terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Exodus: Parte 2

                 

Force Of Habit – Exodus





















NOTA: 2,7/10


Chega ao ano de 1992, o Exodus lança o chatíssimo Force of Habit, seu 5º álbum de estúdio, e com várias mudanças. Após o Impact Is Imminent, o Thrash Metal enfrentava uma queda de popularidade com a ascensão do Grunge e do Groove Metal. Então, a banda optou por um som mais acessível e groovado, abandonando em parte o Thrash rápido e agressivo que definia seus primeiros discos. Além disso, o baixista Rob McKillop decidiu sair da banda, sendo substituído por Michael Butler. Produzido por Chris Tsangarides, conhecido por trabalhos com bandas mais tradicionais como Judas Priest e Thin Lizzy, o álbum apresenta uma sonoridade mais limpa e controlada, sacrificando parte da crueza e da ferocidade, o que deixou a banda sem identidade, com riffs totalmente sem emoção. O repertório é bem ruim, pois as canções são muito sem alma, poucas ficaram boas. No fim, é um trabalho fraquíssimo, que acabou levando a banda a entrar em hiato. 

Melhores Faixas: Count Your Blessings, Pump It Up 
Piores Faixas: Bitch, Architect Of Pain, One Foot In The Grave, Climb Before The Fall

Tempo Of The Damned – Exodus





















NOTA: 9,2/10


Apenas em 2004, o Exodus retorna lançando Tempo of the Damned, e eles voltaram com tudo. Após o Force of Habit, depois de se reunirem pela primeira vez para gravar um álbum ao vivo, na segunda, eles retornaram de vez. Porém, ocorreu a morte do ex-vocalista Paul Baloff em 2002, vítima de um derrame. Então, trouxeram de volta Steve "Zetro" Souza para ser vocalista, enquanto os guitarristas Gary Holt e Rick Hunolt, o baterista Tom Hunting e o novo baixista Jack Gibson compunham a formação quase clássica. Produzido por Andy Sneap, o álbum equilibrou clareza e agressividade, mantendo a brutalidade clássica do Thrash, mas com uma modernidade que o fez soar atual e impactante. A ênfase no ataque rítmico e na precisão foi um acerto de Sneap, trazendo a banda de volta às raízes com um toque contemporâneo. O repertório é sensacional, e as canções são uma tijolada atrás da outra, todas muito boas. Enfim, é um trabalho maravilhoso, sendo um retorno triunfal. 

Melhores Faixas: Blacklist, War Is My Shepherd, Shroud Of Urine 
Vale a Pena Ouvir: Impaler, Forward March, Culling The Herd

Shovel Headed Kill Machine – Exodus 





















NOTA: 9/10


No ano seguinte, não contentes em lançar um disco maravilhoso, eles lançam outro: Shovel Headed Kill Machine. Após o sensacional Tempo of the Damned, a banda enfrentou turbulências internas, resultando na saída do vocalista Steve "Zetro" Souza, do guitarrista Rick Hunolt e do baterista original Tom Hunting. Restou apenas Gary Holt, que decidiu reconstruir o Exodus. Para os vocais, ele recrutou Rob Dukes, conhecido por seu estilo mais áspero e agressivo. Lee Altus, da banda Heathen, assumiu a segunda guitarra, e o ex-Slayer Paul Bostaph entrou na bateria, trazendo uma abordagem técnica e brutal. Produzido pelo próprio Gary Holt, o álbum apresenta uma produção extremamente polida e moderna, com ênfase em guitarras ultracomprimidas e uma bateria devastadora. O repertório é novamente incrível, e as canções ficaram mais encadeadas e agressivas. No fim, é outro álbum maravilhoso, mesmo com todas as mudanças. 

Melhores Faixas: Deathamphetamine, Raze, Going Going Gone, Altered Boy 
Vale a Pena Ouvir: I Am Abomination, Shovel Headed Kill Machine, .44 Magnum Opus

The Atrocity Exhibition – Exhibit A – Exodus





















NOTA: 5/10


Dois anos se passam, e a banda lança seu 8º álbum de estúdio, o The Atrocity Exhibition – Exhibit A. Após o Shovel Headed Kill Machine, a banda adotou uma abordagem mais técnica e moderna, com Rob Dukes nos vocais e Gary Holt liderando a composição de maneira centralizada. Além disso, Tom Hunting retornou à banda após cuidar de seus problemas nervosos. O título do álbum faz referência ao romance The Atrocity Exhibition (1970), de J.G. Ballard, conhecido por suas narrativas perturbadoras e críticas à violência e à alienação social. Produzido por Andy Sneap, o álbum mantém a qualidade sonora cristalina e brutal de seu antecessor. As guitarras são massivas, com afinação mais baixa e camadas densas de distorção, enquanto a bateria de Hunting soa avassaladora, com ênfase no pedal duplo e viradas rápidas. O repertório começa bem, mas depois traz canções muito fraquinhas. Enfim, apesar de ter um bom conceito, é um disco mediano. 

Melhores Faixas: Funeral Hymn, Riot Act, The Atrocity Exhibition, Call To Arms 
Piores Faixas: Children Of A Worthless God, As It Was, As It Soon Shall Be, Iconoclasm

Let There Be Blood – Exodus





















NOTA: 8,3/10


Então se passa um ano, e a banda lança mais um disco, o Let There Be Blood (tem cara de algo visto antes, então deixa eu explicar). Após o The Atrocity Exhibition – Exhibit A, o Exodus decidiu regravar seu álbum de estreia, o clássico Bonded by Blood, como uma forma de prestar homenagem ao falecido vocalista Paul Baloff, que morreu em 2002. Embora o álbum original seja considerado uma pedra fundamental do Thrash Metal, a produção crua da época e as limitações técnicas motivaram Gary Holt a reimaginá-lo com a formação moderna da banda e uma sonoridade mais poderosa e atualizada. A produção foi aquela de sempre, extremamente polida, com guitarras massivas, bateria nítida e vocais agressivos, muito em linha com os dois últimos álbuns. Isso foi uma das principais reclamações dos fãs. O repertório ficou muito bom, todas as canções bem executadas, incluindo a inédita. Enfim, ficou uma ótima regravação, fiel ao original. 

Melhores Faixas: A Lesson In Violence, No Love, Strike Of The Beast 
Vale a Pena Ouvir: Bonded By Blood, Metal Command, Hell's Breath (faixa inédita)

           Bom então é isso e flw!!!  

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