quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Analisando Discografias - Michel Teló

                 

Balada Sertaneja (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 7/10


Em 2009, Michel Teló lançava seu 1º álbum ao vivo, o Balada Sertaneja. Antes de embarcar em sua jornada solo, o cantor ganhou destaque como vocalista de um tal de grupo Tradição, no qual permaneceu por cerca de 12 anos. Durante esse período, o grupo alcançou sucesso significativo, especialmente no sul do Brasil. A decisão de seguir carreira solo foi motivada pelo desejo de explorar novos horizontes musicais e alcançar um público mais amplo. A produção foi conduzida por Ivan Miyazato (sempre ele). A apresentação foi realizada em Matão, no interior de São Paulo. A sonoridade trouxe elementos tradicionais do sertanejo com influências contemporâneas, resultando em um som moderno e cativante. Ou seja, ele e Luan Santana beberam da fonte da era romântica dos anos 90. O repertório é interessante, com músicas muito boas, mas também há algumas bem fracas. No fim, é um bom disco, mas com suas irregularidades. 

Melhores Faixas: Faz de Difícil, Ei, Psiu! Beijo Me Liga (música boa, mas que por pouco não foi sabotada pela porcaria do João Bosco & Vinícius), Horizonte, Gotas de Água Doce, Explodiu!!! 
Piores Faixas: Larga de Bobeira, Cai Na Real/Não Olhe Assim, Balada Sertaneja

Na Balada (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 8,8/10


Dois anos se passaram, e Michel Teló retorna lançando outro álbum ao vivo, o Na Balada. Após o Balada Sertaneja, o cantor estava em ascensão e era um dos poucos daquele cenário Sertanejo universitário que ainda faziam canções completamente patéticas. Então, decidiu criar um trabalho mais ambicioso para alcançar um público mais amplo. A produção, agora a cargo de Dudu Borges, contou com shows gravados durante a turnê Fugidinha Tour, em cinco apresentações em cinco cidades diferentes (São Paulo, Curitiba, Camboriú, Goiânia e Ribeirão Preto). O álbum traz uma sonoridade que flerta com o Pop e o Forró, tornando as faixas mais dançantes e acessíveis. A presença marcante da sanfona, tocada por Sagui e Willian Santos, destaca-se nos arranjos, deixando tudo bem encadeado. O repertório é muito bom, as canções são contagiantes, algumas com letras interessantes e outras mais bobinhas. No fim, é um bom disco, marcando a entrada de Teló no seu auge. 

Melhores Faixas: Pensamentos Bons, Coincidência, Aí Seu Eu Te Pego (você leu isso aqui lembrou na hora de Neymar em 2012 e PES 2013, eu sei) 
Vale a Pena Ouvir: Se Intrometeu, Ponto Certo, Desce Do Muro, Fugidinha

Sunset (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 7,3/10


O tempo se passou, ele retorna e lança mais um trabalho ao vivo intitulado Sunset. Após o Na Balada, Michel Teló estava completamente consolidado, graças ao hit Aí Se Eu Te Pego, que fez muito sucesso até mesmo lá fora, embora não tenha furado a bolha. Inspirado pela atmosfera festiva do Carnaval brasileiro, decidiu gravar um álbum ao vivo que refletisse a alegria e a diversidade cultural das celebrações carnavalescas. A produção, mais uma vez comandada por Dudu Borges, contou com apresentações gravadas em diferentes locais: Guarujá, Angra dos Reis e Jurerê. A sonoridade é basicamente um Sertanejo misturado com um pouco de Pagode e Forró, resultando em arranjos modernos e dançantes. O repertório é interessante, com músicas legais e outras mais esquisitas. Enfim, esse trabalho é legal, porém trouxe inconsistências. 

Melhores Faixas: Até de Manhã, Aconteceu, Me Chama Pra Sorrir, Maria 
Piores Faixas: Se Tudo Fosse Fácil (Paula Fernandes cantando mal demais), Pegada, É Nóis Faze Parapapá

Baile do Teló – Michel Teló





















NOTA: 1,2/10


No final de 2015, Michel Teló lançou mais um álbum, Baile do Teló, e, aqui, as coisas decaíram absurdamente. Após o Sunset, o cantor foi convidado pela Globo para fazer o quadro Bem Sertanejo no Fantástico, que fez sucesso, tanto que lançaram uma coletânea com os duetos que ele fez com outras duplas ao longo do programa. Depois disso, Teló decidiu que seu próximo trabalho seria um espetáculo que refletisse a atmosfera festiva e contagiante de um baile. O show foi gravado no Espaço das Américas, em São Paulo, e a produção usou uma série de tecnologias avançadas, como câmeras em 360º, permitindo aos fãs uma visão completa do espetáculo, como se estivessem no palco ao lado de Teló, uma grande alegria de plástico. Já a sonoridade ficou totalmente manjada, sendo um sertanejo puro e sem novidade. O repertório é fraco, com canções inéditas desinteressantes e covers apagados. No fim, um trabalho ruim e sem identidade. 

Melhores Faixas: (.........) 
Piores Faixas: Hoje Tem, Multidão, Ah Tá Peraê, Cantor E Atriz, Menino Da Porteira/Telefone Mudo/Ainda Ontem Chorei De Saudade/Saudade Da Minha Terra (destruir completamente as canções originais), Essa Mania, Correio, Love Is Alive, Pra Que Rumo "Nois Vai" (que zona é essa música)

Pra Ouvir No Fone – Michel Teló





















NOTA: 8,8/10


Em 2020, durante a pandemia, Michel Teló lançou um EP intitulado Pra Escutar No Fone, aqui, ele trouxe algo totalmente diferente. Após o Baile do Teló, ele lançou um trabalho ao vivo do Bem Sertanejo, que não deu em nada. O foco dele passou a ser jurado do agora extinto programa The Voice Brasil. Quando veio o isolamento social, Teló encontrou inspiração para criar músicas que refletissem momentos de introspecção e conexão com as coisas simples da vida. A produção, combinando elementos do Sertanejo com influências de artistas como Almir Sater e Renato Teixeira, resultou em arranjos modernos e suaves, tentando resgatar influências do Sertanejo de raiz, mas pende mais para influências da Country music. O repertório contém 7 faixas muito legais, com aquele toque de leveza e abordando temas do campo. Enfim, esse trabalho é muito bom e trouxe uma proposta interessante. 

Melhores Faixas: Café Coado, Sonhos e Planos 
Vale a Pena Ouvir: Verão de Um Amor Caipira, O Tempo Não Espera Ninguém

Rolê Aleatório (Ao Vivo) – Michel Teló





















NOTA: 1/10


No final de 2023, Michel Teló lançou seu último álbum até então, o Rolê Aleatório, que voltou àquela fórmula horrorosa. Após o EP Pra Escutar No Fone, ele decidiu lançar um trabalho cheio de influências, pulando em várias vertentes populares, além de voltar para aquele lado mais execrável do Sertanejo universitário, só para continuar sendo relevante. A produção foi feita por Newtinho Fonseca, com este show gravado no espaço de eventos Central 1926, em São Paulo. Bom, basicamente, a sonoridade é uma mistura totalmente bagunçada de Sertanejo com Pagode, Piseiro, Funk e música eletrônica, formando um verdadeiro carrossel de som confuso. O repertório é pavoroso, com canções ridículas e participações especiais tão ruins quanto as músicas. Em suma, esse trabalho é tenebroso e foi um completo fracasso comercial, uma queda absurda na sua carreira. 

Melhores Faixas: (..........) 
Piores Faixas: Meu Vício, Tchau Pros Esquemas, Meu Hobby, Fuzuê

                                                 Então é isso, um abraço e flw!!!        

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

                     Eu Odeio o Dia Dos Namorados – Orochi NOTA: 3,8/10 E novamente o Orochi retorna lançando mais um trabalho novo, o Eu Od...