Olias Of Sunhillow – Jon Anderson
NOTA: 8,7/10
Depois do lançamento do Relayer, Jon Anderson iniciou sua carreira solo lançando o Olias of Sunhillow. Esse trabalho surgiu em um momento em que os membros do Yes decidiram explorar projetos solo. Anderson, reconhecido por sua sensibilidade espiritual e letras visionárias, criou uma narrativa de ficção científica/fantasia inspirada em The Lamb Lies Down on Broadway do Genesis e nas histórias de J.R.R. Tolkien. Sendo uma ópera-rock, que conta a jornada de Olias e sua tribo, os Sunhillow, que constroem uma nave chamada Moorglade para escapar de um planeta em colapso. Produzido pelo próprio cantor, ele fez uso de sintetizadores, guitarras, harpas e percussões, construindo paisagens sonoras ricas. Com influências de Rock progressivo, Folk psicodélico e world music, tudo foi gravado de forma caseira. O repertório é muito bom, com canções totalmente coesas e muito bem detalhadas. Enfim, é um ótimo álbum de estreia, começando com o pé direito.
Melhores Faixas: Flight Of The Moorglade, To The Runner
Vale a Pena Ouvir: Ocean Song, Solid Space
Song Of Seven – Jon Anderson
NOTA: 8,5/10
Quatro anos se passaram, e Jon Anderson lançou Song of Seven, seu 2º álbum de estúdio. Após sair brigado do Yes antes da fase de gravação do Drama, o cantor decidiu que seu novo trabalho teria uma abordagem mais colaborativa e comercial, além de marcar uma tentativa de Anderson de alcançar uma base de fãs mais ampla, ao mesmo tempo em que mantinha sua sensibilidade espiritual e lírica. Produzido mais uma vez por ele mesmo, o álbum contou com uma banda de apoio composta por músicos talentosos, como Ronnie Leahy e John Giblin. A produção, embora menos experimental do que a de seu álbum anterior, é polida e equilibrada, mostrando um lado mais direto de Anderson, combinando sintetizadores contemporâneos com arranjos orquestrais e instrumentação acústica. O repertório é muito bom, com canções diversificadas que trazem um lado mais melódico. No fim, é um trabalho muito interessante, apesar de não ter conseguido grande destaque comercial.
Melhores Faixas: Song Of Seven, Some Are Born
Vale a Pena Ouvir: For You For Me, Days, Take Your Time
Animation – Jon Anderson
NOTA: 3/10
Entrando em 1982, Jon Anderson lançou mais um disco, o Animation, que seguia um caminho ainda mais comercial. Após o Song of Seven, o cantor colaborou com artistas de diferentes estilos, incluindo Vangelis, que foi um dos responsáveis por essa direção artística (depois vocês vão entender por que estou falando isso). O que acontece é que ele focou em sons mais eletrônicos e orientados para o Pop, sem abandonar completamente suas raízes progressivas. A produção, feita por Anderson junto com Tony Visconti, trouxe um toque polido e moderno ao álbum, utilizando uma combinação de instrumentação tradicional e tecnologia avançada para a época, como os sintetizadores. Porém, tudo aqui ficou tão exagerado que às vezes parece que a mixagem foi feita às pressas, refletindo em um repertório muito fraco, com canções chatíssimas e poucas aproveitáveis. Enfim, este disco é bem ruim, marcando o início de uma fase de decadência.
Melhores Faixas: Unlearning, All Gods Children Vale a Pena Ouvir: Olympia, Boundaries, Pressure Point
3 Ships – Jon Anderson
NOTA: 2,5/10
Três anos se passam, e Jon Anderson decide lançar mais um disco, só que desta vez com um clima natalino. Após o Animation, o cantor ganhou muita relevância graças àquela fase do Yes marcada pelo 90125. Em meio a esse cenário, ele decidiu criar um álbum dedicado ao espírito de Natal, incorporando temas religiosos e mensagens de paz universal. A produção ficou a cargo de Roy Thomas Baker, com contribuições de músicos talentosos e arranjos que misturam sintetizadores característicos da década de 1980 com orquestrações suaves. A produção tem um foco nítido em criar atmosferas calorosas e festivas, mas tudo ficou tão arrastado que muitos dos arranjos fazem você sentir uma sincera vontade de engolir plástico. O repertório ficou totalmente mal interpretado, com pouquíssimas canções que conseguem apresentar algum nível de detalhe. Em suma, é um trabalho péssimo, e escutar isso no Natal pode até trazer azar.
Melhores Faixas: Save All Your Love (Reprise), Oh Holy Night
Piores Faixas: 2,000 Years, How It Hits You, The Holly And The Ivy, Three Ships
In The City Of Angels – Jon Anderson
NOTA: 5/10
Indo para 1988, Jon Anderson lançou seu 5º álbum de estúdio, o In the City of Angels, que não trouxe tantas novidades. Após o pavoroso 3 Ships, Anderson embarcou em um projeto que refletisse sua experiência pessoal em Los Angeles, cidade onde viveu por muitos anos. Ele explorou sons contemporâneos e colaborou com grandes nomes da indústria, como membros da banda Toto, que desempenharam um papel importante na criação do álbum. A produção foi realizada por Stewart Levine, conhecido por seu trabalho com Lionel Richie e Simply Red. Ele trouxe uma abordagem caracterizada pela música Pop e Soft Rock dos anos 80, com arranjos elaborados, uso extensivo de sintetizadores, seções de metais e harmonias vocais, mas com muito exagero na utilização. O repertório é bem mediano, com canções que, em sua maioria, são genéricas, enquanto outras ficaram interessantes. Enfim, este trabalho é bem irregular, mas ao menos teve alguns acertos.
Melhores Faixas: Betcha, Hold On To Love, If It Wasn't For Love (Oneness Family)
Piores Faixas: It's On Fire, Is It Me, For You
Deseo – Jon Anderson
NOTA: 1/10
Se passaram oito anos, e Jon Anderson retorna com outra porcaria, o Deseo, que tentava trazer um lado mais temático. Após o experimentalismo progressivo e os momentos mais comerciais de sua carreira, Anderson embarcou em um projeto que refletisse sua conexão espiritual com culturas globais. A produção foi conduzida por ele mesmo, com contribuições de músicos de várias origens. O álbum mistura instrumentos tradicionais, como percussão latina, guitarras acústicas e flautas, com arranjos modernos que incluem sintetizadores e vocais etéreos. Mas, apesar de tentar fazer uma abordagem minimalista, soa como uma batucada sem nexo, com melodias totalmente ásperas. O repertório é horroroso, com canções completamente sem graça, e nem as participações do Milton Nascimento, Ruben Rada e a tal banda Boca Livre conseguem salvar alguma coisa. Em suma, é um trabalho ridículo e completamente esquecível.
Melhores Faixas: (.....)
Piores Faixas: Café, Latino, Bridges, Floresta, Deseo
Então um abraço e flw!!!