segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Exodus: Parte 1

                 

Bonded By Blood – Exodus





















NOTA: 9,7/10


Em 1985, o Exodus lançava seu álbum de estreia, o clássico e maravilhoso Bonded by Blood. Formado em 1979, o Exodus foi uma das bandas pioneiras da Bay Area Thrash Metal, que contou, em seu início, com Kirk Hammett, mas que saiu para entrar no Metallica. A formação ficou com Paul Baloff nos vocais, Gary Holt e Rick Hunolt nas guitarras, Rob McKillop no baixo e Tom Hunting na bateria. Embora a banda já fosse uma força influente no circuito underground, o álbum sofreu atrasos e foi gravado somente em 1984, sendo lançado no ano seguinte. Produzido por Mark Whitaker, o álbum apresenta uma produção crua e agressiva. Os riffs de guitarra de Gary Holt e Rick Hunolt são cortantes, com solos frenéticos, enquanto a bateria de Tom Hunting é seca e rápida, com ênfase nos pedais duplos e ataques de caixa. O repertório é sensacional, e as canções são completamente agressivas e cheias de explosão. No fim, é um baita disco e uma obra-prima do Thrash. 

Melhores Faixas: A Lesson In Violence, Bonded By Blood, Deliver Us To Evil, Metal Command 
Vale a Pena Ouvir: Piranha, No Love

Pleasures Of The Flesh – Exodus 





















NOTA: 8,9/10


Dois anos se passam, e o Exodus lança seu 2º álbum, o Pleasures of the Flesh, que trouxe algumas mudanças. Após o clássico Bonded by Blood, a banda enfrentou um período turbulento com a saída do icônico vocalista Paul Baloff. Seu substituto foi Steve 'Zetro' Souza, que veio do Legacy (posteriormente renomeado Testament). A mudança trouxe uma dinâmica diferente para a banda, já que Zetro possuía um estilo vocal mais polido e melódico em comparação ao timbre agressivo e caótico de Baloff. Produzido por Marc Senesac e pela própria banda, o disco apresenta uma produção mais robusta e limpa do que seu predecessor. O som das guitarras de Gary Holt e Rick Hunolt está mais encorpado, a bateria de Tom Hunting mantém sua assinatura agressiva, e o baixo de Rob McKillop tem grande presença. O repertório, novamente, é muito bom, com canções ainda mais técnicas. No final, é um ótimo disco, mesmo que não tenha tido uma grande evolução. 

Melhores Faixas: Brain Dead, 'Till Death Do Us Part, Seeds Of Hate 
Vale a Pena Ouvir: Pleasures Of The Flesh, Parasite, Choose Your Weapon

Fabulous Disaster – Exodus





















NOTA: 9,4/10


Então se passaram mais dois anos, e a banda retorna com mais um disco, o Fabulous Disaster. Após o Pleasures of the Flesh, o Exodus buscava reafirmar sua posição na cena Thrash Metal, que já estava consolidada pelas bandas do Big Four. Esse álbum viu a banda amadurecendo musicalmente e ganhando maior visibilidade comercial, resultando no primeiro contrato com a major Capitol Records após o lançamento pela Combat. Produzido por Marc Senesac junto com a banda, a sonoridade apresenta uma melhoria significativa em relação aos álbuns anteriores, sendo mais limpa e balanceada, permitindo que cada instrumento se destaque. As guitarras de Gary Holt e Rick Hunolt estão mais afiadas, com riffs cortantes e solos bem definidos. O baixo de Rob McKillop, embora não tão proeminente, ainda mantém um peso essencial. O repertório ficou muito bom, e as canções são todas bem encadeadas e muito pesadas. No fim, é um baita disco e um dos melhores da banda. 

Melhores Faixas: The Toxic Waltz, Fabulous Disaster, Cajun Hell, Open Season 
Vale a Pena Ouvir: Like Father, Like Son, Corruption, Low Rider (cover do War)

Impact Is Imminent – Exodus





















NOTA: 8,7/10


Entrando na década de 90, logo no ano seguinte, o Exodus lança o controverso Impact Is Imminent. Após o Fabulous Disaster, que trouxe à banda maior reconhecimento comercial e visibilidade, eles, agora em uma nova gravadora, decidiram ampliar sua sonoridade Thrash com uma abordagem ainda mais técnica e agressiva. No entanto, a cena já começava a se fragmentar, com o surgimento do Groove Metal e o mainstream voltando sua atenção para o grunge. Produzido pela própria dupla de guitarristas, o álbum apresenta uma abordagem mais polida, porém mantendo a crueza agressiva característica. Gary Holt e Rick Hunolt entregam riffs rápidos e solos complexos, enquanto o novo baterista John Tempesta trouxe muita técnica e velocidade. O repertório é muito bom, e as canções são mais agressivas, mas ainda bastante cadenciadas, o que não foi um erro. Enfim, é um trabalho muito legal, porém injustamente subestimado pelos fãs. 

Melhores Faixas: Impact Is Imminent, Only Death Decides, Thrash Under Pressure 
Vale a Pena Ouvir: A.W.O.L., The Lunatic Parade
  

                                             Então é isso, um abraço e flw!!!         

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