sábado, 18 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Yes: Parte 4

                 

The Ladder – Yes





















NOTA: 2,8/10


Em 1999, o Yes retornou lançando mais um disco, o The Ladder, que tentou ser um trabalho mais dinâmico. Após o Open Your Eyes, a banda procurava uma direção artística mais definida. A formação agora contava com um novo tecladista, Igor Khoroshev. O que eles queriam era explorar novas ideias, resultando em um som fresco, mas alinhado ao legado progressivo. A produção, feita por Bruce Fairbairn, que faleceu durante as gravações, trouxe sua expertise em Rock para moldar um som dinâmico e polido, incentivando a banda a colaborar de forma mais integrada, algo que havia se perdido em álbuns anteriores. Mas, apesar de tudo isso, há muitos aspectos que acabaram ficando confusos, fazendo com que o trabalho pareça bastante arrastado. O repertório é bem fraco, com poucas canções interessantes, enquanto o restante chega a ser muito tedioso. Enfim, é só mais um trabalho ruim que não conseguiu nem preservar o legado do produtor. 

Melhores Faixas: Finally, To Be Alive (Hep Yadda) 
Piores Faixas: Homeworld (The Ladder), Lightning Strikes, New Language, Face To Face

Magnification – Yes





















NOTA: 1/10


Um dia antes dos atentados de 11 de setembro, acontece outra tragédia: o Yes lançando Magnification. Após o The Ladder, o tecladista Igor Khoroshev deixou a banda e, em vez de buscar um substituto, o grupo optou por trabalhar com uma orquestra sinfônica, algo que não era feito desde Time and a Word. Essa decisão ousada foi impulsionada pela vontade de explorar novos territórios sonoros, combinando Rock progressivo com arranjos orquestrais elaborados. Produzido por Tim Weidner, com a colaboração de Larry Groupé, que liderou a Orquestra Sinfônica de San Diego, os arranjos complementam, em vez de sobrecarregar, a instrumentação da banda, tentando equilibrar os elementos sinfônicos e as características tradicionais. Só que tudo ficou tão enjoativo que faz o Electric Light Orchestra parecer um Nightwish. Com isso, o repertório é horroroso, com canções completamente tediosas. No fim, é outro trabalho horroroso que só fez a banda declinar. 

Melhores Faixas: (......) 
Piores Faixas: Don't Go, We Agree, Can You Imagine, In The Presence Of

Fly From Here – Yes





















NOTA: 8,7/10


Então, se passam 10 anos, e o Yes retorna com Fly From Here, agora com a banda, digamos, totalmente diferente. Após o pavoroso Magnification, a banda passou por um longo hiato, interrompido apenas por turnês esporádicas. Durante esse período, Jon Anderson sofreu problemas de saúde que o afastaram da banda. Em seu lugar, Benoît David, conhecido por seu trabalho na banda cover Close to the Edge, foi convidado para assumir os vocais. Além disso, Geoff Downes retornou aos teclados, substituindo Oliver Wakeman (sim, ele é filho do Rick Wakeman). Produzido por Trevor Horn, o álbum ficou bem refinado, com ênfase em camadas instrumentais, arranjos sofisticados e uma sonoridade moderna. Equilibrando o lado progressivo com elementos acessíveis, o trabalho resulta em um álbum coeso e elegante. O repertório é muito bom, com músicas todas muito bem detalhadas e melódicas. No fim, é um ótimo trabalho, e até sua versão com Trevor Horn cantando é boa. 

Melhores Faixas: Life On A Film Set 
Vale a Pena Ouvir: Fly From Here (principalmente na 3ª parte: Madman at the Screens), Into The Storm

Heaven & Earth – Yes





















NOTA: 3/10


Três anos depois, é lançado Heaven & Earth, o 21º álbum de estúdio do Yes, e aqui as coisas voltaram a ser como estavam antes. Após o Fly From Here, a banda passou por outra mudança de formação (que novidade). Benoît David deixou a banda e foi substituído por Jon Davison, conhecido por seu trabalho com a banda Glass Hammer. Davison trouxe uma voz que basicamente é uma imitação de Jon Anderson; a única coisa relevante foi que ele colaborou nas composições. A produção de Roy Thomas Baker optou por um som limpo e direto, reduzindo as camadas instrumentais complexas que caracterizavam álbuns anteriores, ou seja, sem qualquer vestígio da energia progressiva que definiu a banda, resultando em uma sonoridade de AOR que não combinou de jeito nenhum. O repertório é bem ruinzinho, com poucas canções interessantes, porque tudo aqui é completamente descartável. Enfim, é outro disco ruim e completamente inexpressivo. 

Melhores Faixas: It Was All We Knew, Believe Again 
Piores Faixas: To Ascend, In A World Of Our Own, Subway Walls

The Quest – Yes





















NOTA: 2,8/10


Chega 2021, e a banda lança The Quest, que retornou para aquele lado mais progressivo. Após o Heaven & Earth, o Yes enfrentou uma grande perda com o falecimento de Chris Squire em 2015, vítima de leucemia. Billy Sherwood assumiu o lugar de Squire no baixo e na composição. O álbum foi gravado durante a pandemia de COVID-19, o que forçou os músicos a trabalharem separadamente em estúdios domésticos e enviarem suas partes para a mixagem final, algo que já não tinha dado certo antes. Produzido por Steve Howe, que quis deixar tudo bem detalhado, a mixagem ficou por conta de Curtis Schwartz, que tentou deixar tudo equilibrado. Só que todos os arranjos, apesar de conectados, mostram-se bem arrastados e faltando muita dinâmica. O repertório, novamente, é fraco, com canções que carecem de experimentalismo, sendo tudo suave até demais. No fim, é outro disco chato e sem qualquer melhora. 

Melhores Faixas: Living Island, Dare To Know 
Vale a Pena Ouvir: The Ice Bridge, Leave Well Alone

Mirror To The Sky – Yes





















NOTA: 3/10


Então chegamos ao último lançamento até o momento da banda londrina, o Mirror To The Sky. Após o The Quest, o Yes sofreu mais uma baixa com a morte do baterista Alan White. A formação permaneceu praticamente a mesma, agora com Jay Schellen na bateria, que foi oficialmente incorporado como membro da banda. O álbum foi concebido como uma continuação de seu antecessor, mas com uma ênfase mais robusta. A produção seguiu praticamente a mesma linha, com arranjos mais elaborados e uma ênfase especial na interação entre guitarra e teclado. Contudo, a tentativa de colocar uma seção rítmica dinâmica com Sherwood e Schellen não funcionou, resultando em passagens vazias e sem profundidade. Além disso, Jon Davison continua tentando imitar Jon Anderson. O repertório, novamente, é fraquíssimo, cheio de canções chatas, com poucas que se destacam. Enfim, este álbum é fraquíssimo e está longe de qualquer brilhantismo. 

Melhores Faixas: Circles Of Time, Living Out Their Dream 
Piores Faixas: Mirror To The Sky, Luminosity

                  Bom então é isso e flw!!!     

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