The Way It Is – Glenn Hughes
NOTA: 6/10
Três anos se passaram, e Glenn Hughes lança seu 6º disco, intitulado The Way It Is. Após o Addiction, Hughes decidiu explorar um som mais moderno, fundindo Hard Rock, Funk e elementos alternativos. O álbum reflete uma abordagem mais introspectiva, com letras que variam entre reflexão pessoal e temas mais espirituais. A produção, conduzida novamente pelo baixista, com a ajuda de Michael Scott, resultou em um som polido, onde guitarras pesadas convivem com grooves funkeados. Os vocais do Hughes continuam sendo o grande destaque, demonstrando sua capacidade de alternar entre potência e sutileza. No entanto, em alguns momentos há exageros vocais que comprometem a imersão, tornando certos trechos solo um tanto enjoativos. O repertório é irregular, com canções melódicas muito legais e outras bastante sem graça. No fim, se mostra um trabalho mediano, que carece de um melhor preenchimento.
Melhores Faixas: You Kill Me, Too Far Gone, Curse
Piores Faixas: Second Son, Neverafter, The Truth Will Set Me Free
Building The Machine – Glenn Hughes
NOTA: 5,6/10
Indo para 2001, Glenn Hughes lança mais um disco, o Building The Machine, que seguiu um caminho mais tematizado. Após o mediano The Way It Is, Hughes ainda queria aprofundar a estética anterior. Para isso, juntou influências que iam desde Led Zeppelin e Deep Purple até Stevie Wonder e Prince, tentando levar tudo para um lado ainda mais profundo. A produção foi conduzida novamente pela dupla citada antes, que insistiu em um som limpo e em uma abordagem orgânica, permitindo que a música fluísse naturalmente, sem o uso excessivo de overdubs ou manipulações digitais. No entanto, a sonoridade acaba ficando confusa, já que, na maior parte do tempo, o álbum aposta no Funk Rock, mas tenta ser um Hard Rock sem identidade e nem os músicos convidados conseguem salvar. Com isso, o repertório é fraco, com algumas canções legais e outras bem chatinhas. No final, é um trabalho muito mediano, que repete os erros de seu antecessor.
Melhores Faixas: Don't Let It Slip Away, Big Sky, I Just Want To Celebrate
Piores Faixas: Highball Shooter, Beyond The Numb, Out On Me
Songs In The Key Of Rock – Glenn Hughes
NOTA: 8,4/10
Melhores Faixas: Standing On The Rock, Higher Places (Song For Bonzo)
Vale a Pena Ouvir: The Truth, Lost In The Zone, Gasoline
Soul Mover – Glenn Hughes
NOTA: 9,2/10
Mais um tempo se passou e, em 2005, Glenn Hughes teve um ano movimentado, lançando Soul Mover. Após o Songs In The Key Of Rock, ele decidiu focar em um trabalho mais groovado e orgânico, com bastante presença do baixo e arranjos dinâmicos, mergulhando totalmente nas bases do Funk Rock, mas misturando um pouco de Blues. A produção foi feita por ele junto com Chad Smith (baterista do Red Hot Chili Peppers), com alguns toques de Fabrizio Grossi, que garantiram um som vibrante, bem equilibrado e com bastante presença dos instrumentos. Diferente de alguns discos anteriores de Hughes, que tinham uma produção mais polida, aqui a abordagem é mais crua e energética, muitas vezes parecendo uma gravação ao vivo de estúdio, tudo muito bem manuseado. Com isso, o repertório é excelente, com canções muito boas e bem divertidas. Em suma, é um baita disco e totalmente consistente.
Melhores Faixas: Change Yourself, Isolation, Darkstar, She Moves Ghostly
Vale a Pena Ouvir: Miss Little Insane, High Road, Don't Let Me Bleed
Music For The Divide – Glenn Hughes
NOTA: 8,3/10
Passaram-se alguns meses, e Glenn Hughes lançou outro disco, o Music For The Divine. Após o Soul Mover, o ex-Deep Purple decidiu seguir um caminho ainda mais maduro e introspectivo, com o foco não tanto no peso do Hard Rock, mas na profundidade emocional das composições. Com isso, ele buscou uma abordagem mais espiritual. A produção foi conduzida por ele junto com Chad Smith, resultando em uma sonoridade equilibrada entre Blues, Hard Rock e Funk Rock. A gravação foi feita de forma caseira, o que trouxe um tom mais orgânico ao disco, como se os músicos estivessem simplesmente tocando juntos, sem pressões externas, deixando os arranjos bem consistentes e com um toque de imersão. Isso se reflete em um repertório muito legal, com canções melódicas e outras mais pesadas. No fim, é um ótimo disco e um dos mais maduros de sua carreira.
Melhores Faixas: Frail, Nights In White Satin
Vale a Pena Ouvir: Steppin' On, This Is How I Feel, You Got Soul
First Underground Nuclear Kitchen – Glenn Hughes
NOTA: 3/10
Melhores Faixas: Imperfection, Crave, Too Late To Save The World
Piores Faixas: Oil And Water, Never Say Never, Where There's A Will..., Love Communion
Resonate – Glenn Hughes
NOTA: 9/10
Melhores Faixas: My Town, Long Time Gone, God Of Money
Vale a Pena Ouvir: Let It Shine, Heavy, When I Fall
Então um abraço e flw!!!