segunda-feira, 31 de março de 2025

Analisando Discografias - Deep Purple: Parte 3

                 

Slaves And Masters – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Passaram-se três anos, o Deep Purple retorna lançando outra porcaria, o Slaves And Masters. Após o The House Of Blue Light, a tensão entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore atingiu um ponto crítico. Gillan foi demitido em 1989, e a banda, em uma decisão controversa, trouxe Joe Lynn Turner, ex-vocalista do Rainbow, para assumir os vocais. Essa mudança alterou significativamente a sonoridade da banda, aproximando-se mais do Hard Rock melódico e do AOR, uma tendência já explorada por Turner nos tempos de Rainbow. A produção foi conduzida por Roger Glover, que deixou tudo polido, com uma mixagem limpa e uma abordagem mais comercial, em sintonia com o Hard Rock mais acessível que dominava a cena no final dos anos 80 (até a explosão do Grunge). Só que tudo ficou muito sem alma, resultando em um som ainda mais genérico. O repertório é horroroso, e as canções são completamente medíocres. Enfim, é mais um trabalho tenebroso deles. 

Melhores Faixas: (.....que bosta....) 
Piores Faixas: Fire In The Basement, King Of Dreams, Truth Hurts, Breakfast In Bed

The Battle Rages On... – Deep Purple





















NOTA: 1,2/10


Mais um intervalo de três anos se passou, e a banda lança seu 14º álbum, o The Battle Rages On.... Após o horroroso Slaves And Masters, o vocalista Joe Lynn Turner foi demitido devido a conflitos internos e à insatisfação de alguns membros da banda, especialmente Jon Lord e Ian Paice. A gravadora RCA e os fãs também pressionavam por um retorno à formação clássica da Mark II. Ian Gillan foi então readmitido, mas a relação com Ritchie Blackmore já estava desgastada. O guitarrista queria manter a sonoridade mais melódica e acessível do álbum anterior, enquanto Gillan desejava resgatar a energia crua do Hard Rock antigo. A produção foi feita por Thom Panunzio e Roger Glover, que trazem uma pegada mais agressiva, com guitarras mais proeminentes, além dos sonolentos teclados do Jon Lord e um trabalho vocal intenso de Gillan, mas tudo continuou sendo massivo. O repertório, como sempre, é horroroso e com canções sem graça. No geral, é outro disco ruim e exaustivo. 

Melhores Faixas (............) 
Piores Faixas: A Twist In The Tale, Time To Kill, Lick It Up, Solitaire

Purpendicular – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Mais um tempo se passou, e a banda lança mais um trabalho novo, intitulado Purpendicular. Após o The Battle Rages On..., Ritchie Blackmore deixou a banda definitivamente. Sua saída encerrou um ciclo que havia começado nos anos 60 e se estendido, com algumas pausas, até os anos 90. Durante a turnê, Blackmore foi substituído temporariamente por Joe Satriani, mas, por questões contratuais, ele não pôde permanecer na banda. O Deep Purple então recrutou Steve Morse, conhecido por seu trabalho com Dixie Dregs e Kansas. A produção foi feita pela banda como um todo, com uma sonoridade moderna para a época, e tentaram manter a pegada mais clássica deles. Steve Morse trouxe uma abordagem mais técnica na guitarra, o que resultou em solos mais variados. Já Ian Gillan está mais à vontade cantando, mas nada se salva. O repertório é pavoroso e com mais canções esquecíveis. No final, mesmo com essas mudanças, continuou uma porcaria. 

Melhores Faixas: (.............) 
Piores Faixas: The Purpendicular Waltz, The Aviator, Sometimes I Feel Like Screaming, Rosa's Cantina, Loosen My Strings

Abandon – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Dois anos se passaram, e o Deep Purple lança seu 16º álbum, o Abandon (podiam ter seguido esse título à risca, né?). Após o Purpendicular, eles decidiram trazer uma abordagem diferente, já que seu antecessor trazia diversidade e experimentação, enquanto este projeto seria mais pesado e direto, com uma sonoridade densa e um clima mais sombrio. O título do álbum faz um jogo de palavras com “A Band On” (uma banda em ação), sugerindo que o Deep Purple estava mais forte do que nunca (só não sei aonde). A produção foi conduzida novamente pela própria banda, que trouxe um tom mais cru e pesado ao disco, com guitarras distorcidas em evidência. A bateria de Ian Paice soa seca e impactante, enquanto os teclados de Jon Lord trazem atmosferas sombrias, só que tudo parece um cover de luxo pavoroso do Black Sabbath misturado com Soundgarden. O repertório é deprimente, com canções medíocres. Enfim, é um trabalho horroroso e que não funcionou. 

Melhores Faixas (........é cada uma viu.......) 
Piores Faixas: She Was, Any Fule Kno That, Watching The Sky, Evil Louie

Bananas – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Se passou bastante tempo até que, em 2003, o Deep Purple lança outro disco intitulado Bananas. Após o Abandon, a banda teve algumas mudanças. O guitarrista Steve Morse já estava consolidado no grupo, mas a maior mudança veio em 2002, quando Jon Lord, o tecladista e um dos fundadores da banda, anunciou sua saída definitiva. Lord foi substituído por Don Airey, conhecido por seu trabalho com Rainbow, Ozzy Osbourne e outros grandes nomes do Rock. A produção foi conduzida por Michael Bradford, que colocou um som mais polido e dinâmico, tentando ter uma abordagem mais contemporânea, com ênfase na clareza dos instrumentos. Com uma sonoridade que vai desde Hard Rock, com momentos mais experimentais, até influências da música Pop e Blues, só que tudo é muito arrastado e completamente sem alma. O repertório, como sempre, é horroroso e com canções tão cativantes quanto um cacto seco. No fim, esse disco é tenebroso e é esquecido pelos fãs. 

Melhores Faixas: (.....................) 
Piores Faixas: Doing It Tonight, Bananas, Walk On, Haunted, I Got Your Number

Rapture Of The Deep – Deep Purple





















NOTA: 1,5/10


Dois anos se passaram, e a banda lança outro disco, o Rapture Of The Deep, que tentou trazer coisas novas. Após o Bananas, eles decidiram buscar um equilíbrio entre o peso e a modernidade, mantendo uma identidade mais coesa do que no disco anterior. Este álbum trouxe uma pegada mais sombria e introspectiva, com letras que exploram temas profundos e um som que remete um pouco mais ao Rock progressivo. A produção foi feita novamente por Michael Bradford, que trouxe uma sonoridade bem balanceada, com guitarras encorpadas, teclados bem distribuídos e uma ênfase maior na atmosfera das músicas. E, como sempre, apesar de tudo estar bem tocado, ainda continuou com um som que parece uma concha de retalhos e com arranjos que são totalmente repetitivos. O repertório é horroroso, e as canções tentam ser profundas, só que o máximo de profundidade deve ter sido furar um cano de uma vizinha chata. Mas enfim, é outro disco chato e tenebroso. 

Melhores Faixas: (..................) 
Piores Faixas: Clearly Quite Absurd, Wrong Man, Back To Back, Kiss Tomorrow Goodbye

Now What?! – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Em 2013, o Deep Purple retorna lançando outro disco, Now What?!, que não trazia novidades. Após o Rapture Of The Deep, a banda manteve uma agenda intensa de turnês, mas os fãs começaram a questionar se haveria um novo trabalho. Mas uma coisa afetou a todos: Jon Lord faleceu em 2012, vítima de câncer. Apesar de Don Airey já ter assumido os teclados desde Bananas, a morte de Lord teve um impacto emocional profundo na banda e na sonoridade do novo álbum. A produção foi conduzida por Bob Ezrin, que deu meio que um acabamento refinado e cinematográfico, tendo uma pegada de Rock progressivo lembrando a banda lá no início, só que ainda tendo bastante Hard Rock, tudo isso misturando faixas longas e com aquelas melodias envolventes e aquelas atmosferas tentando ser épicas, mas continua trazendo aquele som chatíssimo. O repertório é pavoroso, com canções que são um verdadeiro tédio. No fim, é um trabalho horroroso e muito cansativo. 

Melhores Faixas: (........................................) 
Piores Faixas: Bodyline, Out Of Hand, Après Vous, Vincent Price, Uncommon Man


                                          Então é isso, um abraço e flw!!!        

domingo, 30 de março de 2025

Review: Nu Delhi do Bloodywood

                    

Nu Delhi – Bloodywood





















NOTA: 7,7/10


Há poucos dias, foi lançado o 2º álbum do Bloodywood, intitulado New Delhi (que, no caso, se refere à capital da Índia, Nova Déli). Após o ótimo álbum de estreia deles, o Rakshak, a banda acabou focando um pouco mais em suas turnês, além de estar presente em vários trabalhos sociais. Recentemente, eles fecharam contrato com a gravadora americana independente Fearless, muito pensando em uma carreira internacional extensa. A produção, novamente conduzida por Karan Katiyar, que ficou meticulosa, equilibrando a intensidade do Metal moderno com a riqueza dos instrumentos tradicionais indianos. Os vocais do Jayant Bhadula e Raoul Kerr vão desde um lado melódico ao mais agressivo, mas, assim, eles cometeram erros em alguns arranjos que ficam fora de ritmo. O repertório é bem legal, tendo, em sua maioria, canções agressivas, só que com algumas mais fracas. Em suma, é um belo disco, mas que trouxe algumas inconsistências. 

Melhores Faixas: Dhadak, Nu Delhi, Halla Bol 
Piores Faixas: Tadka, Bekhauf (as mina do BABYMETAL estragaram muito bem a música)

                                                         Então é isso e flw!!!    

Analisando Discografias - Deep Purple: Parte 2

                 

Machine Head – Deep Purple





















NOTA: 1,7/10


Em 1972, foi lançado o que muitos consideram um grande clássico da banda: Machine Head. Após o Fireball, o Deep Purple queria gravar um álbum ao vivo em um cassino na cidade de Montreux, na Suíça. No entanto, no dia anterior às gravações, o cassino pegou fogo durante um show do Frank Zappa, um evento que inspiraria uma das músicas desse disco. Com a necessidade de encontrar um novo local para gravar, a banda se instalou no Grand Hotel de Montreux, um prédio vazio, onde montaram um estúdio improvisado. A produção foi conduzida por eles mesmos, e a abordagem da gravação foi simples: captar a sonoridade explosiva da banda ao vivo no estúdio, sem muitos retoques ou overdubs. E, apesar de tudo estar realmente bem tocado e com as ótimas linhas vocais de Ian Gillan, tudo aqui continuou sem graça, sendo uma imitação do Led Zeppelin e Black Sabbath. O repertório é bem fraquinho, com canções muito chatas. Apesar de ser ousado, é um álbum ruim e superestimado. 

Melhores Faixas: (........sério que tratam isso como clássico?.......) 
Piores Faixas: Space Truckin', Maybe I'm A Leo, Pictures Of Home, Smoke On The Water (a música inspirada no incêndio que aconteceu no show do Zappa)

Who Do We Think We Are – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Mais um ano se passou, e o Deep Purple lançou outro disco, o Who Do We Think We Are. Após o superestimadíssimo Machine Head, eles gravaram um álbum ao vivo intitulado Made in Japan, que também foi um sucesso. Só que o ritmo incessante de shows e gravações criou atritos, especialmente entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore, levando a tensões que prejudicaram a coesão do grupo. A pressão da gravadora Universal para lançar um novo disco rapidamente contribuiu para o estresse. A produção foi aquela mesma de sempre, mantendo a pegada do Hard Rock, mas com um toque mais bluesy e menos agressivo que seu antecessor. Só que o problema foram essas gravações fragmentadas e a falta de unidade criativa entre os membros. Mesmo com cada um se esforçando, tudo parece uma colcha de retalhos esquisita. O repertório é bem ruim, com canções completamente patéticas. No fim, é outro disco fraco e bem desgastante. 

Melhores Faixas: (..............) 
Piores Faixas: Rat Bat Blue, Our Lady, Super Trouper

Burn – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Então, entra mais um ano, e o Deep Purple lança outro disco intitulado Burn, que trazia novidades. Após o Who Do We Think We Are, as tensões entre Ritchie Blackmore e Ian Gillan haviam se tornado insustentáveis, e Gillan decidiu sair da banda. Pouco depois, Roger Glover também foi demitido, supostamente por influência de Blackmore. A busca por um novo vocalista levou a banda a David Coverdale, um cantor relativamente desconhecido. Paralelamente, Glenn Hughes, do Trapeze, foi convidado para assumir o baixo e também dividir os vocais com Coverdale. A produção foi quase a mesma de sempre, mantendo aquele som pesado e orgânico, mas com uma sonoridade mais polida e dinâmica devido à influência de Hughes e Coverdale, já que um era puxado para o Blues e o outro para o Soul/Funk. Mas tudo ficou confuso e genérico. O repertório é terrível, com canções que são pseudo-animadas. Enfim, é mais um disco horroroso, e ainda viria mais um. 

Melhores Faixas: (.....................) 
Piores Faixas: What's Goin' On Here, You Fool No One, Burn, "A" 200

Stormbringer – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Alguns meses depois, ainda em 1974, o Deep Purple lançou seu 9º álbum, o Stormbringer. Após o Burn, eles decidiram aprofundar-se ainda mais nas influências de Funk, Soul music e R&B. Só que havia uma insatisfação de Blackmore com a direção musical da banda, já que ele queria continuar explorando um Hard Rock neoclássico, e isso fazia com que a formação do Mark III tivesse seus dias contados. A produção foi feita pela banda junto com o agora experiente Martin Birch, que deixou a sonoridade mais refinada e acessível do que a de seus antecessores, com uma ênfase maior em arranjos melódicos e harmonias vocais. O contraste entre o timbre rouco e poderoso de Coverdale e as harmonias altas e cheias de groove de Hughes tornou tudo muito maçante, chegando a ser irritante. O repertório é fraquíssimo e cheio de canções terríveis. No fim, é um disco tão ruim que dá para entender por que alguns fãs não gostam. 

Melhores Faixas (......zzzzzzz.....) 
Piores Faixas: You Can't Do It Right (With The One You Love), Lady Double Dealer, Love Don't Mean A Thing, Soldier Of Fortune

Come Taste The Band – Deep Purple






















NOTA: 1/10


No ano seguinte, foi lançado mais um disco, o Come Taste the Band (o capa esquisita). Após o Stormbringer, Ritchie Blackmore, que estava cada vez mais frustrado com os rumos musicais do Deep Purple, decidiu sair da banda, formando, pouco tempo depois, o Rainbow. Sem Blackmore, muitos acreditavam que o Deep Purple chegaria ao fim. Só que eles continuaram e chamaram Tommy Bolin, um jovem guitarrista americano com passagens pelo Zephyr, James Gang e com trabalhos solo elogiados. A produção foi praticamente a mesma, deixando tudo ainda mais refinado e polido, com um foco maior em grooves e melodias sofisticadas. Eles tentaram fazer uma junção de Hard Rock com Blues e Funk Rock, só que as harmonias são muito desequilibradas e os arranjos fracos. Resultando em um repertório muito ruim, com canções péssimas e enjoativas. Em suma, é um trabalho ridículo e que levaria ao fim temporário da banda. 

Melhores Faixas: (.............) 
Piores Faixas: This Time Around / Owed To 'G', Gettin' Tighter, I Need Love, You Keep On Moving

Perfect Strangers – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Então, se passaram nove anos, e o Deep Purple retorna lançando o superestimadíssimo Perfect Strangers. Após o Come Taste the Band, chegou o fim da formação Mark IV em 1976, e os ex-integrantes do Deep Purple seguiram caminhos separados. Até que, em 1983, conversas começaram a acontecer entre os membros da Mark II, impulsionadas pela vontade do Ian Gillan e Ritchie Blackmore de voltarem a trabalhar juntos. Apesar de suas conhecidas diferenças, ambos perceberam que havia uma demanda dos fãs pelo retorno da formação clássica da banda. A produção, feita em sua maioria por Roger Glover, ficou mais limpa e moderna em comparação aos álbuns da década de 70. No entanto, a banda manteve sua identidade intacta, com riffs pesados, solos virtuosos e o inconfundível Hammond de Jon Lord  e, logicamente, com uma sonoridade chatíssima. O repertório, novamente, é péssimo e com canções sem emoção. No fim, é só mais um trabalho horroroso. 

Melhores Faixas: (.......era bom não ter voltado.......) 
Piores Faixas: Under The Gun, Hungry Daze, Perfect Strangers, Knocking At Your Back Door

The House Of Blue Light – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Três anos depois, a banda retorna lançando mais um disco, o The House of Blue Light. Após o insuportável Perfect Strangers, as antigas rivalidades entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore começaram a ressurgir, tornando o processo de gravação mais difícil e arrastado. Gillan queria seguir uma abordagem mais espontânea e enérgica, enquanto Blackmore estava focado em um som mais técnico e sofisticado. A produção foi conduzida, em sua maioria, por Roger Glover, com o restante da banda ajudando. Ele trouxe um toque mais polido, típico da produção dos anos 80, com camadas de teclados, uso de sintetizadores e uma mixagem mais cristalina. O próprio Glover, junto com Jon Lord, usou teclados atmosféricos, enquanto a guitarra do Blackmore explorou um lado mais técnico, só que tudo ficou massivo e com um som medíocre. O repertório é pavoroso, e as canções são muito genéricas e vazias. No geral, é outro trabalho péssimo e sem uma base. 

Melhores Faixas: (.......zzzzzzz.......) 
Piores Faixas: Black & White, Bad Attitude, Dead Or Alive, The Spanish Archer, The Unwritten Law

sábado, 29 de março de 2025

Analisando Discografias - Deep Purple: Parte 1

                 

Shades of Deep Purple – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Em 1968, surgia outra banda inglesa que, de certo modo, é importantíssima: o Deep Purple, que lançava seu álbum de estreia, o Shades of Deep Purple. A banda foi formada pelo guitarrista Ritchie Blackmore, pelo tecladista Jon Lord, pelo baterista Ian Paice, pelo baixista Nick Simper e pelo vocalista Rod Evans. Nessa fase inicial, seu som misturava Rock psicodélico, o nascente Hard Rock e elementos do barroco e da música clássica, muito influenciado pelo órgão Hammond de Jon Lord. Além disso, eles assinaram contrato com a gravadora Tetragrammaton. A produção foi conduzida por Derek Lawrence, com as gravações ocorrendo no Pye Studios, em Londres, em um curto período. O resultado foi um som cru, ainda sem a identidade definitiva do Hard Rock que desenvolveriam posteriormente. No entanto, a mixagem é porca, tornando a sonoridade uma verdadeira bagunça. O repertório é horroroso, cheio de canções tediosas. Enfim, é um disco ruim e chatíssimo, e era só o começo. 

Melhores Faixas: (...........) 
Piores Faixas: Hush, One More Rainy Day, Mandrake Root, Hey Joe

The Book Of Taliesyn – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Alguns meses depois, o Deep Purple retorna lançando mais um disco, o The Book of Taliesyn. Após o Shades of Deep Purple e graças ao sucesso do single Hush, eles firmaram seu contrato com a gravadora, então decidiram fazer algo mais progressivo. O título do álbum faz referência a The Book of Taliesin, uma coleção de poesias galesas medievais atribuídas ao bardo Taliesin. A produção foi feita novamente por Derek Lawrence e mantém a sonoridade psicodélica e progressiva do álbum anterior, mas apresenta uma maior sofisticação nos arranjos e na instrumentação. Jon Lord, cada vez mais influenciado pela música clássica, incorpora passagens barrocas no órgão Hammond, criando um contraste interessante com os riffs mais diretos do Ritchie Blackmore. Só que tudo continuou bem chato, parecendo uma espécie de demo descartável do The Moody Blues. O repertório é horroroso, com canções cansativas. Em suma, é outro trabalho bem sem graça. 

Melhores Faixas: (............) 
Piores Faixas: Kentucky Woman, Listen, Learn, Read On, River Deep, Mountain High

Deep Purple – Deep Purple





















NOTA: 1,4/10


No ano seguinte, a banda lança seu 3º álbum de estúdio autointitulado, que trouxe algumas novidades. Após o The Book of Taliesyn, o Deep Purple decidiu mostrar uma abordagem mais ousada e complexa, distanciando-se do Rock psicodélico e aprofundando sua exploração do progressivo e da música clássica, mostrando a direção que a banda tomaria na formação seguinte, já que começaram a ir para o lado que futuramente chamariam de Hard Rock. A produção foi feita pela última vez por Derek Lawrence, apresentando um som mais elaborado do que os anteriores, refletindo a crescente confiança da banda em suas habilidades de composição e execução. Além disso, deram uma maior ênfase à instrumentação sofisticada, especialmente nos teclados do Jon Lord, só que ainda continuaram fazendo uma sonoridade muito chata e com falta de imersão. O repertório, novamente, é fraquíssimo, e as canções são enjoativas. Enfim, é outro trabalho ruim, mas que teve uma diversificação. 

Melhores Faixas: (.....zzzzzzzz....) 
Piores Faixas: Fault Line, Bird Has Flown, Lalena, Why Didn't Rosemary?

Deep Purple In Rock – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Outro ano se passou, e o Deep Purple iniciava uma nova fase com seu 4º álbum, o Deep Purple in Rock. Após seu álbum autointitulado, o vocalista Rod Evans e o baixista Nick Simper foram substituídos por Ian Gillan e Roger Glover, respectivamente, encerrando o ciclo do Mark I e iniciando o Mark II, depois de se testarem no projeto Concerto for Group and Orchestra, uma fusão de Rock e música erudita composta por Jon Lord. O grupo abandonou as influências psicodélicas e barrocas dos primeiros álbuns para abraçar uma sonoridade mais crua e agressiva, caracterizada por riffs pesados e vocais explosivos. A produção foi feita por eles mesmos, com uma abordagem mais agressiva e voltada para capturar a energia bruta da banda, mas, apesar de terem sido essenciais para o Hard Rock e o Heavy Metal, ainda continuou sendo tedioso. O repertório, apesar de ter canções mais energéticas, é bem chatinho. Em suma, é um disco exaustivo e muito ruim. 

Melhores Faixas: (.............) 
Piores Faixas: Speed King, Hard Lovin' Man, Child In Time (uma cassetada de solos sonolentos)

Fireball – Deep Purple





















NOTA: 1/10


No ano seguinte, foi lançado seu 5º álbum, o Fireball, com a banda um pouco mais formatada. Após o Deep Purple in Rock, a pressão da gravadora Harvest, que também lançou o álbum anterior, era grande, além de as turnês terem os deixado bastante cansados. Foi nesse momento que começaram os conflitos internos entre Ritchie Blackmore e Ian Gillan. Só que, mesmo com tudo isso (infelizmente), eles conseguiram terminar a gravação desse disco. A produção foi novamente conduzida por eles mesmos e contou com Martin Birch como engenheiro de som. Aqui, a banda testou novas abordagens rítmicas, efeitos sonoros e até elementos de boogie e country. Um dos avanços técnicos mais significativos foi o uso de um pedal de fuzz no baixo de Roger Glover, o que deu um peso extra às composições, só que, apesar disso, tudo é bem chato, com eles imitando o Black Sabbath. O repertório é fraquíssimo e recheado de canções sem graça. No final de tudo, é outro álbum péssimo e dispensável. 

Melhores Faixas (........oh chatice........) 
Piores Faixas: The Mule, Fireball, Demon's Eye
  

    Então um abraço e flw!!!            

sexta-feira, 28 de março de 2025

Analisando Discografias - Glenn Hughes: Parte 2

                 

The Way It Is – Glenn Hughes





















NOTA: 6/10


Três anos se passaram, e Glenn Hughes lança seu 6º disco, intitulado The Way It Is. Após o Addiction, Hughes decidiu explorar um som mais moderno, fundindo Hard Rock, Funk e elementos alternativos. O álbum reflete uma abordagem mais introspectiva, com letras que variam entre reflexão pessoal e temas mais espirituais. A produção, conduzida novamente pelo baixista, com a ajuda de Michael Scott, resultou em um som polido, onde guitarras pesadas convivem com grooves funkeados. Os vocais do Hughes continuam sendo o grande destaque, demonstrando sua capacidade de alternar entre potência e sutileza. No entanto, em alguns momentos há exageros vocais que comprometem a imersão, tornando certos trechos solo um tanto enjoativos. O repertório é irregular, com canções melódicas muito legais e outras bastante sem graça. No fim, se mostra um trabalho mediano, que carece de um melhor preenchimento. 

Melhores Faixas: You Kill Me, Too Far Gone, Curse 
Piores Faixas: Second Son, Neverafter, The Truth Will Set Me Free

Building The Machine – Glenn Hughes





















NOTA: 5,6/10


Indo para 2001, Glenn Hughes lança mais um disco, o Building The Machine, que seguiu um caminho mais tematizado. Após o mediano The Way It Is, Hughes ainda queria aprofundar a estética anterior. Para isso, juntou influências que iam desde Led Zeppelin e Deep Purple até Stevie Wonder e Prince, tentando levar tudo para um lado ainda mais profundo. A produção foi conduzida novamente pela dupla citada antes, que insistiu em um som limpo e em uma abordagem orgânica, permitindo que a música fluísse naturalmente, sem o uso excessivo de overdubs ou manipulações digitais. No entanto, a sonoridade acaba ficando confusa, já que, na maior parte do tempo, o álbum aposta no Funk Rock, mas tenta ser um Hard Rock sem identidade e nem os músicos convidados conseguem salvar. Com isso, o repertório é fraco, com algumas canções legais e outras bem chatinhas. No final, é um trabalho muito mediano, que repete os erros de seu antecessor. 

Melhores Faixas: Don't Let It Slip Away, Big Sky, I Just Want To Celebrate 
Piores Faixas: Highball Shooter, Beyond The Numb, Out On Me

Songs In The Key Of Rock – Glenn Hughes





















NOTA: 8,4/10


Dois anos se passaram, e o baixista volta lançando mais um disco, o Songs In The Key Of Rock. Após o Building The Machine, Glenn Hughes decidiu resgatar um pouco do Rock clássico, especialmente o som pesado e vibrante da década de 70, muito inspirado pelo Led Zeppelin e por seu próprio trabalho no Deep Purple. A produção foi conduzida por ele junto com o guitarrista Jeff Kollman, resultando em uma sonoridade crua, energética e direta, sem excessos de produção ou efeitos modernos. O álbum equilibra o peso do Hard Rock com a fluidez do Funk Rock, elementos que sempre marcaram o estilo do Hughes. O repertório é muito legal, com canções atmosféricas e envolventes, remetendo à sonoridade dos anos 70. No geral, é um ótimo disco, com muitos acertos. 

Melhores Faixas: Standing On The Rock, Higher Places (Song For Bonzo) 
Vale a Pena Ouvir: The Truth, Lost In The Zone, Gasoline

Soul Mover – Glenn Hughes





















NOTA: 9,2/10


Mais um tempo se passou e, em 2005, Glenn Hughes teve um ano movimentado, lançando Soul Mover. Após o Songs In The Key Of Rock, ele decidiu focar em um trabalho mais groovado e orgânico, com bastante presença do baixo e arranjos dinâmicos, mergulhando totalmente nas bases do Funk Rock, mas misturando um pouco de Blues. A produção foi feita por ele junto com Chad Smith (baterista do Red Hot Chili Peppers), com alguns toques de Fabrizio Grossi, que garantiram um som vibrante, bem equilibrado e com bastante presença dos instrumentos. Diferente de alguns discos anteriores de Hughes, que tinham uma produção mais polida, aqui a abordagem é mais crua e energética, muitas vezes parecendo uma gravação ao vivo de estúdio, tudo muito bem manuseado. Com isso, o repertório é excelente, com canções muito boas e bem divertidas. Em suma, é um baita disco e totalmente consistente. 

Melhores Faixas: Change Yourself, Isolation, Darkstar, She Moves Ghostly 
Vale a Pena Ouvir: Miss Little Insane, High Road, Don't Let Me Bleed

Music For The Divide – Glenn Hughes




















NOTA: 8,3/10


Passaram-se alguns meses, e Glenn Hughes lançou outro disco, o Music For The Divine. Após o Soul Mover, o ex-Deep Purple decidiu seguir um caminho ainda mais maduro e introspectivo, com o foco não tanto no peso do Hard Rock, mas na profundidade emocional das composições. Com isso, ele buscou uma abordagem mais espiritual. A produção foi conduzida por ele junto com Chad Smith, resultando em uma sonoridade equilibrada entre Blues, Hard Rock e Funk Rock. A gravação foi feita de forma caseira, o que trouxe um tom mais orgânico ao disco, como se os músicos estivessem simplesmente tocando juntos, sem pressões externas, deixando os arranjos bem consistentes e com um toque de imersão. Isso se reflete em um repertório muito legal, com canções melódicas e outras mais pesadas. No fim, é um ótimo disco e um dos mais maduros de sua carreira. 

Melhores Faixas: Frail, Nights In White Satin 
Vale a Pena Ouvir: Steppin' On, This Is How I Feel, You Got Soul

First Underground Nuclear Kitchen – Glenn Hughes





















NOTA: 3/10


Depois de dois anos, Glenn Hughes retorna lançando outro álbum, o First Underground Nuclear Kitchen. Após o Music For The Divine, ele quis que esse novo trabalho fosse uma fusão da música negra levada a um novo patamar, com baixos encorpados, grooves dançantes e performances vocais carregadas de emoção e técnica. O título do disco reflete essa explosão de influências, misturando a visceralidade do Funk com a intensidade do Rock, criando uma sonoridade única e energética. A produção, feita inteiramente pelo próprio baixista, trouxe uma sonoridade mais profunda às suas influências de Funk e Soul, mas sem perder o peso do Hard Rock. Hughes apostou fortemente no groove e no baixo como elemento central, só que há muita inconsistência, com ritmos repetitivos e sem graça. O repertório é muito ruim, com poucas canções interessantes e o restante bastante genérico. Enfim, é um disco fraco que não funcionou. 

Melhores Faixas: Imperfection, Crave, Too Late To Save The World 
Piores Faixas: Oil And Water, Never Say Never, Where There's A Will..., Love Communion

Resonate – Glenn Hughes





















NOTA: 9/10


Passaram-se oito anos, e foi lançado o último álbum do Glenn Hughes até o momento, o Resonate. Após o First Underground Nuclear Kitchen, o baixista fez parte de uma banda com Joe Bonamassa, Derek Sherinian e Jason Bonham, além de integrar o supergrupo California Breed, mas tudo isso acabou ficando em segundo plano. Isso porque ele decidiu criar um novo trabalho que refletisse um pouco mais de sua trajetória ao longo dos anos. A produção, conduzida por ele mesmo junto com o guitarrista Søren Andersen, resultou em um som denso, pesado e vibrante. Misturando Hard Rock e Blues, o álbum traz uma sonoridade vigorosa e moderna, além de enfatizar grandes riffs, bateria marcante e vocais imponentes, resultando em um trabalho visceral e cheio de energia. O repertório é muito bom, repleto de canções energéticas e que também exploram um lado mais agressivo. No final de tudo, é um belo disco e um dos mais pesados de sua carreira. 

Melhores Faixas: My Town, Long Time Gone, God Of Money 
Vale a Pena Ouvir: Let It Shine, Heavy, When I Fall

    Então um abraço e flw!!!          

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

                     Eu Odeio o Dia Dos Namorados – Orochi NOTA: 3,8/10 E novamente o Orochi retorna lançando mais um trabalho novo, o Eu Od...