segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Djavan: Parte 4

                 

Milagreiro – Djavan





















NOTA: 3,4/10


Em 2001, Djavan lançou o Milagreiro, um disco que buscava revitalizar sua carreira artística. Após o Bicho Solto: O XIII, ele celebrou seus 25 anos de carreira com um álbum ao vivo gravado em 1999 e, em seguida, procurou uma reconexão mais profunda com suas origens alagoanas e nordestinas. Essa busca por autenticidade e introspecção influenciou diretamente a concepção do novo álbum. A produção, feita pelo próprio cantor, foi a primeira a ser realizada no estúdio profissional montado em sua residência, proporcionando um ambiente mais íntimo e familiar. No entanto, a sonoridade manteve o foco habitual em Jazz e Soul, embora de forma arrastada. O repertório foi fraco, com canções pouco inspiradas e poucas faixas interessantes. No fim, o trabalho não apresentou relevância artística significativa. 

Melhores Faixas: Milagreiro, Meu 
Piores Faixas: Lugar Comum, Sílaba, Ladeirinha, Om

Vaidade – Djavan





















NOTA: 4,4/10


Três anos se passaram e Djavan retornou com mais um álbum, o Vaidade, que trouxe algumas mudanças. Após o Milagreiro, o cantor decidiu assumir total controle sobre sua produção musical. Essa decisão culminou na criação de sua própria gravadora, a Luanda Records, permitindo-lhe liberdade total na criação e distribuição de sua música. A produção foi a de sempre. Gravado em seu estúdio caseiro, o álbum trouxe uma sonoridade que ainda incorporava influências do jazz, mas com um destaque maior ao samba e à MPB tradicional. No entanto, o resultado permaneceu repetitivo. O repertório, novamente, é fraquíssimo, com canções que soam como uma imitação de Chico Buarque e Luiz Gonzaga Jr. No fim, é mais um trabalho tedioso, representando uma queda na qualidade de sua obra. 

Melhores Faixas: Dia Azul, Bailarina, Amor Algum 
Piores Faixas: Dorme Sofia, Mundo Vasto, Sentimento Verdadeiro, Estátua De Sal

Matizes – Djavan





















NOTA: 1/10


Com o passar do tempo, Djavan lançou Matizes, e aqui as coisas pioraram consideravelmente. Após o Vaidade, o cantor focou-se em seus shows até decidir fazer um trabalho que refletisse autonomia, permitindo-lhe experimentar e expressar sua criatividade de maneira plena, buscando um som totalmente moderno. A produção foi a de sempre, feita de forma caseira, e o som foi muito além da MPB, tentando incorporar elementos de Blues e Jazz Fusion. No entanto, tudo ficou tão sem sentido que resultou em uma sonoridade excessivamente arrastada. O repertório é pavoroso, com canções tediosas e desprovidas de qualquer reflexão. Em suma, um trabalho horroroso que comprometeu ainda mais sua relevância artística. 

Melhores Faixas: (...) 
Piores Faixas: Azedo E Amargo, Matrizes, Pedra, Fera

Ária – Djavan





















NOTA: 8/10


Em 2010, Djavan lançou outro disco, o Ária, diferente de seus antecessores, trazendo uma proposta nova. Após o horroroso Matizes, o cantor, já em baixa, decidiu explorar sua faceta de intérprete, homenageando canções que o influenciaram ao longo dos anos, de alguns amigos e de seus ídolos. A produção apresenta uma formação instrumental enxuta e sofisticada, composta pelo próprio Djavan no violão, Torcuato Mariano na guitarra, André Vasconcellos no baixo acústico e Marcos Suzano na percussão, resultando em uma sonoridade intimista e jazzística que permite à voz de Djavan brilhar em arranjos minimalistas e elegantes. O repertório, repleto de covers, é muito bom. Todas as canções foram muito bem interpretadas. No final, é um trabalho bem elaborado, que contribuiu para o resgate das raízes do cantor. 

Melhores Faixas: Nada A Nos Separar, Valsa Brasileira, Oração Ao Tempo 
Vale a Pena Ouvir: Apoteose Ao Samba, Disfarça E Chora, Luz e Mistério, Palco

Rua Dos Amores – Djavan





















NOTA: 5/10


Dois anos se passaram e Djavan lançou o Rua dos Amores, seu 21º álbum de estúdio. Após o Ária, o cantor sentiu a necessidade de revisitar sua veia composicional, algo já refletido no título, que celebra as diversas facetas do amor, tema recorrente em suas composições, sejam elas boas ou ruins. Produzido pelo próprio Djavan, este foi um dos últimos trabalhos gravados em formato caseiro, destacando-se pela sofisticação dos arranjos e pela qualidade sonora. A sonoridade, embora focada principalmente na MPB, incorporou elementos de Jazz e Soul music de forma modernizada. No entanto, o repertório é bem irregular, com algumas canções interessantes e outras que parecem ter sido recicladas, resultando em um trabalho genérico. Em suma, é um álbum mediano que encerrou um ciclo em sua carreira. 

Melhores Faixas: Triste e o Cara, Ares Sutis, Vive 
Piores Faixas: Reverberou, Rua dos Amores, Quinze Anos

           Bom então é isso e flw!!!    

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