Long Live Rock 'N' Roll – Rainbow
NOTA: 8,8/10
Dois anos se passaram, e o Rainbow lança seu 3º disco, intitulado Long Live Rock 'N' Roll. Após o clássico Rising, a banda passou por mudanças na formação. Ritchie Blackmore, conhecido por sua personalidade esquentada, dispensou o baixista Jimmy Bain e o tecladista Tony Carey. Para substituí-los, trouxe Bob Daisley e David Stone. Naquele momento, sua relação com Dio começou a se deteriorar, já que o vocalista não queria que a banda seguisse um caminho mais comercial. Com a produção conduzida por Martin Birch, o álbum manteve a ênfase nos riffs marcantes do Blackmore, que também gravou algumas linhas de baixo. A bateria vigorosa do Cozy Powell e, claro, a interpretação única do Dio garantem algumas das performances vocais mais memoráveis do disco. Além disso, a banda deixou de lado o lado progressivo e focou no Hard Rock. O repertório é excelente, com canções imersivas e energéticas. No fim, é um álbum ótimo e muito competente.
Melhores Faixas: Kill The King, Long Live Rock 'N' Roll, The Shed (Subtle)
Vale a Pena Ouvir: Sensitive To Light, Gates Of Babylon
Down To Earth – Rainbow
NOTA: 8,4/10
Melhores Faixas: Since You Been Gone, All Night Long
Vale a Pena Ouvir: Danger Zone, No Time To Lose
Difficult To Cure – Rainbow
NOTA: 8/10
Se passaram dois anos, e a banda lança seu 5º álbum, o Difficult to Cure, que trouxe mais mudanças. Após o Down to Earth, o vocalista Graham Bonnet saiu pouco depois da turnê do álbum, e Ritchie Blackmore buscou um substituto que se encaixasse melhor no estilo mais melódico que ele queria seguir. O escolhido foi Joe Lynn Turner. Além disso, Cozy Powell e Don Airey também saíram, sendo substituídos por Bobby Rondinelli e David Rosenthal (essas trocas já davam sinais da futura queda da banda). Produzido novamente por Roger Glover, o álbum apresenta uma sonoridade bem polida e voltada para as rádios. A guitarra de Blackmore ainda tem grande destaque, mas agora com menos longos solos e experimentações. A presença de Joe Lynn Turner traz um estilo vocal mais suave e melódico, criando um equilíbrio entre o Hard Rock e o AOR. O repertório é interessante, com canções cadenciadas, mas também algumas sem graça. No fim, é um disco legal e consistente.
Melhores Faixas: Can't Happen Here, I Surrender, Freedom Fighter
Piores Faixas: Vielleicht Das Nachster Zeit (Maybe Next Time), Midtown Tunnel Vision
Straight Between The Eyes – Rainbow
NOTA: 2,6/10
Mais um ano se passou, e eles retornam lançando outro disco, o Straight Between the Eyes. Após o Bent Out of Shape, Ritchie Blackmore queria voltar a fazer algo mais pesado e direto do que o álbum anterior, buscando um equilíbrio entre acessibilidade e o som Hard Rock clássico do Rainbow. O título foi inspirado em um comentário do saudoso Jeff Beck sobre um solo de guitarra de Blackmore que, segundo ele, soava como "um tiro direto entre os olhos". Produzido novamente por Roger Glover, que colocou uma abordagem mais direta e crua, com guitarras proeminentes e um trabalho de bateria mais intenso, trazendo uma sonoridade mais americana. Isso reflete a crescente influência das bandas de Rock de arena, como Journey e Night Ranger, que começavam a dominar o mercado musical. No entanto, tudo soa forçado e genérico. Resultando em um repertório fraco, com poucas canções boas e o restante sendo chato. Enfim, é um trabalho fraquíssimo e nada coeso.
Melhores Faixas: Stone Cold, Power
Piores Faixas: Rock Fever, Tearin' Out My Heart, Miss Mistreated
Bent Out Of Shape – Rainbow
NOTA: 3/10
Logo depois, eles lançam mais um disco, o Bent Out of Shape, marcando a derrocada final da banda. Após o Straight Between the Eyes, que teve êxito comercial, a banda mudou de baterista, colocando Chuck Burgi no lugar do Bobby Rondinelli. Além disso, a cena musical estava mudando rapidamente. O Hard Rock e o AOR dominavam as rádios, e Ritchie Blackmore percebeu que precisava alterar a sonoridade da banda para competir com nomes como Journey, Foreigner e Def Leppard. A produção, feita como sempre por Roger Glover, trouxe uma abordagem mais sofisticada e atmosférica, com teclados mais evidentes, um uso maior de efeitos na guitarra e um foco nas melodias vocais. No entanto, tudo soou forçado, e muitos dos arranjos são repetitivos demais, prejudicando a imersão. O repertório é fraquíssimo, com canções medíocres e poucas interessantes. Em suma, é um álbum bem ruim e que foi um fracasso completo.
Melhores Faixas: Street Of Dreams, Fire Dance, Desperate Heart
Piores Faixas: Drinking With The Devil, Fool For The Night
Stranger In Us All – Ritchie Blackmore's Rainbow
NOTA: 2/10
Então, se passaram 12 anos, e foi lançado o último álbum da banda, o Stranger in Us All, que trazia o nome Ritchie Blackmore's Rainbow, assim como no início. Após o Bent Out of Shape, a banda encerrou as atividades em 1984, com Blackmore retornando ao Deep Purple, mas conflitos internos fizeram com que ele saísse da banda em 1993. Então, ele retomou o Rainbow, mas sem trazer de volta membros antigos, formando uma nova banda com Doogie White (vocais), Greg Smith (baixo), Paul Morris (teclados) e John O'Reilly (bateria). Com produção do Pat Regan, o álbum tem uma sonoridade mais orgânica, destacando riffs pesados, atmosferas sombrias e arranjos mais crus. A produção não chega a ser luxuosa, mas enfatiza as guitarras de Blackmore, que soam mais espontâneas, relembrando os tempos do Rising. No entanto, tudo ficou vazio e sem graça, com um repertório péssimo, cheio de canções terríveis e arrastadas. Enfim, esse último trabalho é completamente horroroso.
Melhores Faixas: Cold Hearted Woman, Ariel
Piores Faixas: Silence, Wolf To The Moon, Black Masquerade, Stand And Fight