sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

MELHORES de 2024

Brenno (@brennovisk_129)

(Betim, MG)


MELHOR DISCO NACIONAL

01. 333 - Matuê

02. Semréh - Ryu, The Runner

03. Enfrente - CPM 22

04. Papangu – Lampião Rei

05. Y'Y - Amaro Freitas


MELHOR DISCO INTERNACIONAL

01. Dark Matter - Pearl Jam

02. GNX - Kendrick Lamar

03. Small Changes - Michael Kiwanuka

04. From Zero - Linkin Park

05. Songs of a Lost World - The Cure


MELHOR MÚSICA INTERNACIONAL

01. “Not Like Us” – Kendrick Lamar

02. “Wreckage” – Pearl Jam

03. “Small Changes” – Michael Kiwanuka

04. “Two Faced” – Linkin Park

05. “The American Dream Is Killing Me” – Green Day


MELHOR MÚSICA NACIONAL

01. “Tradução” – Black Pantera

02. “O Som” – Matuê

03. “Acima de Mim Só Deus” – Filipe Ret

04. “Mágoas Passadas” – CPM 22

05. “V de Vilão” – Matuê

Analisando Discografias - Zezé Di Camargo & Luciano: Parte 2

                 

Zezé Di Camargo & Luciano (1996) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 4/10


No ano seguinte, Zezé Di Camargo & Luciano retornaram lançando seu 6º álbum de estúdio, seguindo um caminho mais diverso. Após o álbum de 1995, a dupla começou a se apresentar no especial de fim de ano da Globo, na série Amigos, junto com outros nomes como Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo. Além disso, continuaram buscando alcançar um público ainda mais amplo. A produção foi, mais uma vez, conduzida por Cezar Augusto, trazendo aquela mesma sonoridade de sempre, basicamente um Sertanejo romântico com influências contemporâneas do Country, agora com mais uso de guitarra elétrica e até mesmo corais, embora estivesse longe de ser uma inovação. O repertório é bem fraco, as músicas são genéricas (até porque não dá para repetir a mesma coisa sempre e ficar bom) e poucas realmente se salvam. Enfim, esse disco é bem ruinzinho, marcado pela falta de inovação algo que se tornaria recorrente a partir daí. 

Melhores Faixas: E Deus Por Nós, Preciso Ser Amado, Vivendo Por Viver 
Piores Faixas: Outra Vez Por Amor, Quando A Gente Ama Demais, Seu Olhos, Menina (os cara quis dar uma de Amado Batista), Saudade Dos Beatles (invés de quem sabe ser uma homenagem aos Beatles, não é só uma canção superficial com saudosismo depressivo)

Zezé Di Camargo & Luciano (1997) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 4,2/10


Entrando no ano de 1997, a dupla lançou mais um disco, que não trouxe tantas novidades. Após o álbum de 1996, a dupla ainda continuava muito bem, principalmente graças às vendas, devido a um público muito fiel. No entanto, eles já estavam chegando a um ponto em que começariam a saturar nas suas composições, mas, de resto, a relação com a gravadora estava até boa, até porque estava entrando muito dinheiro. A produção para esse disco foi praticamente a mesma de sempre, trazendo os mesmos arranjos e uma sonoridade que se aproximava muito daquele lado mais Country, mas com muita repetição excessiva. Com isso, o repertório ficou muito ruim, as canções são fracas e com poucos momentos de brilho, porque no geral são apenas músicas que parecem uma sequência das antigas, só que sem emoção. Enfim, é outro disco fraquíssimo e, apesar disso, teve sucesso comercial. 

Melhores Faixas: Primeiro Amor, Amor Incandescente, Preciso Do Seu Coração, A Paixão
Piores Faixas: Hoje Eu Quero Te Amar, Felicidade, Que Saudade De Você, Serafim E Seus Filhos (perderam grande chance de fazer uma música falando sobre vivências do campo para fazer algo totalmente caricato), Desejo De Mulher

Zezé Di Camargo & Luciano (1998) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 5/10


Mais um ano se passou, e os irmãos Camargo lançaram outro disco, que tentou voltar para aquela fórmula antiga. Após o álbum de 1997, Zezé Di Camargo & Luciano estavam tranquilos, até porque os últimos trabalhos deles estavam no topo, tanto nas paradas quanto nos números de vendas. No entanto, eles estavam indo para um lado que se afastava bastante das raízes do campo, então decidiram seguir a fórmula de sucesso da estreia deles. A produção foi quase a mesma, só que aqui eles decidiram pegar aquele lado mais contemporâneo e aplicar no som deles, com um lado um pouco mais suave, que fizesse com que os arranjos relembrassem a época mais antiga da música Sertaneja, embora ainda houvesse aspectos que poderiam ser melhor adaptados. O repertório é bem mediano, com aquelas canções que mais parecem repetições genéricas e outras que ficaram muito boas. Em suma, é um trabalho bem mediano, mas que apresentou um estado de melhora. 

Melhores Faixas: Volta Pro Meu Coração, A Mais Louca Paixão, Deus Salve A América, Amores Que Vem E Que Passam 
Piores Faixas: Sabor De Pecado, Dois Corações E Uma História, Flor De Flamboyant, Vida, Viola E Violeiro, Seca Malvada

Zezé Di Camargo & Luciano (1999) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 8,8/10


Chegando no final da década de 90, eles voltaram a lançar mais um disco, e aqui teve muita coisa interessante. Após o álbum de 1998, fizeram seu último especial musical Amigos na Globo, já que, com a morte do Leandro, vítima de câncer de pulmão, não havia mais como esse especial continuar. Após isso, a dupla decidiu que esse próximo trabalho fosse a evolução do que haviam feito anteriormente. A produção, como sempre, foi feita por Cezar Augusto e trouxe uma sonoridade que foi para um lado mais envolvente, mas sem o uso excessivo de outros instrumentos que fariam com que os arranjos ficassem totalmente padronizados. Aqui, eles realmente voltaram às suas raízes, que marcaram seus primeiros álbuns. O repertório é muito legal, cheio de canções de um romantismo puro e com conexões com o campo. Enfim, é um ótimo trabalho, que teve muita consistência. 

Melhores Faixas: Amor Selvagem, Você Mudou Demais, Será Que Foi Saudade? 
Vale a Pena Ouvir: Pare! (o inícinho da música, por sinal, virou meme recentemente), Tá Escrito Em Meu Olhar, O Último Dos Apaixonados, Seu Melhor Presente

Zezé Di Camargo & Luciano (2000) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 9/10


Era virada do milênio, e Zezé Di Camargo & Luciano lançaram seu 10º álbum de estúdio, que não trouxe tantas novidades. Após o álbum de 1999, que havia alcançado expressivas vendas e fortalecido a base de fãs, a intenção deles foi seguir a fórmula desse trabalho anterior, só que indo para um lado que relembrasse o som dos seus primeiros trabalhos. A produção foi quase a mesma, sem o uso excessivo de outros instrumentos que fariam com que os arranjos ficassem totalmente padronizados, indo, assim, para um lado com mais leveza e com fortes influências daqueles climas mais antigos do Sertanejo, com mais uso de violões e sanfonas, deixando os arranjos mais encorpados. O repertório é sensacional, as canções são todas bem melódicas e com ainda mais toques de vivências do campo. No fim, esse disco é sensacional, mas bem subestimado pelos seus fãs. 

Melhores Faixas: Antes De Voltar Pra Casa, Do Jeito Que A Moçada Gosta, Tarde Demais (participação do Chrystian), Saudade De Nós Dois 
Vale a Pena Ouvir: Demorou Demais, Dou A Vida Por Um Beijo, Você Não É Mais Assim, O Bicho Vai Pegar

Zezé Di Camargo & Luciano (2001) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 2,6/10


Novamente mais um ano se passa, a dupla lança mais um disco, e que voltou olhando para um lado mais comercial. Após o álbum de 2000, Zezé Di Camargo & Luciano estavam sendo muito comentados por conta desse album e também do álbum ao vivo que eles gravaram no ATL Hall no Rio de Janeiro, então era óbvio que a gravadora pressionou eles lançarem mais um material novo. A produção foi feita pelo mesmo produtor de sempre, só que agora a sonoridade foi para um lado ainda mais contemporâneo e agora os arranjos foram bem mais pasteurizados e saíram daquela energia que complementou os últimos trabalhos, o que acabou fazendo ficar muito mais do mesmo. O repertório ficou bem ruim, e com canções românticas que ta mais pra desanimastes e que poucas delas conseguiram ser bem mais legais. No final de tudo, esse disco é muito ruim e que fez eles decaírem muito. 

Melhores Faixas: Diz Pro Meu Olhar, Menino Cantador 
Piores Faixas: Só Com O Olhar, Pra Sempre Em Mim (You Needed Me), É Disso Que Eu Preciso, Tanto Pra Te Dizer, Só Amando É Que Se Vive, Bella Senz' Anima (os cara cantando em espanhol é muito ruim)

Zezé Di Camargo & Luciano (2002) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 1/10


Em 2002, a dupla lançou outro disco, e dessa vez continuou a seguir um lado ainda mais comercial. Após o álbum de 2001, eles continuavam bem na questão de vendas, enquanto que, em termos musicais, dava para se notar que Zezé estava começando a forçar demais a voz em alguns shows. Enquanto isso, a grande mídia já estava começando a prestar atenção numa nova fase que o Sertanejo passaria e que perduraria até os dias de hoje. A produção foi praticamente a mesma, ou seja, novamente os arranjos ficaram completamente pasteurizados, tentando dar um maior foco a linhas mais acústicas, que, apesar de interessantes, não ajudam em praticamente nada, o que torna o trabalho muito tedioso. Falando nisso, o repertório é péssimo, e as canções são muito ruins, com muitas delas chegando a ser ridículas. Em suma, esse disco é horrível, sendo um verdadeiro show de horrores. 

Melhores Faixas: (.........) 
Piores Faixas: Um Dia Mais, A Ferro E Fogo, Coração De Vidro, Conflito, Chamando Seu Nome, Balançou

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!         

Analisando Discografias - Zezé Di Camargo & Luciano: Parte 1

                 

Zezé Di Camargo & Luciano (1991) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 9,1/10


Em 1991, dois irmãos vindos diretamente de Pirenópolis, em Goiás, lançaram seu álbum de estreia autointitulado com o nome dos dois: Zezé Di Camargo & Luciano. O começo da trajetória deles se deu, basicamente, pelo incentivo do pai, que era um grande fã de Tonico & Tinoco e sonhava que dois de seus nove filhos se tornassem uma dupla sertaneja de sucesso. Nos anos 80, Zezé acabou entrando como segunda voz em outras duplas e até mesmo tentou carreira solo, mas nada funcionou. Foi só quando Welson (que no caso é o Luciano) apareceu que eles formaram a dupla e assinaram com a gravadora Copacabana. A produção, feita por Jorge Gambier, trouxe uma sonoridade com presença de teclados, violões e sanfonas, equilibrando a modernidade com a tradição sertaneja. O repertório é sensacional, com canções bem encadeadas e trazendo aquele romantismo puro, característico do Sertanejo romântico. Enfim, é um baita disco de estreia, e eles começaram bem! 

Melhores Faixas: É O Amor, A Estrela Só, Rédeas Do Possante, Quem Sou Eu Sem Ela 
Vale a Pena Ouvir: Pouco A Pouco, Eu Te Amo (And I Love Her) (a música caiu melhor para eles do que com Roberto Carlos), Prá Desbotar A Saudade (ótima participação da Fafá de Belém)

Zezé Di Camargo & Luciano (1992) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 8,8/10


No ano seguinte, Zezé Di Camargo & Luciano lançaram seu 2º álbum, novamente autointitulado. (Vão se acostumando, porque a maioria dos discos deles são assim: ou você lembra qual é pela capa, pelo ano ou chamando de Volume X). Após o disco de estreia, a dupla caiu nas graças do povo, muito por conta do hit que foi É o Amor, mas eles enfrentaram aquela pressão de manter o alto nível em seu segundo trabalho. A expectativa do público e da crítica era grande. A produção, feita por Cezar Augusto, seguiu a mesma fórmula, com arranjos bem sofisticados e muito uso de teclados e violões, deixando um pouco de lado o uso da sanfona. O repertório, novamente, é muito bom, com canções cheias de romantismo, mas trazendo também um toque em questões mais cotidianas. No fim, é um ótimo disco, que seguiu bem a fórmula de seu antecessor. 

Melhores Faixas: Cara Ou Coroa (A Cara O Cruz), Coração Na Contra-Mão, Voando Sem Asas 
Vale a Pena Ouvir: Coração Está Em Pedaços, Por Deus, Muda De Vida, Linda, Linda

Zezé Di Camargo & Luciano (1993) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 9/10


Mais um ano se passou, e a dupla lançou seu 3º álbum, que seguiu um caminho um pouco mais cadenciado. Após o álbum de 1992, Zezé Di Camargo & Luciano já estavam consolidados como uma das maiores duplas sertanejas do Brasil. O desafio para este terceiro trabalho era manter a relevância e continuar cativando o público sem soar repetitivo. A produção foi novamente conduzida por Cezar Augusto, com aquela sonoridade que já estava se tornando característica, com forte presença de teclados, violões e sanfonas. Além disso, ele fez com que as músicas destacassem a potência vocal de Zezé e a harmonia com Luciano, consolidando a identidade romântica da dupla, para aqueles que diziam que eles eram apenas mais um Chitãozinho & Xororó (o que não tinha nada a ver). O repertório é muito legal, com músicas mais melódicas e um foco maior em boleros. Enfim, esse disco é muito bom e mostrava que eles tinham muita consistência. 

Melhores Faixas: Eu Só Penso Em Você (Always On My Mind) (participação da lenda da Country music: Wille Nelson), Andorinha Machucada, Melhor Que Antes, Vá Embora 
Vale a Pena Ouvir: Fazer Amor, Eu Pedaço De Mim, Olhos De Lua

Zezé Di Camargo & Luciano (1994) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 10/10


Outro ano se passou, e Zezé Di Camargo & Luciano lançaram mais um disco, e aqui eles seguiram para um lado mais contemporâneo. Após o álbum de 1993, eles enfrentavam a expectativa de manter a qualidade e a inovação em seus lançamentos, já que o Sertanejo passava por uma fase de transição, incorporando elementos mais urbanos (o que, de certa forma, serviu de base para o que muita gente conhece hoje, para nossa tristeza). A produção foi praticamente a mesma, com arranjos que mesclavam o tradicional da música sertaneja com influências contemporâneas, como o Country americano, que estava passando por uma roupagem mais moderna. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções mais diversificadas, indo desde baladas românticas até músicas um pouco mais reflexivas. No final de tudo, esse disco é espetacular e, certamente, um dos grandes clássicos do Sertanejo. 

Melhores Faixas: A Gente Fica Sem Se Amar, Bandido Com Razão, Salva Meu Coração, Tente Outra Vez 
Vale a Pena Ouvir: Como Um Anjo, Por Amor Te Deixo Ir, Madrugada Em Meu Olhar

Zezé Di Camargo & Luciano (1995) – Zezé Di Camargo & Luciano





















NOTA: 8,7/10


Mais um ano se passa, e a dupla lança outro álbum, que seguiu um caminho um pouco mais envolvente. Após o clássico álbum de 1994, que foi um sucesso comercial, Zezé Di Camargo & Luciano enfrentavam a expectativa de manter e superar o sucesso alcançado. Além disso, queriam expandir seu som, incorporando elementos de outros gêneros e conquistando um público cada vez mais amplo. A produção, que foi a mesma de sempre, primou pela qualidade, evidenciando a maturidade artística da dupla, com arranjos mais encorpados e maior uso de violão, deixando a sonoridade mais densa, o que se conectou perfeitamente com os temas presentes nesse álbum. O repertório, novamente, é muito bom, com canções diversificadas, indo desde baladas românticas até questões mais cotidianas. No fim, esse disco é muito legal, só que ficou na sombra de seu antecessor, e, infelizmente, esse foi o último trabalho mais consistente da dupla. 

Melhores Faixas: Pão De Mel, No Dia Em Que Eu Saí De Casa, Na Esquina Dos Meus Sonhos, Doce Paixão 
Vale a Pena Ouvir: Sem Medo De Ser Feliz, Hoje Eu Topo Tudo O Que Vier, Menina Veneno (cover da música do Ritchie), Vem Ficar Comigo
  

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Michel Teló

                 

Balada Sertaneja (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 7/10


Em 2009, Michel Teló lançava seu 1º álbum ao vivo, o Balada Sertaneja. Antes de embarcar em sua jornada solo, o cantor ganhou destaque como vocalista de um tal de grupo Tradição, no qual permaneceu por cerca de 12 anos. Durante esse período, o grupo alcançou sucesso significativo, especialmente no sul do Brasil. A decisão de seguir carreira solo foi motivada pelo desejo de explorar novos horizontes musicais e alcançar um público mais amplo. A produção foi conduzida por Ivan Miyazato (sempre ele). A apresentação foi realizada em Matão, no interior de São Paulo. A sonoridade trouxe elementos tradicionais do sertanejo com influências contemporâneas, resultando em um som moderno e cativante. Ou seja, ele e Luan Santana beberam da fonte da era romântica dos anos 90. O repertório é interessante, com músicas muito boas, mas também há algumas bem fracas. No fim, é um bom disco, mas com suas irregularidades. 

Melhores Faixas: Faz de Difícil, Ei, Psiu! Beijo Me Liga (música boa, mas que por pouco não foi sabotada pela porcaria do João Bosco & Vinícius), Horizonte, Gotas de Água Doce, Explodiu!!! 
Piores Faixas: Larga de Bobeira, Cai Na Real/Não Olhe Assim, Balada Sertaneja

Na Balada (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 8,8/10


Dois anos se passaram, e Michel Teló retorna lançando outro álbum ao vivo, o Na Balada. Após o Balada Sertaneja, o cantor estava em ascensão e era um dos poucos daquele cenário Sertanejo universitário que ainda faziam canções completamente patéticas. Então, decidiu criar um trabalho mais ambicioso para alcançar um público mais amplo. A produção, agora a cargo de Dudu Borges, contou com shows gravados durante a turnê Fugidinha Tour, em cinco apresentações em cinco cidades diferentes (São Paulo, Curitiba, Camboriú, Goiânia e Ribeirão Preto). O álbum traz uma sonoridade que flerta com o Pop e o Forró, tornando as faixas mais dançantes e acessíveis. A presença marcante da sanfona, tocada por Sagui e Willian Santos, destaca-se nos arranjos, deixando tudo bem encadeado. O repertório é muito bom, as canções são contagiantes, algumas com letras interessantes e outras mais bobinhas. No fim, é um bom disco, marcando a entrada de Teló no seu auge. 

Melhores Faixas: Pensamentos Bons, Coincidência, Aí Seu Eu Te Pego (você leu isso aqui lembrou na hora de Neymar em 2012 e PES 2013, eu sei) 
Vale a Pena Ouvir: Se Intrometeu, Ponto Certo, Desce Do Muro, Fugidinha

Sunset (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 7,3/10


O tempo se passou, ele retorna e lança mais um trabalho ao vivo intitulado Sunset. Após o Na Balada, Michel Teló estava completamente consolidado, graças ao hit Aí Se Eu Te Pego, que fez muito sucesso até mesmo lá fora, embora não tenha furado a bolha. Inspirado pela atmosfera festiva do Carnaval brasileiro, decidiu gravar um álbum ao vivo que refletisse a alegria e a diversidade cultural das celebrações carnavalescas. A produção, mais uma vez comandada por Dudu Borges, contou com apresentações gravadas em diferentes locais: Guarujá, Angra dos Reis e Jurerê. A sonoridade é basicamente um Sertanejo misturado com um pouco de Pagode e Forró, resultando em arranjos modernos e dançantes. O repertório é interessante, com músicas legais e outras mais esquisitas. Enfim, esse trabalho é legal, porém trouxe inconsistências. 

Melhores Faixas: Até de Manhã, Aconteceu, Me Chama Pra Sorrir, Maria 
Piores Faixas: Se Tudo Fosse Fácil (Paula Fernandes cantando mal demais), Pegada, É Nóis Faze Parapapá

Baile do Teló – Michel Teló





















NOTA: 1,2/10


No final de 2015, Michel Teló lançou mais um álbum, Baile do Teló, e, aqui, as coisas decaíram absurdamente. Após o Sunset, o cantor foi convidado pela Globo para fazer o quadro Bem Sertanejo no Fantástico, que fez sucesso, tanto que lançaram uma coletânea com os duetos que ele fez com outras duplas ao longo do programa. Depois disso, Teló decidiu que seu próximo trabalho seria um espetáculo que refletisse a atmosfera festiva e contagiante de um baile. O show foi gravado no Espaço das Américas, em São Paulo, e a produção usou uma série de tecnologias avançadas, como câmeras em 360º, permitindo aos fãs uma visão completa do espetáculo, como se estivessem no palco ao lado de Teló, uma grande alegria de plástico. Já a sonoridade ficou totalmente manjada, sendo um sertanejo puro e sem novidade. O repertório é fraco, com canções inéditas desinteressantes e covers apagados. No fim, um trabalho ruim e sem identidade. 

Melhores Faixas: (.........) 
Piores Faixas: Hoje Tem, Multidão, Ah Tá Peraê, Cantor E Atriz, Menino Da Porteira/Telefone Mudo/Ainda Ontem Chorei De Saudade/Saudade Da Minha Terra (destruir completamente as canções originais), Essa Mania, Correio, Love Is Alive, Pra Que Rumo "Nois Vai" (que zona é essa música)

Pra Ouvir No Fone – Michel Teló





















NOTA: 8,8/10


Em 2020, durante a pandemia, Michel Teló lançou um EP intitulado Pra Escutar No Fone, aqui, ele trouxe algo totalmente diferente. Após o Baile do Teló, ele lançou um trabalho ao vivo do Bem Sertanejo, que não deu em nada. O foco dele passou a ser jurado do agora extinto programa The Voice Brasil. Quando veio o isolamento social, Teló encontrou inspiração para criar músicas que refletissem momentos de introspecção e conexão com as coisas simples da vida. A produção, combinando elementos do Sertanejo com influências de artistas como Almir Sater e Renato Teixeira, resultou em arranjos modernos e suaves, tentando resgatar influências do Sertanejo de raiz, mas pende mais para influências da Country music. O repertório contém 7 faixas muito legais, com aquele toque de leveza e abordando temas do campo. Enfim, esse trabalho é muito bom e trouxe uma proposta interessante. 

Melhores Faixas: Café Coado, Sonhos e Planos 
Vale a Pena Ouvir: Verão de Um Amor Caipira, O Tempo Não Espera Ninguém

Rolê Aleatório (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 1/10


No final de 2023, Michel Teló lançou seu último álbum até então, o Rolê Aleatório, que voltou àquela fórmula horrorosa. Após o EP Pra Escutar No Fone, ele decidiu lançar um trabalho cheio de influências, pulando em várias vertentes populares, além de voltar para aquele lado mais execrável do Sertanejo universitário, só para continuar sendo relevante. A produção foi feita por Newtinho Fonseca, com este show gravado no espaço de eventos Central 1926, em São Paulo. Bom, basicamente, a sonoridade é uma mistura totalmente bagunçada de Sertanejo com Pagode, Piseiro, Funk e música eletrônica, formando um verdadeiro carrossel de som confuso. O repertório é pavoroso, com canções ridículas e participações especiais tão ruins quanto as músicas. Em suma, esse trabalho é tenebroso e foi um completo fracasso comercial, uma queda absurda na sua carreira. 

Melhores Faixas: (..........) 
Piores Faixas: Meu Vício, Tchau Pros Esquemas, Meu Hobby, Fuzuê

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!        

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Luan Santana: Parte 2

                 

1977 – Luan Santana





















NOTA: 7/10


Três anos se passaram, e Luan Santana lançou seu 3º álbum de estúdio, o 1977, que marcou seu último grande momento. Após O Nosso Tempo É Hoje, o cantor lançou um álbum acústico e, depois de fazer turnê, anunciou que seu próximo trabalho seria inspirado no ano de 1977, quando a ONU oficializou o Dia Internacional da Mulher. Ele idealizou um projeto para homenagear as mulheres, só que não tinha conceito algum. A produção, assinada por Dudu Borges, ocorreu ao longo de três dias no Polo Cinematográfico de Paulínia, em São Paulo, com elementos visuais que remetiam a um estúdio cinematográfico antigo. A sonoridade traz influências de Country, Pop e Bachata, o que acaba sendo um problema em algumas melodias. O repertório é bom, com canções interessantes e algumas baladinhas fracas, além de participações que não funcionam tão bem. Enfim, é um disco interessante, mas que apresenta algumas falhas. 

Melhores Faixas: Dia, Lugar E Hora, Primeira Semana, Estaca Zero, Km 70, Amor De Interior
Piores Faixas: Eu, Você, O Mar E Ela, Acordando O Prédio, Fantasma (Marilia Mendonça estragando a música totalmente), Rg (agora foi a vez da cantora flopada destruir outra canção)

Live-Móvel – Luan Santana





















NOTA: 1/10


No ano de 2018, Luan Santana lançou outro álbum, o Live-Móvel, e aqui as coisas decaíram absurdamente. Após o 1977, não sei o que ele fumou, mas decidiu se inspirar no U2 (sim, no U2), a proposta consistia em realizar shows surpresa em diferentes localidades do Brasil, utilizando um caminhão que se transformava em palco. Além disso, ele decidiu se afastar das influências da música Pop para seguir um caminho totalmente execrável no Sertanejo universitário. A produção, feita por Gabriel Lolli e Lucas Santos, percorreu diversas cidades brasileiras, incluindo regiões do sertão alagoano e o centro urbano de São Paulo. Com sua equipe montando estruturas de show em locais inusitados, a sonoridade é muito manjada e com linhas acústicas bem fraquinhas. O repertório é pavoroso, as canções são chatas e os feats são um verdadeiro caos. Em suma, é um trabalho péssimo e completamente nada a ver. 

Melhores Faixas: (..........) 
Piores Faixas: Boa Memória, Sofazinho, Machista, Vingança

VIVA (Ao Vivo) – Luan Santana





















NOTA: 1/10


No ano seguinte, ele lança mais um álbum, desta vez totalmente ao vivo, o VIVA. Após o horroroso Live-Móvel, Luan Santana estava completamente perdido, então, para não ficar para trás de seus outros colegas do Sertanejo, ele decidiu criar um espetáculo que celebrasse a vida, a música e a interação real entre as pessoas, só que isso acabou se tornando uma completa alegria de plástico. A produção foi conduzida por Dudu Borges, Gabriel Lolli e Lucas Santos. A apresentação aconteceu no Parque de Exposições de Salvador, na Bahia, com um palco de impressionantes 100 metros de extensão, um dos maiores já montados no Brasil, contando com recursos pirotécnicos e efeitos visuais de última geração. Só que, apesar de toda essa grandiosidade, a banda de apoio é o único ponto positivo, pois o público é irritante e, em alguns momentos, Luan canta mal. O repertório é muito ruim, cheio de canções completamente sem graça. Enfim, é um trabalho péssimo e sem emoção. 

Melhores Faixas: (................) 
Piores Faixas: Quando A Bad Bater, Meu Investimento, Boa Memória, Flores, Amor E Pudim, Sofrendo Feito Um Louco, Motel Paraíso

LUAN CITY (AO VIVO) – Luan Santana





















NOTA: 1/10


Em 2022, Luan Santana retorna lançando mais um álbum ao vivo, o LUAN CITY (que se tornou uma série de lançamentos). Após o VIVA, o cantor rescindiu seu contrato com a Som Livre em 2020 e fechou com a gravadora Sony. Esse título se deve a uma ideia que ele teve de criar um universo próprio, onde diferentes estilos e influências musicais pudessem coexistir harmoniosamente, criando um conceito que, na verdade, não existe. Produzido por Lucas Santos, o show foi gravado na Vila Itororó, em São Paulo, com uma estrutura que representava uma cidade, incluindo cenários que remetiam a diferentes ambientes urbanos. Ok, muito legal, mas a sonoridade é totalmente confusa, fundindo Sertanejo com Bachata, música eletrônica e Piseiro (não faz sentido). O repertório é horroroso, com canções muito superficiais, e as participações ficaram muito ruins. Enfim, é outro trabalho tenebroso que mostra por que Luan Santana, hoje, é apenas uma completa memória afetiva. 

Melhores Faixas: (....................) 
Piores Faixas: SEU DOUTOR, HÁBITO (hoje Chitãozinho & Xororó só serve para ser enfeite nesses álbuns assim, e aqui não foi diferente), NÃO SEI NAMORAR SÓ COM UMA, ABALO EMOCIONAL, CORAÇÃO CIGANO (cara Luísa Sonza? Isso é decadência pura), CELTA

LUAN CITY 2.0 – Luan Santana





















NOTA: 1,4/10


Mais um ano se passou, e ele retorna lançando meio que uma parte 2, o LUAN CITY 2.0. Após o LUAN CITY (original), Luan Santana decidiu expandir o ‘‘conceito’’ original, criando uma sequência que explorasse ainda mais as nuances e histórias dessa cidade fictícia, além de fazer um show em um lugar que combinasse com sua proposta e que fosse em estádio. A produção foi praticamente a mesma, a apresentação ocorreu em Belo Horizonte, mais precisamente no Mineirão, em um espetáculo grandioso, recheado de várias fãs malucas, e com muita tecnologia de ponta. Mas a sonoridade é aquela fusão de estilos confusa, agora pulando nessa tendência horrorosa do Agronejo, com muita bachata, virando um quase cover piorado do seu Nivaldo, vulgo Gusttavo Lima. O repertório é ruim, as canções são chatíssimas, e as letras ainda mais superficiais. Enfim, assim como seu antecessor, é um trabalho muito ruim. 

Melhores Faixas: (..........coitados dos nego que foi lá no Mineirão perder tempo........) 
Piores Faixas: SEM SENTIMENTO, CALVIN KLEIN, POUCO BEIJO, MUITO GELO, MEIO TERMO, SOLTEIRA ENRUSTIDA, PROCURA-SE, MULHER SEGURA, ME DESBLOQUEIA AÍ, HINO DOS SOLTEIROS (olha o ponto que ele chegou)

LUAN AO VIVO NA LUA – CRESCENTE – Luan Santana





















NOTA: 1/10


No final do ano passado, Luan Santana lançou seu último álbum até o momento, o LUAN AO VIVO NA LUA – CRESCENTE. Após o LUAN CITY 2.0, o cantor decidiu que seu novo trabalho ao vivo explorasse diferentes fases da lua, simbolizando as diversas etapas e emoções presentes nos relacionamentos e na vida cotidiana, só que com uma grande superficialidade. Produzido novamente por Lucas Santos, a apresentação ocorreu em Cotia, São Paulo, em um espetáculo exclusivo para fãs e convidados (pessoal comportado, inclusive). O palco foi meticulosamente projetado para simular a superfície lunar, além de ter muitas transições na iluminação. Só que a sonoridade é aquele Sertanejo universitário manjado e sem envolvimento. O repertório, apesar de curto, contém canções que são uma dor de corno e parecem intermináveis. É muito ruim. No final de tudo, é um álbum péssimo e mostra a tamanha decadência de Luan. 

Melhores Faixas: (...........) 
Piores Faixas: ELES ESTAVAM CERTOS, PARECE, COISAS QUE EU NÃO VOU DEIXAR DE TER, CLONE

                                                         Então é isso e flw!!!      

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

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