terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Analisando Discografias - Jon Anderson: Parte 3

                 

Earthmotherearth – Jon Anderson





















NOTA: 5,8/10


Ainda naquele mesmo ano, Jon Anderson lançou Earthmotherearth, mergulhando em algo mais contemporâneo. Após o The Promise Ring, o cantor continuou a explorar temas ambientalistas e mensagens de unidade, enquanto incorporava sonoridades experimentais e elementos da música mundial. Além disso, ele estava envolvido com o Yes e outros projetos paralelos. Novamente, o próprio Jon Anderson acabou produzindo o álbum, utilizando uma abordagem caseira, gravando em seu estúdio pessoal, o que contribuiu para uma sensação intimista e direta nas canções. Com o uso de vocais extensos para combinar com instrumentos acústicos, a sonoridade resultou em um Folk contemporâneo desalinhado. O repertório ficou bem irregular, com algumas canções boas e outras que são apenas cópias ruins do Paul Simon. No fim, é um trabalho bem mediano, mas foi sua melhor tentativa. 

Melhores Faixas: Time Has Come, Earthmotherearth, That Crazy Wind 
Piores Faixas: Harptree Too, Concerto Uno, Scraggle Cat And Puss Cat Willum, Heaven Knows (Treehugging)

The More You Know – Jon Anderson




















NOTA: 1,4/10


Outro ano se passa, e o cantor lança The More You Know, que tenta seguir por um lado mais comercial. Após o Earthmotherearth, Jon Anderson decidiu criar um álbum mais acessível, explorando um formato próximo ao Pop contemporâneo, mas mantendo seu lirismo espiritual e otimista. O título reflete sua crença no aprendizado contínuo e no poder do conhecimento para transformar vidas. A produção foi aquela de sempre, só que agora totalmente polida, com a utilização de sintetizadores e baterias eletrônicas, combinados com os vocais harmônicos que são sua marca registrada. A mixagem é limpa e coloca os vocais no centro, tentando deixar tudo o mais coeso possível. No entanto, a sonoridade ficou tão plastificada que faz este trabalho parecer uma versão piorada do 3º álbum, o Animation. O repertório é simplesmente horroroso, com canções que são um verdadeiro tédio. Enfim, é outro disco péssimo, que não teve qualquer tipo de retorno. 

Melhores Faixas: (......) 
Piores Faixas: Sad, Maybe, Faithfully, Dancing Fool, Youth

Survival & Other Stories – Jon Anderson





















NOTA: 2,8/10


Aí se passou bastante tempo, até que, em 2011, Jon Anderson lançou seu 14º álbum, o Survival & Other Stories. Após o ridículo The More You Know, ele seguiu no Yes até o hiato, mas depois passou por um período de problemas de saúde que o afastaram temporariamente dos palcos e de sua banda principal. Então, ele surgiu com esse trabalho após postar em seu site um convite para músicos enviarem material para possíveis colaborações. O resultado foi uma coletânea de canções coescritas com artistas de todo o mundo. A produção ficou mais minimalista e direta, enfatizando os vocais inconfundíveis de Anderson e os arranjos simples, mas eficazes, que variam entre o acústico e o eletrônico. Algo que foi muito bem pensado, apesar de ainda trazer alguns elementos da New Age. Já o repertório novamente ficou irregular, recheado de canções que são mais do mesmo. Em suma, é outro disco ruim, no qual erraram muito nas melodias. 

Melhores Faixas: Big Buddha Song, Love Of The Life 
Piores Faixas: Just One Man, New New World, Understanding Truth, Love And Understanding

1000 Hands: Chapter One – Jon Anderson





















NOTA: 3/10


Mais oito anos se passam, e Jon Anderson lança o 1000 Hands: Chapter One, um trabalho bastante ambicioso. Após o Survival & Other Stories, o cantor tirou da gaveta um projeto que começou a desenvolver nos anos 1990, inicialmente intitulado Uzlot (One People). Após décadas de hiato e revisões, o álbum finalmente ganhou forma, reunindo uma impressionante lista de músicos para colaborar, incluindo participações de nomes lendários como Steve Howe, Chris Squire, Alan White, Ian Anderson e Chick Corea. A produção, feita por Michael Franklin, buscou criar uma sonoridade coesa que transita entre Pop progressivo, Jazz, world music e música clássica. A produção polida destaca os vocais distintivos de Jon Anderson, enquanto os arranjos são detalhados e sofisticados. No entanto, mesmo com essa diversidade, o trabalho acabou ficando muito arrastado, com um repertório bem fraco e poucas canções interessantes. Em suma, é outro disco fraco, cuja ambição foi em vão. 

Melhores Faixas: I Found Myself, WDMCF, Twice In A Lifetime 
Piores Faixas: Ramalama, Now, Now And Again

True – Jon Anderson & The Band Geeks





















NOTA: 5,6/10


Então chegamos ao último lançamento de Jon Anderson até o momento, o True, lançado em agosto do ano passado. Após o 1000 Hands: Chapter One, o cantor se juntou à banda The Band Geeks. A parceria surgiu após turnês conjuntas, onde apresentaram clássicos do Yes, fortalecendo uma química musical que culminou na criação deste álbum. Indo direto ao ponto, a produção foi conduzida por Jon Anderson e Richie Castellano, membro dos Band Geeks, e apresentou uma sonoridade que remete aos clássicos dos anos 70 do Yes, incorporando também elementos da fase 90125. Equilibrando uma ampla gama de instrumentos e dinâmicas, o álbum mantém os vocais de Anderson em destaque, e tudo realmente ficou bem alinhado. No entanto, o repertório começa com canções chatíssimas, depois melhora e, no final, piora. No fim, este trabalho é mediano, mas, depois de muito tempo, foi um dos mais coesos. 

Melhores Faixas: Still A Friend, Build Me An Ocean, Thank God 
Piores Faixas: Counties And Countries, Shine On, Once Upon A Dream
  

Review: Álbum Autointitulado do Armageddon

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