segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Jon Anderson: Parte 2

                 

Change We Must – Jon Anderson





















NOTA: 2,3/10


Ainda naquele mesmo ano, Jon Anderson lança Change We Must, que trazia uma pegada mais orquestrada. Após o péssimo Deseo, ele decidiu fazer uma colaboração importante com vários grupos orquestrais, que conferem uma aura sinfônica às composições. Muitas das faixas são basicamente adaptações ou reinterpretações de músicas previamente compostas por Anderson, tanto em sua carreira solo quanto em parcerias no Yes. A produção, feita por ele mesmo, combina o uso de uma orquestra completa com elementos de música pop e arranjos vocais detalhados, trazendo assim um som limpo e expansivo, que reflete o ambiente contemplativo que o artista buscava criar. Mas, apesar de incluir músicos renomados e do uso de tecnologia para deixar o trabalho mais experimental, tudo fica tão arrastado que não traz aquele lado grandioso, refletindo em um repertório fraquíssimo, com poucas interpretações decentes. No fim, é um trabalho bem ruim e muito sem emoção. 

Melhores Faixas: Run On, Jon, Change We Must 
Piores Faixas: Hurry Home, Shaker Loops, Chagall Duet, State Of Independence

Angels Embrace – Jon Anderson




















NOTA: 3/10


Se passa um ano, Jon Anderson lança o Angels Embrace, que trazia um lado mais ambientalista. Após o Change We Must, o cantor quis explorar um território predominantemente instrumental e meditativo, refletindo o crescente interesse de Anderson por temas espirituais, energias curativas e pela música como um meio de transcender a experiência cotidiana, marcando um momento em que ele se afastou temporariamente de composições convencionais e optou por criar paisagens sonoras abstratas. Novamente, ele mesmo produziu o álbum, decidindo utilizar sintetizadores, efeitos ambientais e técnicas de sobreposição sonora para criar um ambiente imersivo e contemplativo. Optando por esse lado do gênero classificado como New Age, mas, apesar de todo esse conceito, há muita coisa que não ficou bem amarrada, refletindo em um repertório que até tem músicas interessantes, mas também outras que são apenas tediosas. Enfim, é mais um disco fraquíssimo e que não trouxe retorno. 

Melhores Faixas: Angels Embrace, Naturemusic 
Piores Faixas: Prayersong, Cloudsinging

Toltec – Jon Anderson





















NOTA: 5/10


Em 1996, Jon Anderson lança seu 9º álbum, o Toltec, este sendo um trabalho conceitual. Após o Angels Embrace, o cantor decidiu fazer um trabalho inspirado nos toltecas, uma civilização pré-colombiana do México. Anderson utiliza o conceito de "artistas do espírito" para explorar temas de conexão universal, energia e transformação espiritual. A produção, novamente feita por ele mesmo, utilizou uma abordagem multidimensional para integrar estilos variados, incluindo música eletrônica, elementos étnicos e orquestrações. Assim, tudo aqui apresenta uma textura sonora rica, com efeitos que criam uma sensação cinematográfica. Realmente, a produção ficou muito bem-feita, deixando tudo bastante sofisticado. Porém, quando se analisa o repertório, as coisas decaem, pois há algumas canções interessantes e outras que são apenas uma batucada sem nexo. No fim, é um trabalho mediano que poderia ter sido melhor explorado. 

Melhores Faixas: Good Day Morning, Enter Ye The Mystery School, Song Of Home 
Piores Faixas: Longwalker Speaks, The Book Opens, Building Bridges, Quick Words (Talk-Talk)

The Lost Tapes Of Opio – Jon Anderson





















NOTA: 2/10


Ainda naquele ano, ele lança outro álbum de estúdio, o The Lost Tapes of Opio, que, como já diz no título, traz gravações que ficaram guardadas. Após o Toltec, Jon Anderson, em parceria com a Opio Foundation, decidiu lançar este trabalho, que seria limitado e acabou se tornando meio que oculto entre os fãs. Especula-se que o material foi registrado durante os anos 80 ou início dos anos 90. A produção demonstra ser totalmente caseira ou de estúdio, feita para capturar ideias brutas. Elementos como sintetizadores analógicos, instrumentos acústicos e efeitos vocais são predominantes, indicando uma abordagem experimental típica de Jon Anderson nesse período. Mas, por mais que tenha tudo isso, muito desse material parece que nem foi terminado, dando a impressão de que foi lançado do jeito que estava. Assim, o repertório é fraco, mas pelo menos tem seus momentos de brilho. Enfim, este trabalho foi feito apenas para colecionadores e que dificilmente será revisitado. 

Melhores Faixas: Homage To Sun Ra 
Piores Faixas: Eireland, Opio Symphony

The Promise Ring – Jon Anderson





















NOTA: 2,1/10


Indo para o ano seguinte, o cantor lança o The Promise Ring. Até parece que isso tem a ver com Senhor dos Anéis, mas está longe disso. Após o The Lost Tapes of Opio, Jon Anderson decidiu mergulhar na música celta e nas tradições folclóricas. Inspirado por sua conexão pessoal com a Irlanda e influenciado pela espiritualidade e simplicidade da música tradicional, este álbum apresenta um lado mais intimista. A produção seguiu quase o mesmo padrão de sempre, mas ele decidiu utilizar instrumentos tradicionais, como violinos, flautas irlandesas, bodhráns e guitarras acústicas, que dominam os arranjos. Tentando criar uma sonoridade orgânica e acolhedora, ele conseguiu, no máximo, colher um trevo que não tinha quatro folhas, deixando-o sem sorte. Isso se reflete em um repertório chatíssimo, com músicas completamente esquecíveis. No fim, é outro disco ruim, que provavelmente fez a população celta proibir Jon Anderson de pisar lá novamente. 

Melhores Faixas: Timing Of The Known, O'er 
Piores Faixas: The Promise Ring, Are You?, My Sweet Jane
  

 Então é isso e flw!!!          

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