sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Yes: Parte 3

                 

Union – Yes





















NOTA: 2/10


Ao entrar em 1991, o Yes lançou Union, que veio com a premissa de tentar resgatar suas raízes. Após o Big Generator, a formação conhecida como Yes West, liderada por Trevor Rabin e Jon Anderson, estava em um hiato criativo e de coesão. Paralelamente, membros clássicos como Steve Howe, Rick Wakeman, Bill Bruford e Tony Levin formaram o projeto Anderson Bruford Wakeman Howe em 1989, buscando resgatar a sonoridade progressiva original (depois eu falo disso). Então, o que aconteceu foi que a Arista Records fundiu os dois projetos, só que deu muita treta nessa história toda. Produzido por Jonathan Elias, Trevor Rabin, Eddy Offord e Mark Mancina, tudo de forma fragmentada, com cada um gravando em sua bolha, resultando em uma sonoridade polida, mas muitas vezes carente da espontaneidade que marcou os trabalhos clássicos da banda. O repertório é completamente horroroso, com canções ridículas. Enfim, esse trabalho é péssimo e fez a banda tropeçar. 

Melhores Faixas: Dangerous (Look In The Light Of What You're Searching For), Silent Talking
Piores Faixas: Take The Water To The Mountain, Miracle Of Life, Saving My Heart, Lift Me Up

Talk – Yes




















NOTA: 1/10


Um tempo depois, o Yes lança outra abominação em formato de álbum de estúdio, o Talk. Após o bagunçado Union, que uniu as duas facções do Yes de forma forçada, a banda retornou à configuração do 90125, com Trevor Rabin, Jon Anderson, Chris Squire, Alan White e Tony Kaye. No entanto, com o advento do Grunge e do Rock alternativo, o Yes tentava se manter relevante enquanto preservava sua identidade. Produzido pelo próprio Trevor Rabin e gravado quase inteiramente em ambiente digital, utilizando a então inovadora estação de trabalho Digital Performer, Rabin gravou praticamente de forma solo, com contribuições adicionais dos membros da banda sendo integradas posteriormente. Só que, assim, tudo ficou tão plastificado que a sonoridade ficou confusa, pois não dá para saber se é AOR, Rock progressivo ou Pop Rock, resultando em um repertório horroroso, com canções completamente sem alma. Enfim, é outro trabalho pavoroso e bastante esquecível. 

Melhores Faixas: (.....) 
Piores Faixas: Walls, Real Love, Endless Dream

Keys To Ascension – Yes





















NOTA: 7,7/10


Então se passam dois anos, e o Yes lança um álbum ao vivo, mas ao mesmo tempo de estúdio, o Keys to Ascension. Tá, eu explico. Após a porcaria do Talk, a banda já não contava mais com Trevor Rabin. A formação clássica decidiu reconectar o grupo com suas raízes progressivas, em uma abordagem mais orgânica e complexa. Essa formação histórica despertou grande expectativa entre os fãs, pois reunia os principais arquitetos sonoros do auge criativo do grupo nos anos 70. Produzido por Tom Fletcher e pela própria banda, o álbum é totalmente híbrido, misturando faixas gravadas ao vivo com novas composições de estúdio. As gravações ao vivo são excepcionalmente bem capturadas, com uma clareza que preserva a profundidade, enquanto as faixas de estúdio são densas e intrincadamente trabalhadas, mas, apesar de exceder alguns ritmos, tudo se encaixa. No geral, o repertório é muito bom, apenas uma faixa é mediana. No fim, é um álbum legal e vinha mais. 

Melhores Faixas: That, That Is, America, Roundabout 
Piores Faixas: Be The One

Keys To Ascension 2 – Yes





















NOTA: 8/10


Passa-se um ano, e é lançada uma continuação, o Keys to Ascension 2, que trouxe material inédito. Depois de lançar Keys to Ascension 1, o clima nos bastidores era tenso, especialmente entre Wakeman e o restante da banda, devido a frustrações com decisões gerenciais e a estratégia de lançamento do álbum. Musicalmente, o Yes queria reafirmar seu legado progressivo, distanciando-se das influências comerciais e voltando à complexidade e grandiosidade de sua fase setentista. Produzido por Billy Sherwood e pela própria banda, mantiveram a abordagem híbrida de performances ao vivo e gravações de estúdio. A qualidade de som é notável, especialmente nas faixas ao vivo, que capturam com fidelidade a química da formação clássica. As faixas de estúdio ficaram bem mixadas e ricas em detalhes. O repertório ficou muito bom, com canções inéditas muito interessantes. Enfim, esses dois trabalhos são muito bons e merecem ser apreciados. 

Melhores Faixas: Children Of The Light, Close To The Edge 
Vale a Pena Ouvir: Time And A Word, Foot Prints, Bring Me To The Power

Open Your Eyes – Yes





















NOTA: 1/10


O tempo passa, e é lançado Open Your Eyes, o 17º álbum do Yes, que tentou inovar alguma coisa. Após a conclusão do ambicioso projeto Keys to Ascension e a saída de Rick Wakeman, esse novo trabalho surgiu de sessões inicialmente concebidas como um projeto paralelo de Chris Squire e Billy Sherwood, mas foi transformado em um álbum oficial do Yes, com Jon Anderson e Steve Howe se juntando posteriormente. Além da entrada definitiva de Sherwood como membro oficial, ajudando muito na composição. Produzido pela própria banda, eles adotaram uma abordagem contemporânea, focada em camadas densas de vocais e uma instrumentação mais direta e menos experimental, só que deixando tudo tão plastificado, que, em determinados momentos, chega a ser artificial. O repertório novamente é horroroso, cheio de canções sem alma e tediosas. No fim, é outro trabalho péssimo e sem qualquer tipo de melhora. 

Melhores Faixas: (.....) 
Piores Faixas: Wonderlove, Universal Garden, Love Shine, Man In The Moon, The Solution
  

 Então é isso e flw!!!         

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