sexta-feira, 28 de março de 2025

Analisando Discografias - Glenn Hughes: Parte 2

                 

The Way It Is – Glenn Hughes





















NOTA: 6/10


Três anos se passaram, e Glenn Hughes lança seu 6º disco, intitulado The Way It Is. Após o Addiction, Hughes decidiu explorar um som mais moderno, fundindo Hard Rock, Funk e elementos alternativos. O álbum reflete uma abordagem mais introspectiva, com letras que variam entre reflexão pessoal e temas mais espirituais. A produção, conduzida novamente pelo baixista, com a ajuda de Michael Scott, resultou em um som polido, onde guitarras pesadas convivem com grooves funkeados. Os vocais do Hughes continuam sendo o grande destaque, demonstrando sua capacidade de alternar entre potência e sutileza. No entanto, em alguns momentos há exageros vocais que comprometem a imersão, tornando certos trechos solo um tanto enjoativos. O repertório é irregular, com canções melódicas muito legais e outras bastante sem graça. No fim, se mostra um trabalho mediano, que carece de um melhor preenchimento. 

Melhores Faixas: You Kill Me, Too Far Gone, Curse 
Piores Faixas: Second Son, Neverafter, The Truth Will Set Me Free

Building The Machine – Glenn Hughes





















NOTA: 5,6/10


Indo para 2001, Glenn Hughes lança mais um disco, o Building The Machine, que seguiu um caminho mais tematizado. Após o mediano The Way It Is, Hughes ainda queria aprofundar a estética anterior. Para isso, juntou influências que iam desde Led Zeppelin e Deep Purple até Stevie Wonder e Prince, tentando levar tudo para um lado ainda mais profundo. A produção foi conduzida novamente pela dupla citada antes, que insistiu em um som limpo e em uma abordagem orgânica, permitindo que a música fluísse naturalmente, sem o uso excessivo de overdubs ou manipulações digitais. No entanto, a sonoridade acaba ficando confusa, já que, na maior parte do tempo, o álbum aposta no Funk Rock, mas tenta ser um Hard Rock sem identidade e nem os músicos convidados conseguem salvar. Com isso, o repertório é fraco, com algumas canções legais e outras bem chatinhas. No final, é um trabalho muito mediano, que repete os erros de seu antecessor. 

Melhores Faixas: Don't Let It Slip Away, Big Sky, I Just Want To Celebrate 
Piores Faixas: Highball Shooter, Beyond The Numb, Out On Me

Songs In The Key Of Rock – Glenn Hughes





















NOTA: 8,4/10


Dois anos se passaram, e o baixista volta lançando mais um disco, o Songs In The Key Of Rock. Após o Building The Machine, Glenn Hughes decidiu resgatar um pouco do Rock clássico, especialmente o som pesado e vibrante da década de 70, muito inspirado pelo Led Zeppelin e por seu próprio trabalho no Deep Purple. A produção foi conduzida por ele junto com o guitarrista Jeff Kollman, resultando em uma sonoridade crua, energética e direta, sem excessos de produção ou efeitos modernos. O álbum equilibra o peso do Hard Rock com a fluidez do Funk Rock, elementos que sempre marcaram o estilo do Hughes. O repertório é muito legal, com canções atmosféricas e envolventes, remetendo à sonoridade dos anos 70. No geral, é um ótimo disco, com muitos acertos. 

Melhores Faixas: Standing On The Rock, Higher Places (Song For Bonzo) 
Vale a Pena Ouvir: The Truth, Lost In The Zone, Gasoline

Soul Mover – Glenn Hughes





















NOTA: 9,2/10


Mais um tempo se passou e, em 2005, Glenn Hughes teve um ano movimentado, lançando Soul Mover. Após o Songs In The Key Of Rock, ele decidiu focar em um trabalho mais groovado e orgânico, com bastante presença do baixo e arranjos dinâmicos, mergulhando totalmente nas bases do Funk Rock, mas misturando um pouco de Blues. A produção foi feita por ele junto com Chad Smith (baterista do Red Hot Chili Peppers), com alguns toques de Fabrizio Grossi, que garantiram um som vibrante, bem equilibrado e com bastante presença dos instrumentos. Diferente de alguns discos anteriores de Hughes, que tinham uma produção mais polida, aqui a abordagem é mais crua e energética, muitas vezes parecendo uma gravação ao vivo de estúdio, tudo muito bem manuseado. Com isso, o repertório é excelente, com canções muito boas e bem divertidas. Em suma, é um baita disco e totalmente consistente. 

Melhores Faixas: Change Yourself, Isolation, Darkstar, She Moves Ghostly 
Vale a Pena Ouvir: Miss Little Insane, High Road, Don't Let Me Bleed

Music For The Divide – Glenn Hughes




















NOTA: 8,3/10


Passaram-se alguns meses, e Glenn Hughes lançou outro disco, o Music For The Divine. Após o Soul Mover, o ex-Deep Purple decidiu seguir um caminho ainda mais maduro e introspectivo, com o foco não tanto no peso do Hard Rock, mas na profundidade emocional das composições. Com isso, ele buscou uma abordagem mais espiritual. A produção foi conduzida por ele junto com Chad Smith, resultando em uma sonoridade equilibrada entre Blues, Hard Rock e Funk Rock. A gravação foi feita de forma caseira, o que trouxe um tom mais orgânico ao disco, como se os músicos estivessem simplesmente tocando juntos, sem pressões externas, deixando os arranjos bem consistentes e com um toque de imersão. Isso se reflete em um repertório muito legal, com canções melódicas e outras mais pesadas. No fim, é um ótimo disco e um dos mais maduros de sua carreira. 

Melhores Faixas: Frail, Nights In White Satin 
Vale a Pena Ouvir: Steppin' On, This Is How I Feel, You Got Soul

First Underground Nuclear Kitchen – Glenn Hughes





















NOTA: 3/10


Depois de dois anos, Glenn Hughes retorna lançando outro álbum, o First Underground Nuclear Kitchen. Após o Music For The Divine, ele quis que esse novo trabalho fosse uma fusão da música negra levada a um novo patamar, com baixos encorpados, grooves dançantes e performances vocais carregadas de emoção e técnica. O título do disco reflete essa explosão de influências, misturando a visceralidade do Funk com a intensidade do Rock, criando uma sonoridade única e energética. A produção, feita inteiramente pelo próprio baixista, trouxe uma sonoridade mais profunda às suas influências de Funk e Soul, mas sem perder o peso do Hard Rock. Hughes apostou fortemente no groove e no baixo como elemento central, só que há muita inconsistência, com ritmos repetitivos e sem graça. O repertório é muito ruim, com poucas canções interessantes e o restante bastante genérico. Enfim, é um disco fraco que não funcionou. 

Melhores Faixas: Imperfection, Crave, Too Late To Save The World 
Piores Faixas: Oil And Water, Never Say Never, Where There's A Will..., Love Communion

Resonate – Glenn Hughes





















NOTA: 9/10


Passaram-se oito anos, e foi lançado o último álbum do Glenn Hughes até o momento, o Resonate. Após o First Underground Nuclear Kitchen, o baixista fez parte de uma banda com Joe Bonamassa, Derek Sherinian e Jason Bonham, além de integrar o supergrupo California Breed, mas tudo isso acabou ficando em segundo plano. Isso porque ele decidiu criar um novo trabalho que refletisse um pouco mais de sua trajetória ao longo dos anos. A produção, conduzida por ele mesmo junto com o guitarrista Søren Andersen, resultou em um som denso, pesado e vibrante. Misturando Hard Rock e Blues, o álbum traz uma sonoridade vigorosa e moderna, além de enfatizar grandes riffs, bateria marcante e vocais imponentes, resultando em um trabalho visceral e cheio de energia. O repertório é muito bom, repleto de canções energéticas e que também exploram um lado mais agressivo. No final de tudo, é um belo disco e um dos mais pesados de sua carreira. 

Melhores Faixas: My Town, Long Time Gone, God Of Money 
Vale a Pena Ouvir: Let It Shine, Heavy, When I Fall

    Então um abraço e flw!!!          

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