Vidas Pra Contar – Djavan
NOTA: 5/10
Então, em 2015, Djavan lançou o Vidas Pra Contar, que trazia uma pegada mais experimental. Após o Rua dos Amores, o cantor celebrava seus 40 anos de carreira, consolidando-se como um dos principais nomes da música popular brasileira, conhecido por sua habilidade em mesclar diversos gêneros musicais. A produção, novamente feita por ele, trouxe uma sonoridade sofisticada, mesclando elementos de Jazz com Soul music, mas desta vez buscando um equilíbrio com uma abordagem mais acústica, o que acabou deixando muitos arranjos sem expressão. O repertório é bem fraco, com uma divisão de canções pouco animadoras e baladas adocicadas, resultando em muitas faixas genéricas. No fim, é outro trabalho mediano e sem inovação.
Melhores Faixas: Se Não Vira Jazz, Não É Um Bolero, Encontrar-te
Piores Faixas: Aridez, Dona Do Horizonte, Primazia, Enguiçado
Vesúvio – Djavan
NOTA: 3,4/10
Passam-se dois anos, e Djavan lança Vesúvio, um trabalho sendo mais tematizado. Após o Vidas Pra Contar, o cantor buscou novas motivações e desafios, optando por um disco com uma sonoridade mais Pop, visando que sua mensagem musical chegasse com mais fluidez e clareza ao público, ou seja, foi feito na tentativa de emplacar algum sucesso. A produção seguiu o padrão de sempre, mas, dessa vez, o cantor decidiu resgatar elementos rudimentares da Soul music dos anos 70, tentando modernizá-los com o estilo da MPB, uma abordagem interessante, embora, mesmo com o refinamento, ainda houvesse melodias esquisitas. O repertório é muito fraco, com canções que, em sua maioria, são tediosas e poucas com um nível aceitável de coesão. Enfim, é mais um trabalho ruim, que evidencia um Djavan completamente cansado.
Melhores Faixas: Dores Gris, Solitude, Mãos Dadas
Piores Faixas: Orquídea, Entre Outras Mil, Vesúvio, Um Quase Amor
D – Djavan
NOTA: 5,9/10
Melhores Faixas: Cabeça Vazia, Num Mundo De Paz, Beleza Destruída (tem participação do Milton Nascimento), Iluminado
Piores Faixas: Nada Mais Sou, Primeira Estrada, Quase Fantasia, Fantasia
Origem – Djavan
NOTA: 8,7/10
E, no final do ano passado, Djavan lançou seu último álbum até o momento, o Origem, que também funciona como uma coletânea. Após o D, o cantor decidiu resgatar gravações muito antigas, desde a época anterior ao lançamento de seu 1º álbum, até quando fornecia músicas para trilhas sonoras de novelas, obviamente por estar vinculado, naquela época, à Som Livre. A produção reflete a diversidade de estilos explorados pelo artista, desde Sambas e marchas-rancho até baladas românticas, evidenciando a versatilidade que ele possuía naqueles tempos, qualidade que certamente foi crucial para a consolidação de sua carreira. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções belíssimas e um ótimo detalhamento. No final, é um trabalho muito bom e que vale a pena ser apreciado.
Melhores Faixas: É Hora, Fato Consumado, Presunçosa
Vale a Pena Ouvir: Rei do Mar, Samba Da Volta, Calmaria e Vendaval, Olá