pessoais e profissionais que influenciaram profundamente esse álbum. O título, aparentemente confuso, é um trocadilho com "adjustments" (ajustes) e reflete essa fase de transição e os desafios emocionais vividos por ele, incluindo o término de seu casamento com a atriz Denise Nicholas. A produção manteve a mesma abordagem minimalista, porém mais polida e sofisticada em comparação com seus trabalhos anteriores, apresentando uma fusão de Soul e Funk com toques de Jazz, destacando grooves suaves e arranjos mais complexos. O repertório é muito bom, com canções envolventes, também graças aos belíssimos arranjos feitos por John Myles. Enfim, apesar de não ter tido o mesmo sucesso comercial que os anteriores, não deixa de ser um ótimo disco. 

Melhores Faixas: You, Can We Pretend, The Same Love That Made Me Laugh 
Vale a Pena Ouvir: Make A Smile For Me, Green Gass, Liza

Making Music – Bill Whiters





















NOTA: 8,6/10


No ano seguinte, Bill Withers lança Making Music, um trabalho mais ambicioso que seus antecessores. Após o +’ Justments, Withers já era considerado um dos maiores vocalistas da Soul music, mas sua mudança para a Columbia Records marcou uma fase de incertezas. A Sussex Records havia falido, e o contrato com a Columbia trouxe desafios, já que a nova gravadora buscava um som mais comercial e radiofônico. A produção foi conduzida, mais uma vez, pelo próprio Bill Withers, refletindo seu desejo de manter o controle sobre sua obra, deixando tudo sofisticado e diversificado, com a incorporação de arranjos de cordas e teclados que ampliam o alcance sonoro de Withers sem comprometer sua assinatura vocal intimista. O repertório, novamente, é muito bom, com canções que se diferenciam entre envolventes e, em sua maioria, melancólicas. Em suma, esse trabalho é muito bom e consegue manter sua coesão. 

Melhores Faixas: She's Lonely, The Best You Can, Hello Like Before, Don't You Want To Stay? 
Piores Faixas: Paint Your Pretty Picture

Naked & Warm – Bill Whiters





















NOTA: 7,9/10


Outro ano se passa, e Bill Withers lança Naked & Warm, que não trouxe tantas mudanças importantes. Após o Making Music, Withers continuava em uma fase de tensões criativas com a Columbia Records, que o pressionava por um som mais comercial e radiofônico, diferente da abordagem minimalista e introspectiva que o cantor havia desenvolvido. O álbum foi produzido, novamente, pelo próprio Bill Withers, reafirmando seu desejo de controle sobre sua sonoridade. Desta vez, ele adota uma abordagem mais polida e expansiva do que em seus discos anteriores, incorporando seções de metais e backing vocals mais presentes, além de elementos marcantes do Funk e do R&B mais dançante da década de 70. O repertório até que é legalzinho, apesar de ter umas duas faixas bem chatinhas, mas o restante é muito bom, principalmente pelas melodias. No final de tudo, é um álbum bom, apesar de ter sido um fracasso comercial. 

Melhores Faixas: City Of The Angels, Where You Are, My Imagination 
Piores Faixas: Dreams, I'll Be With You

Menagerie – Bill Withers





















NOTA: 9,5/10


Em 1977, Bill Withers lança Menagerie, seu 6º álbum de estúdio, que traz um lado muito mais descontraído. Após o Naked & Warm, o cantor teve que enfrentar tensões com a Columbia Records, que o pressionava devido ao fracasso comercial de seu antecessor. Então, ele decidiu adotar uma mudança de perspectiva, com um som mais ensolarado e otimista. Esse álbum reflete uma fase em que Withers buscava explorar leveza e positividade, afastando-se de temas de desilusão amorosa e introspecção. A produção ficou mais polida e acessível, explorando uma sonoridade fortemente influenciada pelo R&B e pela Disco music da segunda metade dos anos 70, mas sem perder aquele groove característico, que ficou numa vibe mais dançante. O repertório é maravilhoso, trazendo canções descontraídas e baladas que se encaixam bem no conceito. Enfim, é um trabalho excelente e um dos mais leves de sua carreira. 

Melhores Faixas: Lovely Day, Lovely Night For Dancing, Let Me Be The One You Need 
Vale a Pena Ouvir: I Want To Spend The Night, She Wants To (Get On Down)

‘Bout Love – Bill Withers





















NOTA: 8/10


Mais um tempo se passa, e Bill Withers lança o ‘Bout Love, que seria seu penúltimo álbum de estúdio. Após o pequeno sucesso do Menagerie, impulsionado pelo hit Lovely Day, a Columbia Records continuava pressionando Withers por hits mais dançantes e comerciais, em sintonia com aquela era. No entanto, o cantor sempre prezou por composições introspectivas, simples e emocionalmente autênticas, distanciando-se do apelo superficial das tendências Pop. A produção, feita por Paul Smith, trouxe um som mais polido e acessível, com uma abordagem leve e sofisticada do R&B, mesclando elementos de Soul e Funk. Os arranjos de metais e cordas são mais proeminentes, refletindo o clima sofisticado que a gravadora buscava para Bill Withers. Com isso, o repertório até que é legal, apesar de contar com umas 2 baladinhas sem graça. No fim, é um trabalho bom, mas que novamente não trouxe sucesso comercial. 

Melhores Faixas: Memories Are That Way, Dedicated To You My Love, You Got The Stuff
Piores Faixas: Don't It Make It Better, Look To Each Other For Love

             Bom então é isso e flw!!!    

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