domingo, 27 de outubro de 2024

Analisando Discografias - A Bolha: Parte 2

                   

É Proibido Fumar – A Bolha





















NOTA: 9,8/10


Quatro anos depois, A Bolha lançou seu 2º álbum, o maravilhoso É Proibido Fumar, que trouxe várias novidades. Após o álbum de estreia, a banda carioca passou por uma mudança na formação, com a entrada de Roberto Ly no baixo e Sérgio Herval na bateria. Além disso, incorporaram mais um guitarrista, Marcelo Sussekind. Com essa nova configuração, decidiram incorporar influências dos tempos da Jovem Guarda, fruto do período em que excursionaram com Erasmo Carlos. A banda vivia uma fase de amadurecimento que consolidou sua sonoridade. A produção do álbum foi conduzida por Pedro da Luz e lançada pelo selo Polydor. A sofisticação dos arranjos trouxe uma fusão de elementos experimentais. A nova sonoridade foi muito mais influenciada pelo Hard Rock e Samba Rock, deixando de lado parte das influências do Rock Progressivo, embora ainda presentes em alguns momentos. O repertório é simplesmente fantástico, com diversas canções belíssimas como Deixe Tudo de Lado, Sai do Ar, Consideração e Luzes da Cidade. Destaque também para os maravilhosos covers de Vem Quente Que Eu Estou Fervendo do próprio Erasmo e, claro, É Proibido Fumar do Roberto Carlos, que conseguiu ser ainda melhor que o original. Após esse trabalho, a banda chegou ao fim, e seus integrantes seguiram para outros projetos, como Sérgio Herval no Roupa Nova e Pedro Lima no Herva Doce. No fim, esse disco é sensacional e um clássico do Rock nacional.

É Só Curtir – A Bolha 





















NOTA: 8,7/10


Após quase 30 anos sem lançar absolutamente nada, a banda carioca lançou o É Só Curtir, seu último trabalho. Depois que encerrou suas atividades, a banda voltou a se reunir em meados dos anos 2000, motivada pela participação no filme 1972, de José Emílio Rondeau. Renato Ladeira apresentou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70, e o diretor se interessou. Então, ele chamou seus antigos companheiros de banda para gravarem essas músicas para o filme. Essa colaboração e a nostalgia culminaram nesse disco, refletindo um reencontro entre a banda e seu passado musical. A produção foi feita pelo próprio Arnaldo Brandão, e o álbum foi lançado pela gravadora Som Livre. Desta vez, a sonoridade mistura a estética dos anos 70 com uma produção mais moderna, alinhando influências de artistas consagrados e composições próprias. O som é dominado por Hard Rock, mas com muitas influências de Rock Progressivo, tornando esse trabalho quase uma releitura do álbum de estreia. O repertório é novamente muito bom, com várias canções interessantes, como a faixa-título, Sem Nada e Cecília, além de músicas maravilhosas como Não Sei, Rosas e um belíssimo cover de Cinema Olímpia, do Caetano Veloso. O álbum também inclui a faixa de 11 minutos intitulada Desligaram Os Meus Controles, claramente inspirada no Pink Floyd. No fim, é um ótimo disco que encerrou a trajetória da banda de forma digna.
  

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