domingo, 30 de março de 2025

Analisando Discografias - Deep Purple: Parte 2

                 

Machine Head – Deep Purple





















NOTA: 1,7/10


Em 1972, foi lançado o que muitos consideram um grande clássico da banda: Machine Head. Após o Fireball, o Deep Purple queria gravar um álbum ao vivo em um cassino na cidade de Montreux, na Suíça. No entanto, no dia anterior às gravações, o cassino pegou fogo durante um show do Frank Zappa, um evento que inspiraria uma das músicas desse disco. Com a necessidade de encontrar um novo local para gravar, a banda se instalou no Grand Hotel de Montreux, um prédio vazio, onde montaram um estúdio improvisado. A produção foi conduzida por eles mesmos, e a abordagem da gravação foi simples: captar a sonoridade explosiva da banda ao vivo no estúdio, sem muitos retoques ou overdubs. E, apesar de tudo estar realmente bem tocado e com as ótimas linhas vocais de Ian Gillan, tudo aqui continuou sem graça, sendo uma imitação do Led Zeppelin e Black Sabbath. O repertório é bem fraquinho, com canções muito chatas. Apesar de ser ousado, é um álbum ruim e superestimado. 

Melhores Faixas: (........sério que tratam isso como clássico?.......) 
Piores Faixas: Space Truckin', Maybe I'm A Leo, Pictures Of Home, Smoke On The Water (a música inspirada no incêndio que aconteceu no show do Zappa)

Who Do We Think We Are – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Mais um ano se passou, e o Deep Purple lançou outro disco, o Who Do We Think We Are. Após o superestimadíssimo Machine Head, eles gravaram um álbum ao vivo intitulado Made in Japan, que também foi um sucesso. Só que o ritmo incessante de shows e gravações criou atritos, especialmente entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore, levando a tensões que prejudicaram a coesão do grupo. A pressão da gravadora Universal para lançar um novo disco rapidamente contribuiu para o estresse. A produção foi aquela mesma de sempre, mantendo a pegada do Hard Rock, mas com um toque mais bluesy e menos agressivo que seu antecessor. Só que o problema foram essas gravações fragmentadas e a falta de unidade criativa entre os membros. Mesmo com cada um se esforçando, tudo parece uma colcha de retalhos esquisita. O repertório é bem ruim, com canções completamente patéticas. No fim, é outro disco fraco e bem desgastante. 

Melhores Faixas: (..............) 
Piores Faixas: Rat Bat Blue, Our Lady, Super Trouper

Burn – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Então, entra mais um ano, e o Deep Purple lança outro disco intitulado Burn, que trazia novidades. Após o Who Do We Think We Are, as tensões entre Ritchie Blackmore e Ian Gillan haviam se tornado insustentáveis, e Gillan decidiu sair da banda. Pouco depois, Roger Glover também foi demitido, supostamente por influência de Blackmore. A busca por um novo vocalista levou a banda a David Coverdale, um cantor relativamente desconhecido. Paralelamente, Glenn Hughes, do Trapeze, foi convidado para assumir o baixo e também dividir os vocais com Coverdale. A produção foi quase a mesma de sempre, mantendo aquele som pesado e orgânico, mas com uma sonoridade mais polida e dinâmica devido à influência de Hughes e Coverdale, já que um era puxado para o Blues e o outro para o Soul/Funk. Mas tudo ficou confuso e genérico. O repertório é terrível, com canções que são pseudo-animadas. Enfim, é mais um disco horroroso, e ainda viria mais um. 

Melhores Faixas: (.....................) 
Piores Faixas: What's Goin' On Here, You Fool No One, Burn, "A" 200

Stormbringer – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Alguns meses depois, ainda em 1974, o Deep Purple lançou seu 9º álbum, o Stormbringer. Após o Burn, eles decidiram aprofundar-se ainda mais nas influências de Funk, Soul music e R&B. Só que havia uma insatisfação de Blackmore com a direção musical da banda, já que ele queria continuar explorando um Hard Rock neoclássico, e isso fazia com que a formação do Mark III tivesse seus dias contados. A produção foi feita pela banda junto com o agora experiente Martin Birch, que deixou a sonoridade mais refinada e acessível do que a de seus antecessores, com uma ênfase maior em arranjos melódicos e harmonias vocais. O contraste entre o timbre rouco e poderoso de Coverdale e as harmonias altas e cheias de groove de Hughes tornou tudo muito maçante, chegando a ser irritante. O repertório é fraquíssimo e cheio de canções terríveis. No fim, é um disco tão ruim que dá para entender por que alguns fãs não gostam. 

Melhores Faixas (......zzzzzzz.....) 
Piores Faixas: You Can't Do It Right (With The One You Love), Lady Double Dealer, Love Don't Mean A Thing, Soldier Of Fortune

Come Taste The Band – Deep Purple






















NOTA: 1/10


No ano seguinte, foi lançado mais um disco, o Come Taste the Band (o capa esquisita). Após o Stormbringer, Ritchie Blackmore, que estava cada vez mais frustrado com os rumos musicais do Deep Purple, decidiu sair da banda, formando, pouco tempo depois, o Rainbow. Sem Blackmore, muitos acreditavam que o Deep Purple chegaria ao fim. Só que eles continuaram e chamaram Tommy Bolin, um jovem guitarrista americano com passagens pelo Zephyr, James Gang e com trabalhos solo elogiados. A produção foi praticamente a mesma, deixando tudo ainda mais refinado e polido, com um foco maior em grooves e melodias sofisticadas. Eles tentaram fazer uma junção de Hard Rock com Blues e Funk Rock, só que as harmonias são muito desequilibradas e os arranjos fracos. Resultando em um repertório muito ruim, com canções péssimas e enjoativas. Em suma, é um trabalho ridículo e que levaria ao fim temporário da banda. 

Melhores Faixas: (.............) 
Piores Faixas: This Time Around / Owed To 'G', Gettin' Tighter, I Need Love, You Keep On Moving

Perfect Strangers – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Então, se passaram nove anos, e o Deep Purple retorna lançando o superestimadíssimo Perfect Strangers. Após o Come Taste the Band, chegou o fim da formação Mark IV em 1976, e os ex-integrantes do Deep Purple seguiram caminhos separados. Até que, em 1983, conversas começaram a acontecer entre os membros da Mark II, impulsionadas pela vontade do Ian Gillan e Ritchie Blackmore de voltarem a trabalhar juntos. Apesar de suas conhecidas diferenças, ambos perceberam que havia uma demanda dos fãs pelo retorno da formação clássica da banda. A produção, feita em sua maioria por Roger Glover, ficou mais limpa e moderna em comparação aos álbuns da década de 70. No entanto, a banda manteve sua identidade intacta, com riffs pesados, solos virtuosos e o inconfundível Hammond de Jon Lord  e, logicamente, com uma sonoridade chatíssima. O repertório, novamente, é péssimo e com canções sem emoção. No fim, é só mais um trabalho horroroso. 

Melhores Faixas: (.......era bom não ter voltado.......) 
Piores Faixas: Under The Gun, Hungry Daze, Perfect Strangers, Knocking At Your Back Door

The House Of Blue Light – Deep Purple





















NOTA: 1/10


Três anos depois, a banda retorna lançando mais um disco, o The House of Blue Light. Após o insuportável Perfect Strangers, as antigas rivalidades entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore começaram a ressurgir, tornando o processo de gravação mais difícil e arrastado. Gillan queria seguir uma abordagem mais espontânea e enérgica, enquanto Blackmore estava focado em um som mais técnico e sofisticado. A produção foi conduzida, em sua maioria, por Roger Glover, com o restante da banda ajudando. Ele trouxe um toque mais polido, típico da produção dos anos 80, com camadas de teclados, uso de sintetizadores e uma mixagem mais cristalina. O próprio Glover, junto com Jon Lord, usou teclados atmosféricos, enquanto a guitarra do Blackmore explorou um lado mais técnico, só que tudo ficou massivo e com um som medíocre. O repertório é pavoroso, e as canções são muito genéricas e vazias. No geral, é outro trabalho péssimo e sem uma base. 

Melhores Faixas: (.......zzzzzzz.......) 
Piores Faixas: Black & White, Bad Attitude, Dead Or Alive, The Spanish Archer, The Unwritten Law

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

                     Eu Odeio o Dia Dos Namorados – Orochi NOTA: 3,8/10 E novamente o Orochi retorna lançando mais um trabalho novo, o Eu Od...