segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Djavan: Parte 5

                 

Vidas Pra Contar – Djavan





















NOTA: 5/10


Então, em 2015, Djavan lançou o Vidas Pra Contar, que trazia uma pegada mais experimental. Após o Rua dos Amores, o cantor celebrava seus 40 anos de carreira, consolidando-se como um dos principais nomes da música popular brasileira, conhecido por sua habilidade em mesclar diversos gêneros musicais. A produção, novamente feita por ele, trouxe uma sonoridade sofisticada, mesclando elementos de Jazz com Soul music, mas desta vez buscando um equilíbrio com uma abordagem mais acústica, o que acabou deixando muitos arranjos sem expressão. O repertório é bem fraco, com uma divisão de canções pouco animadoras e baladas adocicadas, resultando em muitas faixas genéricas. No fim, é outro trabalho mediano e sem inovação. 

Melhores Faixas: Se Não Vira Jazz, Não É Um Bolero, Encontrar-te 
Piores Faixas: Aridez, Dona Do Horizonte, Primazia, Enguiçado

Vesúvio – Djavan





















NOTA: 3,4/10


Passam-se dois anos, e Djavan lança Vesúvio, um trabalho sendo mais tematizado. Após o Vidas Pra Contar, o cantor buscou novas motivações e desafios, optando por um disco com uma sonoridade mais Pop, visando que sua mensagem musical chegasse com mais fluidez e clareza ao público, ou seja, foi feito na tentativa de emplacar algum sucesso. A produção seguiu o padrão de sempre, mas, dessa vez, o cantor decidiu resgatar elementos rudimentares da Soul music dos anos 70, tentando modernizá-los com o estilo da MPB, uma abordagem interessante, embora, mesmo com o refinamento, ainda houvesse melodias esquisitas. O repertório é muito fraco, com canções que, em sua maioria, são tediosas e poucas com um nível aceitável de coesão. Enfim, é mais um trabalho ruim, que evidencia um Djavan completamente cansado. 

Melhores Faixas: Dores Gris, Solitude, Mãos Dadas 
Piores Faixas: Orquídea, Entre Outras Mil, Vesúvio, Um Quase Amor

D – Djavan





















NOTA: 5,9/10


Chegando em 2022, o cantor lança mais um álbum, intitulado D (simplesmente isso), que não traz muitas mudanças. Após o Vesúvio, Djavan dedicou-se à criação desse trabalho durante a pandemia, buscando oferecer uma perspectiva otimista em meio às adversidades, como se fosse uma espécie de resposta ao período de obscurantismo que a sociedade vive hoje. A produção seguiu o padrão de sempre, mas trouxe uma combinação de elementos de Jazz, Funk, Blues e Pop, mantendo a sofisticação harmônica, ou seja, repetindo uma fórmula presente em seus últimos lançamentos, com os mesmos erros voltando a aparecer. O repertório, mais uma vez, é mediano, mas pelo menos apresenta algumas canções com temas bem desenvolvidos, enquanto outras soam vazias. Em suma, esse trabalho acaba sendo irregular, embora tenha um conceito interessante. 

Melhores Faixas: Cabeça Vazia, Num Mundo De Paz, Beleza Destruída (tem participação do Milton Nascimento), Iluminado 
Piores Faixas: Nada Mais Sou, Primeira Estrada, Quase Fantasia, Fantasia

Origem – Djavan





















NOTA: 8,7/10


E, no final do ano passado, Djavan lançou seu último álbum até o momento, o Origem, que também funciona como uma coletânea. Após o D, o cantor decidiu resgatar gravações muito antigas, desde a época anterior ao lançamento de seu 1º álbum, até quando fornecia músicas para trilhas sonoras de novelas, obviamente por estar vinculado, naquela época, à Som Livre. A produção reflete a diversidade de estilos explorados pelo artista, desde Sambas e marchas-rancho até baladas românticas, evidenciando a versatilidade que ele possuía naqueles tempos, qualidade que certamente foi crucial para a consolidação de sua carreira. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções belíssimas e um ótimo detalhamento. No final, é um trabalho muito bom e que vale a pena ser apreciado. 

Melhores Faixas: É Hora, Fato Consumado, Presunçosa 
Vale a Pena Ouvir: Rei do Mar, Samba Da Volta, Calmaria e Vendaval, Olá

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