terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Review: Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido do MC Cabelinho

                    

Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido – MC Cabelinho





















NOTA: 8,9/10


E aí, nesse final de ano de 2024, o MC Cabelinho recém lançou seu 5º álbum de estúdio, o Não Sou Santo Mas Não Sou Bandido. Após o Little Love, rolou de tudo na vida do Cabelinho: o término de namoro com a Bella Campos, seguido de um relacionamento com a Slipmami, que durou muito pouco. A divulgação desse álbum causou polêmica, pois sugeria que ele havia vendido sua alma ao demônio (o que não era verdade). Vale lembrar que esse álbum foi anunciado durante o último Rock in Rio, que foi considerado esquecível. A produção foi diversificada, contando com muitos nomes como Ajaxx, Lodoni, 6ee e afins, o que deixou tudo bem refinado, trazendo beats mais envolventes e atmosféricas, que combinam com as várias influências, indo desde Trap Funk, Soul e até Boom Bap. O repertório é muito bom, contendo canções reflexivas e até introspectivas, enquanto as feats são todas muito boas. Enfim, é um trabalho muito bom, sendo este o mais sincero de sua discografia. 

Melhores Faixas: carta aberta, misericórdia, garrafa vazia, tigrinho 
Vale a Pena Ouvir: bala e fogo, nssmnsb, ngm é perfeito

                                     Então é isso, um feliz 2025 para todos e flw!!!   

Analisando Discografias - Slayer: Parte 1

                  

Show No Mercy – Slayer





















NOTA: 9,3/10


Em 1983, o Slayer lançava seu álbum de estreia, Show No Mercy, que já trazia uma pegada sombria. Dois anos antes, Kerry King e Jeff Hanneman formaram a banda em Huntington Park, Califórnia, influenciados por Iron Maiden, Judas Priest, Venom e Motörhead. A formação se completou com Tom Araya no baixo e Dave Lombardo na bateria. No início, a banda se apresentava em pequenos clubes, onde chamou a atenção de Brian Slagel, fundador da Metal Blade Records, que fechou um contrato com eles. A produção foi comandada por ele mesmo, que, apesar das limitações técnicas, conseguiu capturar a energia visceral da banda. As gravações resultaram em uma sonoridade crua, com guitarras afiadas, vocais agressivos e uma bateria intensa. O repertório é simplesmente maravilhoso, com canções avassaladoras e extremamente pesadas. No final, é um baita disco de estreia, mesmo com orçamento limitado. 

Melhores Faixas: Black Magic, The Antichrist, Die By The Sword 
Vale a Pena Ouvir: Show No Mercy, Metalstorm / Face The Slayer, Fight Till Death

Hell Awaits – Slayer 





















NOTA: 9/10


Dois anos se passaram, e o Slayer lança seu 2º álbum de estúdio, o Hell Awaits, que mergulhava ainda mais no obscuro (para não dizer outra coisa). Após o Show No Mercy, o Slayer começou a ganhar notoriedade na cena underground do Thrash Metal. A turnê subsequente e o EP Haunting the Chapel mostraram a evolução da banda, especialmente em termos de peso e complexidade. Durante esse período, a banda se tornou conhecida por suas letras satânicas e performances ao vivo intensas. O álbum foi produzido por Brian Slagel e pela própria banda, trazendo uma abordagem mais ambiciosa, com arranjos complexos, mudanças de tempo frequentes e maior ênfase na atmosfera sombria, sendo um pouco mais polido que seu antecessor, mas ainda mantendo aquela intensidade mais crua. O repertório é sensacional, com canções mais encadeadas e trazendo aquela vibe de caos. No fim, é outro disco maravilhoso que elevou o nível da banda. 

Melhores Faixas: Hell Awaits, Crypts Of Eternity, At Dawn They Sleep 
Vale a Pena Ouvir: Praise Of Death, Necrophiliac

Reign In Blood – Slayer 





















NOTA: 10/10


Em 1986, é lançado o sensacional e atemporal Reign In Blood, que trazia algumas inovações para a banda. Após o sucesso do Hell Awaits, o Slayer atraiu a atenção de Rick Rubin, cofundador da Def Jam Recordings, mais conhecida na época pelo Hip-Hop/Rap. Impressionado com a brutalidade sonora da banda, Rubin decidiu trabalhar com eles. Ele trouxe uma abordagem inovadora para o álbum, enfatizando a clareza e a potência do som. Com uma sonoridade mais limpa e focada, permitiu que cada instrumento fosse ouvido com precisão, intensificando o impacto das composições curtas e rápidas. A bateria de Dave Lombardo foi capturada com destaque, complementando os riffs agressivos de Kerry King e Jeff Hanneman e os vocais raivosos de Tom Araya. O repertório é simplesmente fantástico, com uma canção mais impecável que a outra. Em suma, é um clássico e um dos melhores álbuns de Heavy Metal da história. 

Melhores Faixas: Angel Of Death, Raining Blood, Piece By Piece 
Vale a Pena Ouvir: Reborn, Jesus Saves, Epidemic
                                             

Analisando Discografias - BK': Parte 2

                  

ICARUS – BK’





















NOTA: 9/10


E aí chegamos no último álbum até o momento do BK’, o ICARUS, que traz um trabalho mais conceitual. Após O Líder em Movimento, no ano seguinte o rapper saiu da Pirâmide Perdida para fundar seu próprio selo, Gigantes, onde lançou o EP Cidade do Pecado, começando a explorar temas relacionados às ilusões e desafios da vida urbana, preparando o terreno conceitual para este álbum. A produção é marcada pela colaboração com diversos produtores de destaque, sendo os mais importantes JXNV$, que assina a direção musical ao lado de BK’, além dos beatmakers Nansy Silvvz, Carlos do Complexo, entre outros, que trouxeram uma riqueza sonora ao projeto, com influências de Trap, R&B e Cloud Rap. O repertório é bem interessante, com canções diversificadas e ótimas feats, como L7NNON, Luccas Carlos, Marina Sena (milagre) e Major RD. No fim, é um álbum muito bom, que se conecta bem com seus temas. 

Melhores Faixas: Amanhecer, Nome Nas Ruas, Músicas de Amor Nunca Mais, Continuação de Um Sonho 
Vale a Pena Ouvir: Se Eu Não Lembrar, Carta Aberta, Só Me Ligar, Luzes

VERÃO CRIMINOSO – Gigantes (BK’) 





















NOTA: 5/10


Agora, falando do último lançamento até o momento envolvendo BK’ e seu selo Gigantes, o VERÃO CRIMINOSO. Após o ICARUS, o rapper buscou expandir sua influência no cenário musical brasileiro, fundando o selo Gigantes em 2021. Com o objetivo de destacar talentos emergentes e fortalecer a cena do Rap, essa mixtape surge como uma coletânea que reflete essa missão. A produção é diversificada, contando com JXNV$, Nansy Silvvz, M$E, entre outros, mas acaba sendo uma grande confusão, já que cada um parece ter trazido uma ideia diferente para implementar, resultando em uma certa inconsistência. O repertório é bastante irregular; BK’ é quem mais aparece, mas há outros rappers, como FyeBwoii e Yannick Nobre, também têm. As feats variam, com algumas sendo boas e outras que não dá para entender, como o horroroso do João Gomes. No fim, é um trabalho mediano que não cumpriu muito bem sua proposta. 

Melhores Faixas: VOCÊ SABE QUEM, REAL NIGGA, SOY JEFE, ÁGUIANÃOCOMEMOSCA
Piores Faixas: ESCURINATTI, BOM TE ENCONTRAR, 3 DA MADRUGA, ESPECIALISTA, DARK GLOCK
  

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - BK': Parte 1

                 

Castelos & Ruínas – BK’





















NOTA: 10/10


Então, naquele mesmo ano de 2016, é lançado o maravilhoso álbum de estreia do BK', o Castelos & Ruínas. Vindo da Zona Oeste do Rio de Janeiro, seu nome, Abebe Bikila, é uma homenagem a um atleta etíope de mesmo nome. O rapper antes era produtor de vídeos, até que começou a entrar de cabeça no Rap, ingressando na gravadora Pirâmide Perdida, e, a partir daí, iniciou o processo de criação desse álbum. Produzido majoritariamente por El Lif Beatz e JXNVS, que criaram bases densas e soturnas, complementando as temáticas abordadas por BK'. As batidas secas e samples empoeirados proporcionam uma atmosfera claustrofóbica, refletindo o caos urbano e os conflitos internos presentes nas letras, além da sonoridade que transita entre o Boom Bap, Trap e Cloud Rap. O repertório, eu nem preciso dizer, é fantástico, parecendo uma coletânea de tantas canções sensacionais. No fim, este álbum é um clássico absoluto e uma obra-prima do Rap nacional. 

Melhores Faixas: Castelos e Ruínas, Amores, Vícios e Obsessões, Visão Ampla, Um Dia de Chuva Qualquer, O Próximo Nascer do Sol 
Vale a Pena Ouvir: Visão Ampla, Quadros, Pirâmide

Antes dos Gigantes Chegarem, Vol. 1 – BK’





















NOTA: 8,6/10


Indo para 2017, o BK', que estava super focado no próximo álbum, acabou lançando dois EPs como se fossem uma prévia. Após o Castelos & Ruínas, que consolidou BK' como uma figura proeminente no Rap nacional, os EPs serviram como uma ponte entre seu primeiro álbum e o subsequente o Gigantes, oferecendo aos fãs uma amostra de sua evolução artística e preparando o terreno para projetos futuros. A produção dos EPs ficou a cargo do El Lif Beatz e JXNVS. As faixas apresentam uma fusão de elementos do Boom Bap e do Trap, com beats marcantes que complementam as rimas afiadas do rapper. A produção é caracterizada por bases densas e atmosferas que refletem as temáticas abordadas nas letras. O repertório contém três faixas muito boas, bastante reflexivas e com uma lírica afiadíssima. Enfim, é um trabalho excelente, e ainda tinha mais por vir. 

Melhores Faixas: Deus das Ruas 
Vale a Pena Ouvir: Take Your Little Vision, Top Boys

Antes dos Gigantes Chegarem, Vol. 2 – BK’ 





















NOTA: 8,7/10


Antes de encerrar o superprodutivo ano de 2017, o BK' lança a continuação do Antes dos Gigantes Chegarem, sendo ainda mais profundo. Dando continuidade ao primeiro volume, lançado anteriormente no mesmo ano, e enquanto trabalhava em seu próximo álbum, essa foi a época em que ele brilhou no ano lírico. O rapper não ficou de fora de nada, fosse em cyphers ou fazendo feats, ele tava sempre amassando. A produção do EP manteve a colaboração com a Pirâmide Perdida, apresentando a mesma sonoridade que mescla elementos tradicionais do Rap com influências contemporâneas, mas com beats ainda mais envolventes, que complementam as rimas. Mais uma vez, o repertório contém três faixas excelentes, com ótimas participações de Luccas Carlos, Juyè e Akira Presidente. Enfim, os dois EPs são muito legais e serviram como preparação para a futura bomba que viria. 

Melhores Faixas: Antes dos Gigantes Chegarem, Almas 
Vale a Pena Ouvir: Adeus

Gigantes – BK’





















NOTA: 9,1/10


No ano seguinte, após uma longa espera, enfim o BK' lança seu segundo álbum, o Gigantes, que apresenta bastante profundidade. Após o impacto do seu álbum de estreia, o Castelos & Ruínas, e dos EPs Antes dos Gigantes Chegarem, o rapper consolidou-se como uma figura central no Rap brasileiro contemporâneo. Nesse novo trabalho, ele aborda temas como poder, identidade negra, política e experiências pessoais. A produção foi feita novamente por El Lif Beatz e JXNVS, além de novos colaboradores, como Nave e Arit, que contribuíram para a criação de beats densos e atmosféricos. Além disso, a sonoridade ficou mais próxima do Trap, Cloud Rap e até um pouco do Jazz. O repertório é novamente maravilhoso, e as canções alternam entre reflexivas e introspectivas. Além disso, há várias feats, destaques para Luccas Carlos, Baco Exu do Blues e KL Jay. No fim, é um trabalho sensacional que demonstra o amadurecimento do rapper. 

Melhores Faixas: Planos, Abebe Bikila, Gigantes, Deus do Furdunço 
Vale a Pena Ouvir: Falam, Porcentos, Vivos

O Líder em Movimento – BK’ 





















NOTA: 9,6/10


Dois anos se passam, e o BK' retorna lançando O Líder em Movimento, uma obra totalmente reflexiva. Após o Gigantes, o rapper aprofunda sua abordagem sobre questões sociais, raciais e pessoais, repleta de referências a eventos históricos, trazendo um lado mais denso e lírico, que remete aos tempos do Castelos & Ruínas. A produção, conduzida por JXNVS, com algumas colaborações, como Nansy Silvvs, é marcada por uma sonoridade coesa e uniforme, explorando elementos que vão do Rap tradicional a influências mais psicodélicas. Os beats são mais orgânicos, complementam as temáticas abordadas por BK', com uma pegada que se aproxima do Boom Bap, mas também flerta com o Drill. O repertório, mais uma vez, é sensacional, com canções afiadíssimas que são um verdadeiro soco de realidade. Em suma, é um baita álbum, embora muito subestimado. 

Melhores Faixas: Bloco 7, Movimento, Universo, Visão 
Vale a Pena Ouvir: Porcentos 2, Lugar
  

     Então é isso, um abraço e flw!!!       

domingo, 29 de dezembro de 2024

Review: Mixtape Pirâmide Perdida, Vol. 7 da Pirâmide Perdida

                  

Mixtape Pirâmide Perdida, Vol. 7 - Pirâmide Perdida





















NOTA: 9/10


Antes de tudo, preciso falar da joia raríssima que é a mixtape da Pirâmide Perdida. O coletivo da Pirâmide Perdida já havia estabelecido uma reputação sólida na cena do Rap nacional, sendo conhecido por promover colaborações entre artistas e lançar projetos independentes. O coletivo era composto por Akira Presidente, BK’, JXNV$, Luccas Carlos, CHS, Bril e Sain, e a intenção deles foi justamente criar essa mix. A produção é caracterizada por beats envolventes e arranjos que mesclam influências do Boom Bap clássico com elementos contemporâneos do Trap. A mixagem e masterização foram realizadas por Arthur Luna, garantindo uma sonoridade coesa e profissional ao projeto, enquanto a dupla JXNV$ e El Lif Beatz ficou responsável pela produção. O repertório é simplesmente maravilhoso, com as canções bem amarradas e cada rapper soltando seu verso como em uma cypher. No final de tudo, é um baita disco que fez barulho na cena. 

Melhores Faixas: Dispiei, Contenção no Beco, Luccas Carlos 
Vale a Pena Ouvir: Reunião, Canto das Baixas, Não Siga Meus Passos
  

                                                          Então é isso e flw!!!    

Review: Happy Love Sick do Shifty

                    

Happy Love Sick – Shifty





















NOTA: 1/10


Após o fim do Crazy Town, Shifty Shellshock lançou seu primeiro e único álbum solo, intitulado Happy Love Sick. O vocalista da banda californiana passava por um período turbulento, marcado por lutas contra a dependência química e a pressão do sucesso de Butterfly, o maior hit do Crazy Town. Com isso, ele quis que esse trabalho refletisse essa dualidade emocional. A produção foi bem diversificada, com ele mesmo atuando como produtor, além da ajuda de nomes como Paul Oakenfold e do duo The Neptunes, que incluía Pharrell Williams. Eles trouxeram uma sonoridade que mistura Pop, Hip-Hop/Rap e Rock alternativo. Diferentemente do som mais agressivo do Crazy Town, este trabalho se aproxima mais do mainstream, ou seja, tudo é bem "fofinho". O resultado é um repertório pavoroso, composto, em sua maioria, por love songs terríveis. Enfim, esse trabalho é horroroso e, logicamente, foi um completo fiasco comercial. 

Melhores Faixas: (.........) 
Piores Faixas: Magical, Starry Eyed Surprise, Ez Cuz You're Beautiful, A Better Place, Slide Along Side, Lolita

Analisando Discografias - Crazy Town

                  

The Gift Of Game – Crazy Town





















NOTA: 1/10


Na mesma época do sucesso do Limp Bizkit, era lançado o álbum de estreia do Crazy Town, o The Gift of Game. Originários de Los Angeles, a banda, formada por Bret "Epic" Mazur e Seth Binzer, mais conhecido como Shifty Shellshock, misturava elementos do Hip-Hop com Rock, entrando basicamente na bolha do Nu Metal. Além disso, a banda era composta também por DJ AM, pelos guitarristas Trouble e Rust Epique, o baixista Faydoe Deelay e o baterista James Bradley Jr. A produção, feita por Josh Abraham, ficou totalmente polida, com batidas eletrônicas, riffs pesados e vocais alternando entre Rap e melodias cantadas. Só que tudo fica tão confuso que faz a banda parecer uma espécie de cover ruim do Limp Bizkit. O repertório é pavoroso, com canções que transitam entre pesadas e melódicas, mas que soam muito forçadas. No fim, é um trabalho péssimo e uma das grandes porcarias daquela época. 

Melhores Faixas: (..............) 
Piores Faixas: Toxic, Revolving Door, Only When I'm Drunk, Face The Music, Players (Only Love You When They're Playing), Butterfly (grande hit deles, UMA BOSTA)

Darkhorse – Crazy Town 





















NOTA: 1,8/10


No final de 2002, eles retornaram com Darkhorse, e aqui mudaram bastante a sonoridade. Após o The Gift of Game e graças ao sucesso do chicletudo hit Butterfly, ocorreram as saídas do DJ AM, Rust Epique e James Bradley Jr., sendo que os dois últimos foram substituídos por Squirrel e Kyle Hollinger. Com isso, o Crazy Town decidiu afastar-se do som mais comercial e radiofônico para seguir por um lado mais pesado. A produção ficou a cargo do renomado Howard Benson, conhecido por ter trabalhado com P.O.D. e Hoobastank, que trouxe um acabamento mais polido e uma abordagem mais voltada ao Nu Metal com Rock alternativo, deixando de lado os samples e batidas dançantes. Só que, parece que eles estão copiando o Linkin Park o tempo todo. O repertório, novamente, é bem ruim e, apesar das canções estarem mais pesadas, elas ainda são tediosas, fazendo o Godsmack soar como Slayer. Enfim, é um disco ruim, mas, pelo menos, não é tão apático quanto o anterior. 

Melhores Faixas: (........) 
Piores Faixas: Drowning, Battle Cry, Waste Of My Time, Sorry, Skulls And Stars

The Brimstone Sluggers – Crazy Town 





















NOTA: 1/10


Em 2015, o Crazy Town retornou após seu hiato, lançando seu último álbum, o The Brimstone Sluggers (que, por sinal, era o primeiro nome da banda). Após o Darkhorse, a banda se desfez. Alguns ex-integrantes acabaram falecendo: Rust Epique, por uma ruptura aórtica, e DJ AM, que foi uma das vítimas daquele acidente de avião em que Travis Barker, do blink-182, também estava. A produção, conduzida pelo próprio Epic Mazur, trouxe de volta a estética de batidas eletrônicas, samples e melodias cativantes. Diferentemente do trabalho anterior, que era mais centrado no Rock pesado, este álbum prioriza o Hip-Hop, até tendo Trap. Mas, mesmo assim, o repertório é fraquíssimo, com canções muito arrastadas, e as feats não ajudam. Depois de um tempo, Epic saiu da banda, restando apenas Shifty, até que, em junho de 2024, ele acabou falecendo devido a uma overdose de cocaína. No fim, este último disco acabou encerrando a banda do mesmo jeito que começaram: de forma ruim. 

Melhores Faixas (...zzzzz...) 
Piores Faixas: Come Inside, Ashes, Born To Raise Hell, A Little More Time, Baby You Don't Know, Megatron (Alternate Version)
                                             

sábado, 28 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Wes Borland

                  

Crystal Machete – Wes Borland





















NOTA: 9/10


Então, em 2016, Wes Borland decidiu mergulhar em uma carreira solo e lançou seu 1º álbum, o Crystal Machete. Anteriormente, Borland dizia que não pensava em fazer um trabalho solo. Porém, naquele ano, ele encerrou o Black Light Burns e embarcou em um projeto profundamente pessoal e ambicioso, no qual decidiu explorar um som completamente livre de vocais e letras. Ele descreveu o disco como uma trilha sonora para um filme que não existe, influenciado por suas memórias de música ambiente e trilhas sonoras de ficção científica e fantasia dos anos 80. Borland trouxe uma abordagem atmosférica, com ênfase em texturas e camadas que gradualmente se desenvolvem ao longo das faixas, incorporando influências de Post-rock, música psicodélica e eletrônica. O repertório é bem interessante, com ótimas canções instrumentais que valem a pena ouvir enquanto você estuda para alguma prova, por exemplo. No fim, é um belo disco, e que é bem dinâmico. 

Melhores Faixas: Jubilee, Svalbard, Son Of A Gun, The Cliffs 
Vale a Pena Ouvir: White Stallion, Crystal Machete, Reprise

The Ashtral Hand – Wes Borland 





















NOTA: 8,6/10


No final de 2020, Wes Borland lançou mais um álbum, o The Ashtral Hand, que trouxe uma pegada ainda mais densa. Após o Crystal Machete, ele decidiu aprofundar a exploração de paisagens sonoras cinematográficas e ambientes etéreos. O lançamento surpresa do álbum, sem campanhas promocionais tradicionais, reflete a abordagem independente do Borland e seu desejo de oferecer aos fãs uma experiência auditiva imersiva. A produção ficou ainda mais rica e detalhada, demonstrando a habilidade do guitarrista em criar atmosferas sonoras complexas. Utilizando uma variedade de instrumentos, incluindo sintetizadores analógicos, guitarras processadas e percussão eletrônica, ele constrói paisagens sonoras de forma sensacional. O repertório, mais uma vez, ficou muito bom, com canções que evocam uma vibe totalmente atmosférica. Enfim, é um trabalho bem interessante e ainda mais experimental. 

Melhores Faixas: Vorspiel, The Whale Spear 
Vale a Pena Ouvir: The House Is Burning, Raybienecsh, Nachspiel

Mutiny On The Starbarge – Wes Borland 





















NOTA: 7,7/10


Então chegamos ao último lançamento até o momento do Wes Borland, o Mutiny On The Starbarge. Após o The Ashtral Hand, ele ficou mais focado nas turnês com o Limp Bizkit, até que decidiu gravar mais um material que seguisse as mesmas orientações do álbum anterior, mas tentando eliminar aquele clima mais sombrio. A produção adotou uma abordagem mais experimental e atmosférica. Borland utilizou a mesma variedade de instrumentos, além de contar com a ajuda de seu irmão, mas decidiu criar paisagens sonoras que evocam uma sensação de viagem espacial e exploração do desconhecido. Ele incorporou influências do Space Rock dos anos 70 e adicionou bastante psicodelia às faixas. Falando nisso, o repertório é bem interessante, com canções ainda mais imersivas, embora algumas tenham deixado a desejar no aspecto rítmico. No final de tudo, é um trabalho interessante, embora um pouco mais fraco. 

Melhores Faixas: The Horror Is Nominal, Walking the Great Ring, Mounting the Husk 
Piores Faixas: Don't Believe in Trees, Your Very Own Harpoon
                                             

    Então um abraço e flw!!!  

Analisando Discografias - Black Light Burns: Parte 2

                  

The Moment You Realize You're Going To Fall – Black Light Burns





















NOTA: 8,3/10


Quatro anos depois, o Black Light Burns lança seu 2º álbum, o The Moment You Realize You're Going to Fall. Após o Cruel Melody, como sabemos, Wes Borland retornou ao Limp Bizkit no início dos anos 2010. Borland continuou a explorar sua veia artística com o Black Light Burns, uma plataforma para dar vazão à sua criatividade. Este disco foi produzido em um período de intensos processos criativos e turbulências pessoais, o que se reflete nas letras sombrias e na sonoridade caótica. A produção do álbum é densa e deliberadamente caótica, refletindo o estado emocional de Borland durante sua criação. Ele utiliza uma abordagem crua e visceral, onde camadas de guitarras distorcidas, sintetizadores atmosféricos e uma bateria eletrônica pesada se misturam com momentos de melodia delicada. O repertório é bem interessante, com canções que são um pouco mais cadenciadas e até atmosféricas. No fim, é um trabalho bem legal e ainda mais experimental. 

Melhores Faixas: We Light Up, Tiger By The Tail, Splayed 
Vale a Pena Ouvir: Torch From The Sky, I Want You, Bakelite

Lotus Island – Black Light Burns 





















NOTA: 5/10


No ano seguinte, em 2013, foi lançado o último disco do Black Light Burns, o Lotus Island. Após o The Moment You Realize You're Going to Fall, Wes Borland decidiu criar algo mais coeso e atmosférico, colocando foco na narrativa e no uso de instrumentação experimental. É uma obra mais curta e focada, funcionando quase como uma peça única dividida em segmentos, projetada para servir como trilha sonora de um filme imaginário ou como acompanhamento para o longa-metragem The Holy Mountain (1973), do diretor Alejandro Jodorowsky. A produção é meticulosamente detalhada, com Borland utilizando uma ampla gama de instrumentos e texturas, incluindo sintetizadores, guitarras processadas, percussão eletrônica, entre outros. Porém, tudo soa um pouco repetitivo. O repertório se divide entre canções instrumentais e outras cantadas, mas acaba sendo irregular devido à falta de imersão. Enfim, é um trabalho mediano que carece de mais detalhes. 

Melhores Faixas: It's Good To Be Gold, The Dancers, It Rapes All In It's Path 
Piores Faixas: The Parasite, The Thief, The Hate Of My Life, My Love Is Coming For You
  

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Analisando Discografias - Black Light Burns: Parte 1

                    

Cruel Melody – Black Light Burns





















NOTA: 8,7/10


Em 2007, após o anúncio do hiato do Limp Bizkit, Wes Borland criou a banda Black Light Burns e lançou seu álbum de estreia, o Cruel Melody. Inspirado por bandas como Nine Inch Nails, Bauhaus e Skinny Puppy, o Black Light Burns é uma fusão de Rock industrial, Post-punk e música experimental. Borland recrutou músicos talentosos, incluindo Danny Lohner (Nine Inch Nails), Josh Freese (The Vandals, A Perfect Circle) e Josh Eustis (Telefon Tel Aviv), para ajudar na criação do álbum. A produção, liderada por Danny Lohner, combina camadas densas de guitarras, sintetizadores sombrios e texturas eletrônicas. Os vocais de Borland variam entre sussurros melancólicos e explosões emotivas, complementando essaa atmosfera densa e introspectiva. O repertório é excelente, com canções pesadas e imersivas. No final, é um ótimo disco, marcado por sua abordagem experimental. 

Melhores Faixas: Lie, Coward, The Mark, 4 Walls 
Vale a Pena Ouvir: Stop A Bullet, Animal, Cruel Melody

                                                         Então é isso e flw!!!      

Analisando Discografias - Big Dumb Face

                  

Duke Lion Fights The Terror!! – Big Dumb Face





















NOTA: 8/10


Antes de sua saída do Limp Bizkit, o Wes Borland, junto com seu irmão, lançou o primeiro álbum do Big Dumb Face, o Duke Lion Fights the Terror!!. Antes do sucesso do Limp Bizkit com Significant Other, os irmãos Borland (Wes e Scott) já haviam formado esse projeto em 1998. Diferentemente do Nu Metal que popularizou Wes, este projeto é um mergulho no experimentalismo, humor surreal e nonsense. A produção, realizada pelo próprio guitarrista, segue uma abordagem lo-fi e caseira, explorando uma vasta gama de instrumentos e texturas, desde guitarras distorcidas e pesadas até sintetizadores espaciais e vocais manipulados. O álbum transita por diversos gêneros, como Grindcore, Death Metal e até Country music, tudo isso para narrar uma história bizarra sobre um herói, Duke Lion, enfrentando uma entidade maligna conhecida como The Terror. O repertório é interessante, com canções divertidas, apesar das letras absurdas. Enfim, este álbum é bem legal e começou bem o projeto. 

Melhores Faixas: Blood Red Head On Fire, Voices In The Wall 
Vale a Pena Ouvir: Burgalveist, Rebel, Robot

Where Is Duke Lion? He’s Dead... – Big Dumb Face 





















NOTA: 2,8/10


Depois de 16 anos com o projeto deixado de lado, os irmãos Borland retornaram com Where Is Duke Lion? He’s Dead..., após o Duke Lion Fights the Terror!!, que havia estabelecido o projeto como uma exploração humorística e absurda da criatividade musical do Wes Borland. Durante o intervalo, Wes se envolveu em diversos projetos, incluindo o retorno ao Limp Bizkit e seu trabalho solo no Black Light Burns (daqui a pouco eu falo). Este álbum surge como uma continuação temática do primeiro, explorando o universo surreal de Duke Lion e The Terror, mas com um tom ainda mais sombrio. A produção está mais refinada que a do antecessor, embora mantenha a essência caótica e experimental, mas no final é muito tediante. O repertório é irregular, com canções onde o humor parece forçado, afinal, repetir a mesma piada várias vezes pode acabar perdendo a graça. Enfim, este disco é bastante chato, com poucos momentos realmente interessantes. 

Melhores Faixas: Magic Guillotine, Call To Worship, Masters Of Chaos 
Piores Faixas: You're Fucked, Zargon Moth, My Girl Daisy, The Blood Maiden, Whipping The Hodeus

Christmas In The Cave Of Dagoth – Big Dumb Face 





















NOTA: 1/10


Em 2021, foi lançado o último álbum até o momento do Big Dumb Face, o Christmas In The Cave Of Dagoth. Diferentemente dos álbuns anteriores, este projeto combina a estética absurda e experimental característica da banda com temas natalinos, resultando em uma obra surreal. Wes Borland explorou um conceito ainda mais específico e inusitado: um Natal ambientado no mundo sombrio e insano de Dagoth, expandindo o universo ficcional da banda. A produção seguiu praticamente o mesmo padrão dos trabalhos anteriores, utilizando uma ampla gama de instrumentos, incluindo guitarras pesadas, sintetizadores e até elementos orquestrais, para criar um som que oscila entre o épico e o absurdo. No entanto, tudo é propositalmente exagerado, e em certos momentos, com arranjos repetitivos. O repertório é terrível, com canções que dão vontade de dormir, já que nem as letras conseguem ser engraçadas. No final de tudo, trata-se de um trabalho inexpressivo e tedioso. 

Melhores Faixas (...) 
Piores Faixas: The Possession of Leslie Bibb, Christmas in the Cave of Dagoth, Some People Say, This Holiday Season, The Necrotic Feast (perdi 25 minutos nesse lixo)

  

Review: Eu Odeio o Dia Dos Namorados do Orochi

                     Eu Odeio o Dia Dos Namorados – Orochi NOTA: 3,8/10 E novamente o Orochi retorna lançando mais um trabalho novo, o Eu Od...