quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Yes: Parte 1

                 

Yes – Yes





















NOTA: 9/10


Em 1969, a banda londrina Sim... tá bom, parei! O Yes lançava seu álbum de estreia, autointitulado. Formado em 1968, o grupo, composto por Jon Anderson, Chris Squire, Peter Banks, Tony Kaye e Bill Bruford, rapidamente se destacou pela combinação de rock com elementos clássicos e jazzísticos. Após intensas apresentações ao vivo e um repertório que mesclava composições próprias e versões inovadoras de clássicos, a banda assinou contrato com a Atlantic Records em março de 1969. A produção, feita pela banda junto com Paul Clay, apresenta um som distinto, caracterizado por arranjos complexos e harmonias vocais elaboradas. Apesar das limitações tecnológicas da época, o álbum conseguiu capturar a energia e a criatividade da banda, que, naquela fase, estava mais voltada para um rock psicodélico. O repertório é bem interessante, trazendo ótimas canções originais e alguns covers bem legais. Sendo assim, um bom disco de estreia da banda londrina. 

Melhores Faixas: Beyond And Before, Sweetness, Every Little Thing (cover dos Beatles) 
Vale a Pena Ouvir: Looking Around, I See You (cover do The Byrds)

Time And a World – Yes




















NOTA: 9/10


Passa-se um ano, e o Yes lança o Time and a Word, seu segundo álbum de estúdio, com essa capa esquisita e de duplo sentido. Após o lançamento de seu álbum de estreia em 1969, Jon Anderson desejava incorporar arranjos orquestrais para enriquecer a profundidade e a complexidade das composições. Essa decisão não agradou a Peter Banks, que se opunha à inclusão de uma orquestra, preferindo manter a ênfase nos instrumentos da banda, o que acabou resultando em sua saída logo depois. A produção, feita por Tony Colton, trouxe a banda colaborando com o orquestrador Tony Cox, que conduziu músicos da Royal College of Music para adicionar camadas de cordas e metais às faixas. O repertório é muito bom, agora trazendo canções mais dinâmicas e detalhadas, equilibrando o progressivo e o psicodélico. No fim, é um trabalho bem legal e essencial para a banda. 

Melhores Faixas: Sweet Dreams, Then, The Prophet 
Vale a Pena Ouvir: Time And A Word, Everydays

The Yes Album – Yes 





















NOTA: 10/10


E aí chegamos em 1971, quando o Yes lança o excepcional 3º álbum deles, o The Yes Album. Após o Time and a Word, a banda enfrentou mudanças significativas. A substituição do guitarrista Peter Banks por Steve Howe trouxe uma nova dinâmica e ampliou as possibilidades musicais deles. Além disso, o tecladista Tony Kaye ainda fazia parte da formação, contribuindo com sua abordagem mais voltada ao órgão Hammond. A produção do Eddy Offord, em parceria com a própria banda, teve sessões de gravação intensas, com duração de até 12 horas, e cada faixa foi montada a partir de pequenas seções simultâneas, posteriormente reunidas para formar as canções completas. Essa abordagem permitiu explorar arranjos mais complexos e detalhados, refletindo a ambição do grupo de expandir os limites do rock progressivo. O repertório é simplesmente sensacional, parecendo uma coletânea. No final, é um disco maravilhoso, uma verdadeira obra-prima, e olha que ainda tinha mais por vir. 

Melhores Faixas: Starship Trooper, I've Seen All Good People, Yours Is No Disgrace 
Vale a Pena Ouvir: The Clap (única faixa gravada ao vivo)

Fragile – Yes





















NOTA: 10/10


Logo perto do final daquele ano, o Yes lança outra obra-prima, o excepcional Fragile. Até a capa é incrível. Após o bem-sucedido The Yes Album, o tecladista Tony Kaye foi substituído por Rick Wakeman, cujas habilidades em sintetizadores e teclados clássicos redefiniram a sonoridade da banda. Essa mudança foi impulsionada pelo desejo de expandir a complexidade dos arranjos, pois Kaye preferia manter o foco mais limitado no órgão Hammond, enquanto Wakeman trouxe o Mellotron, o Minimoog e o cravo. Produzido novamente por Eddy Offord e gravado em sessões limitadíssimas, o álbum acabou incluindo faixas individuais para reduzir o material de composição coletiva. A produção destacou a clareza instrumental, permitindo que cada instrumento brilhasse de forma distinta. O repertório ficou, mais uma vez, perfeito, parecendo uma coletânea, com canções tecnicamente brilhantes. Em suma, é um clássico absoluto e um dos melhores álbuns de todos os tempos. 

Melhores Faixas: Roundabout (que se tornou o 1º grande hit deles), Long Distance Runaround, South Side Of The Sky, Mood For A Day 
Vale a Pena Ouvir: The Fish (Schindleria Praematurus), We Have Heaven

Close To The Edge – Yes





















NOTA: 10/10


Mais um ano se passa, e essa ‘‘trilogia’’ se encerra com outro álbum perfeito, o Close to the Edge. Após o Fragile, o Yes estava em ascensão no cenário do Rock progressivo, tanto em termos comerciais quanto artísticos. Com isso, decidiram criar uma obra ainda mais ambiciosa. Inspirado por conceitos espirituais, filosofia e literatura (particularmente o livro Siddhartha, de Hermann Hesse), Jon Anderson concebeu a ideia de uma peça extensa e multifacetada. Eddie Offord, junto com a banda, realizou uma produção detalhista e meticulosa, refletindo a complexidade das composições. Cada instrumento foi tratado com clareza cristalina, permitindo que as camadas intricadas se destacassem. Rick Wakeman trouxe uma ampla gama de teclados, expandindo ainda mais a paleta sonora. O repertório é simplesmente fantástico, composto por três faixas: duas suítes e uma canção padrão, todas bem elaboradas. No fim, é um trabalho sensacional e outra obra-prima indiscutível. 

Melhores Faixas: And You And I (principalmente na 3ª parte: The Preacher, the Teacher), Close To The Edge (principalmente na 1ª parte: The Solid Time of Change) 
Vale a Pena Ouvir: Siberian Khatru
  

      Então é isso, um abraço e flw!!!        

Analisando Discografias - Belladonna

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