Tales From Topographic Oceans – Yes
NOTA: 9,2/10
No final do ano de 1973, o Yes lança, de forma inesperada, seu 6º álbum de estúdio, o Tales From Topographic Oceans. Após o Close to the Edge, o Yes estava em uma fase de intensa experimentação, que fez Bill Bruford sair e entrar Alan White. A ideia desse trabalho surgiu de uma conversa entre Anderson e Howe sobre o livro Autobiografia de um Iogue, de Paramahansa Yogananda. O conceito foi inspirado em passagens que mencionavam quatro escrituras do hinduísmo (os shastras), representando quatro aspectos do conhecimento e da consciência espiritual, uma abordagem mística e filosófica. A produção manteve o padrão característico da banda, marcada por camadas densas de teclados, harmonias vocais etéreas e passagens instrumentais intricadas, com uma abordagem sinfônica e experimental. O repertório é muito bom, composto por quatro faixas conceituais que ultrapassam os 10 minutos. Enfim, é um ótimo disco, extremamente experimental.
Melhores Faixas: The Revealing Science Of God - Dance Of The Dawn, Ritual - Nous Sommes Du Soleil
Vale a Pena Ouvir: The Remembering - High The Memory, The Ancient - Giants Under The Sun
Relayer – Yes
NOTA: 9/10
Outro ano se passa, e chega o Relayer, mais um álbum do Yes, mergulhando em outras influências. Após o Tales from Topographic Oceans, a banda passou por mudanças. Rick Wakeman deixou a banda, frustrado com a direção conceitual excessivamente complexa do álbum anterior. Em busca de um novo tecladista, a banda recrutou Patrick Moraz, um músico suíço que havia se destacado com o Refugee, trazendo uma abordagem mais experimental e influências de Jazz fusion. Gravado no outono de 1974, na casa de Jon Anderson, conhecida como Bryn Brith, o álbum foi produzido pela banda junto com Eddie Offord, seu colaborador habitual. A escolha de gravar em uma residência foi para criar um ambiente mais imersivo e experimental, o que possibilitou longas sessões de improvisação e exploração sonora. O repertório contém três faixas: uma suíte e duas canções padrão, todas muito boas. Em suma, é um trabalho bem interessante e que chega a ser até envolvente.
Melhores Faixas: The Gates Of Delirium (principalmente na parte da Soon)
Vale a Pena Ouvir: To Be Over, Sound Chaser
Going For The One – Yes
NOTA: 9,2/10
Melhores Faixas: Turn Of The Century, Wonderous Stories
Vale a Pena Ouvir: Parallels, Going For The One, Awaken
Tormato – Yes
NOTA: 7/10
No ano seguinte, o Yes lança o controverso Tormato, que trazia a banda em uma pegada mais comercial. Após o Going for the One, o clima interno estava longe de ser harmonioso. O desgaste nas relações criativas entre os membros era evidente, especialmente entre Anderson e Wakeman, que divergiam sobre a direção musical. O título do álbum veio de um incidente curioso: a arte de capa, criada por Hipgnosis, era originalmente uma fotografia abstrata de um busto, mas não agradou à banda, levando Rick Wakeman a arremessar um tomate na imagem. A produção, conduzida pelo próprio Yes, sofreu com problemas técnicos e indecisões. Além de seguir uma sonoridade mais radiofônica e que fugia daquele experimentalismo, o novo pedal Mu-Tron usado por Chris Squire resultou em um timbre mais distorcido e metálico, só que abafou a mixagem. O repertório até que é interessante, apesar de ter algumas canções bem sem graça. No fim, é um disco bom, só que bastante confuso.
Melhores Faixas: Release, Release, On The Silent Wings Of Freedom, Onward
Vale a Pena Ouvir: Circus Of Heaven, Don't Kill The Whale
Drama – Yes
NOTA: 9,1/10
Então chegam os anos 80, e o Yes lança Drama, seu 10º álbum de estúdio, que trouxe mudanças cruciais para a banda. Após o confuso Tormato, o clima interno da banda deteriorou-se significativamente. Jon Anderson e Rick Wakeman, descontentes com a direção musical e as tensões criativas, deixaram o grupo. Quando o restante dos integrantes se encontrou com Trevor Horn e Geoff Downes, do duo The Buggles (famosos pelo hit Video Killed the Radio Star), um novo fôlego surgiu. Horn assumiu os vocais e Downes os teclados, trazendo influências de New Wave e Synth-pop. Produzido pela banda com a ajuda de Hugh Padgham, o álbum apresentou um som mais moderno e limpo em comparação a Tormato, com uma abordagem mais direta, focando em uma sonoridade poderosa e acessível. O repertório é muito bom, com canções mais dinâmicas e um ótimo detalhamento. Enfim, esse disco é excelente e envelheceu bem com o passar dos anos.
Melhores Faixas: Into The Lens, Does It Really Happen?
Vale a Pena Ouvir: Machine Messiah
90125 – Yes
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: Owner Of A Lonely Heart, Changes, Leave It, It Can Happen
Vale a Pena Ouvir: City Of Love, Hearts
Big Generator – Yes
NOTA: 8,6/10
Melhores Faixas: Love Will Find A Way, Shoot High Aim Low
Vale a Pena Ouvir: I'm Running, Big Generator